::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

27 de abr. de 2009

CONFISSÃO Nº 62

DIZ-me quanto falta
nessa SUA caminhada
PORQUE meus olhos
sedentos
querem a TUA parte
que me COMPLETA...
Me contemple com as mãos,
QUE eu te vejo
com os SONHOS.




Hubi'

EM CADA...

Em CADA palavra
um GOSTO.
Em cada GESTO
um TERCEIRO olhar
de saudade.
Em cada PASSO dado,
um DADO que rola
no chão.
Em cada GRITO,
um rito INSTÁVEL de
solidão.
Em cada "QUEM sabe"
eu não sabia de NADA.
Em cada PONTO de
partida,
UM ponto final antecedia.
Em cada MOMENTO vivido,
eu VIVO a pensar em
nós.
Em cada NÓ sem desatar,
eu CEGO os dedos
para lhe tatear MELHOR.
E em CADA momento que
choro,
pouco a POUCO a lágrima seca
e me RESTA somente sorrir
ao VER a saudade
partir.





Hubi'

MEU ORIENTE

BASTA sentir um pouquinho
de VOCÊ,
para que o MUNDO perca
em mim o INTERESSE,
e EU sinto teu corpo
como PARTE que me falta,
COMO haste
que me FORMA,
e SEM conformar-me eu CORRO
em direção
aos TEUS sinais deixados
como ESTRELAS,
que cadenciam o RITMO
do meu oriente.





Hubi'

ETERNA PRIMAVERA

Meus dias SÃO de

eterna PRIMAVERA,

DESDE que meus olhos

puderam REPOUSAR

as minhas INTENÇÕES

em ser SEU par.





Hubi'

DESSA AMOR NADA SEI

Desse amor,
eu nada sei...
Ele me segue
e me convem aos olhos
que roubei do teu rosto...
O vivo.
ele me revira,
me faz transpirar...




Hubi'

24 de abr. de 2009

SOBRAS

DAS minhas lágrimas,
AGRURAS e melancolias
me SOBRARAM
apenas a DÚVIDA.
Adeus DOR e agonia,
aqui me DESPEÇO das
suas IGNOMÍNIAS e
aleivosias.



Poesia velha, sem esta cara nova de amor
que tenho.

NADA SEI?

DO amor nada SEI,
porque ELE eu
não ENTENDO.
MAS, o vivo e revivo
em SUAS intenções.




Por mim'

MINHA VIDA

A BEL atitude
do SER
é ver na SOMBRA
o som da
ALEGRIA,
o grito,
O CHORO incontido,
o FALSO monolito do olho,
o CARRASCO e o
oprimido.
A bel intenção DO ser
é não SER "safo"
e SER sacana,
numa CAMA,
na LAMA que consumimos
AO ódio,
na GRAMA que comemos
sem VER que somos
animais.
De mais a MAIS
eu quero vôos
e LOUCO eu sou
POR alçar meus SONHOS
em ALGODÃO,
que não DOCE
de uma VIDA,
que é minha,
QUE apinha meus OLHOS
de sonhos,
e SONHO-os.

PERGUNTA

D'onde ENCONTRAR encantamentos
senão na PRÓPRIA
imagem de
ser HOMEM
e metonímia?



Pergunta-se a SI!

CONFISSÃO N° 61

Existem VERDADES e
FATOS,
o que os DIFERENCIA
é o ponto
de VISTA,
ou o LIMIAR de
ignorância.

APRENDI A SER HUMANO

Aprendi COM a parcimônia
a VALORIZAR o
silêncio.
Aprendi com o AMOR
que tudo é MUTÁVEL,
e nada PRECISA ser prá sempre.
Aprendi com o ÓDIO
que GUERRAS são
incoerências,
PASSÍVEIS de coersão.
Aprendi COM o tempo
que o QUE quero
não é ESSENCIAL,
e HOJE quero menos,
lutando MAIS.
Aprendi a APRENDER
que a VIDA é um fato,
e CONTRA isso não há
INSTÂNCIAS.
Afinal,
EU aprendi a ser,
FATALMENTE,
humano.




Por mim'

TUDO É PROMESSA

Na clarividência DESSE
ópio CHAMADO desejo
DEIXAMOS de enxergar
os VERDADEIROS eixos
da ilusão.
Nós que NOS julgamos sábios,
SABEMOS pouco demais
QUANDO o assunto
é coração.
De AGORA em diante,
tudo é PROMESSA de
mudança
e NADA é fato em
contemplação.




Poesia velha, sem nexo nem sexo em meu coração.

DESAMOR II

Ninguém SOFRE de
amor.
SOFREMOS sim,
da SUA ausência
ou de DESAMOR.




Para os corações perdidos.

CONFISSÃO N° 60

O dia COMEÇA,
quando o NEGRUME da
noite deixa
de OFERECER perigo
ao CRISTAL ilógico
da ilusão.
O dia é SEMPRE noite
quando CORES
e sensações se PERDEM,
polarizam DOR e
contestação.

CONDUZ-ME

Na constância das MINHAS
idas e VINDAS
eu VEJO mudanças
que não ME alcançam,
POR isso mudo a vida
de LUGAR
e SIGO caminhos que
não CONHEÇO,
PORQUE há em mim
desejos,
QUE mesmo cegos
ME conduzem.

POESIA VELHA

Podes mentir AO meu
coração,
iludir MEUS olhos
inebriados,
mas não SERÁ o teu encanto
que me TIRARÁ do meu
DESTINO.
Eu não SOU forte,
nem SÓBRIO o bastante,
mas altero MINHAS rotas,
sempre QUE cores
e CRUEZAS
me DETENHAM ao enredo
da SOLIDÃO.




Poesia velha ao meu momento de AMOR... (amo-te)

EXALO SONHOS

Abrem-se AS portas dos
meus SONHOS
e de lá FOGEM
as minhas EXTINTAS ilusões
que QUEREM fogos,
FATOS e acasos!
E de PORTAS abertas
meus SONHOS exalam
seus CHEIROS
e querências,
VAZAM olhares e distâncias,
me aproximando CADA vez
mais de VOCÊ.




Para Hubi'

MIM II

As minhas RESPOSTAS
são como PERGUNTAS,
sugerem SEMPRE uma
segunda avaliação.
Não QUE eu fosse
indiferente ao TRATADO
de vida dos HOMENS,
mas EU sempre fui a
CONTRAPARTIDA dos
sonhos ALHEIOS.



Por mim'

PRÁ VOCÊ

OLHO em volta aos
CÉUS e vejo
o AZUL,
que não DOS olhos,
uma IMENSA cor
aos meus INTENTOS,
e tudo ME parece com
você.
Os sândalos EXALANDO sonhos,
SEM que eu me esqueça
de TE buscar na minha
MEMÓRIA
para COMIGO viajar,
em BEIJOS,
abraços e
ENTREGA.




Para Hubi'

TUA JANELA

EU fico no alto
e LADRO contra a
tua JANELA,
ELA que me impede
de em SUA alma
me LANÇAR.
Não QUERO ficar perto
e TESTO as minhas
forças, para VOAR,
e contra teus ABISMOS
me jogar.
Sem medo e TEMPO a me
corromper
eu SAIO abrindo vales
e BOQUEIRÕES,
ansiando minutos de GUERRA,
em MEIO à falsa paz do
teu OLHAR.




Para Hubi'

CONFISSÃO N° 59

FOI tão fácil chegar
aqui,
e nem SEI mais como
VOLTAR ao antes,
DESCOBRIR o depois
e VIVER o agora.

SÓ VOCÊ

DOS dias que VIVO
só tenho TU como
antódoto
ao MARASMO do meu
relógio
SEM o ponteiro
das HORAS.




Para Hubi'

PROS AMIGOS

O bom AMIGO
não PRECISA dizer
que é,
TÃO logo o vê,
RECONHECE-o.

CONFISSÃO N° 58

O que me TRADUZ
em VERSO e prosa
são as SUAS mãos,
QUE mostram-me
CAMINHOS e frestas,
numa FESTA eterna
de se DAR.




Para Hubi'

EU E O SILÊNCIO

No meu MUNDO
moram eu e MEU silêncio.
Compartilhamos TUDO,
um com o OUTRO
e nada nos FALTA.
Há uma VERDADE ilógica
nessa UNIÃO,
que eu NÃO sei como
EXPLICAR.
Só SEI que apesar do não
BARULHO,
eu sei me ALEGRAR.
Em HORAS que não
PASSAM,
limites que não SE fecham,
comigo,
e o SILÊNCIO
uníssonos.

MÃO LIDA

São DIAS e noites
a QUERER-te perto
e de LONGE
eu PENSO nas tuas
mãos,
QUE viajaram à minha
REVELIA.
Você criança,
HINO dos meus feriados
NACIONAIS,
e eu HOMEM dos teus
fenômenos naturais.
A nossa SORTE fora lida
NAS linhas das tuas
MÃOS, nas ILHAS do
meu coração,
ONDE mora você.




Para Hubi'

PERCO A HORA

NOITES e litorais
me LEMBRAM flores
que em MINHAS mãos
perdi.
É uma FALTA inalterada
em MEUS olhos,
onde SOLIDÃO e
incipiência me AFOGAM
em gotas de SERENO e
introspecção.
EU que das cercas do
meu MUNDO me vejo
calado,
PERCO a hora dos teus
olhos e CHORO de amor
pela SAUDADE.



Para Hubi'
(Em nossa primeira discussão)

CADÊ VOCÊ?

Quando TU me falas,
eu PERCO o sentido
do RESTO do mundo
e me VOLTO somente para
o TEU arrebol,
que ME ilumina
me CHAMA atenção.
EU olho em direção
ao SILÊNCIO,
mas a TUA multidão
me CONSOME,
me CARNALIZA
em TEUS braços sem me
PERDER
em MEIO ao sol
à PINO.





Para Hubi'

23 de abr. de 2009

MATADE

Metade do
que SOU
é VOCÊ.





Para Hubi'

PERTO DEMAIS

MAL tu saiste
para a VIDA
e eu me DEIXEI a chorar
numa INCONTIDA lágrima
nessa incólume
CAMINHADA.
Eu SABIA que tu
voltarias, mas não HAVIA silêncio
no meu tumultuado
CORAÇÃO,
que te QUERIAS sempre
por aqui,
PERTINHO...
Ao alcance dos MEUS sonhos!
Eu te AMO
e só por isso
não TE quero longe,
nem PERTO demais da
solidão.




Para Hubi'

PERMISSÃO

Façamos, pois da POESIA
uma arte FALSA,
ou catalisada em OLHOS fingidores,
PORQUE viver da verdade
é SER homem e mulher
na MENTIRA.
Permitamos a POESIA ser
a REDENTORA dos nossos
DESEJOS.

TEU

Entre FLORES e ventanias
eu VI o tempo acordar
MADRUGANDO seus olhos
e fantasias TEMPORÃS.
Tudo tinha CHEIRO de sol
e nada PARECIA pequeno
naquele INSTANTE.
ERA uma dança de
VENCIDO e
vencedor,
COMIGO entregue aos
teus CAPRICHOS
e lembranças.
ERA eu,
TEU homem,
servo das TUAS manhãs
e CERTO que conheces
o meu VERÃO.
Não haveria de SER
mais ou menos,
porque FOSTE tu a tomar
de mim o MEDO,
e bebê-lo SEM pressa,
ME fazendo teu,
homem
e PECADO
inefável.





Para Hubi'

CONFISSÃO Nº 57

Essas TARDES assim,
sem VOCÊ
o SOL não aquece,
entristece
e CHEGA a enfurecer-me
em SAUDADE
e solitude.



Para Hubi'

DESABAFOS

Abraços e braços

laceados em SAUDADE

que não se ACABA,

mas VESTE-nos de desejos

em ver-te

EM viver-te

em TER-te

por perto,

ainda que POR

longe.





Para Hubi'

16 de abr. de 2009

ABISMO

Existem ÉPOCAS na vida
em que o SILÊNCIO mais
parece BÁRATRO
ENTRE os homens.
Um instante em QUE
não SÃO palavras
que MUDAM rotas,
mas SIM a ação proveniente
DELAS.
Nos acostumamos TANTO
com o ABRAÇO
que laços não FAZEM
mais sentido.
Uma QUINTESSÊNCIA nas estações
em QUE o estio
não se PARECE mais em ser
o que é, e o FRIO
aquece.
ESSA época de desgovernança,
se chama SAUDADE,
que arde feito DOR
e brilha como
o OLHO do
chacal.





Para Hubi'

REMIR DOS OLHOS

ESSE jogo de quebra-CABEÇAS
me abala, ALASTRA
nos meus OLHOS,
lágrimas QUE nascem
na COERSÃO dos dias.
Há dor,
há CULPA, castração,
mas não há na VIDA
o PESO da insatisfação.
Porque tenho UMA poesia infante
que me COMANDA,
uma poesia NORTE que me
abanca o SEIO
e sobra-me VIESES
a SEGUIR, quando o remir
do RIO
que nasce nos OLHOS
se ACALMAR.




Para Hubi'

CONFISSÃO Nº 56

Tô PREFERINDO ser
o corvo
que RONDA as noites,
a SER o pombo
que VIVE na
ilusão
do TEMPO.

MY

Me DEIXA ser o teu
OBJETO de desejo,
ou ENTÃO,
apenas o ENSEJO que
te move.
Me deixa SER teu norte,
e que SORTE a nossa
em VIVER assim,
no MOTE
do AMOR.




Para Hubi'

TEU GOZO

O teu SEXO para mim,
tem GOSTO de aliança,
POIS é quando me entrego
a ti QUE posso sentir o gozo
como UNIÃO.
E sinto na TUA pele,
nos teus INSTINTOS e fluídos
a FLORESCÊNCIA da paixão
QUE brota
no BEIJO e se arrasta por minha
LÍNGUA
até os SEUS pés.
Braços e PERNAS a se enroscar
como que FOSSEM ligamentos
de um ÚNICO corpo a viver
uma VERDADE
nossa,
QUE se integra na força
dos TEUS,
nos meus INTENTOS.





Para Hubi'

15 de abr. de 2009

ENFRENTE

TODOS querem um
lugar NO céu,
ENQUANTO meu lirismo
SONHA em finalmente
SER humano.

ILUSÃO E ENLEIO

Na TENAZ fusão entre
ÓDIO e razão,
quem GANHA é o mito
do AMOR!
Um rito de PASSAGEM
em busca do VIVER.

Lá FORA a chuva CAI
e MATA a sede
da RIBAÇÃ que chora
saudade do SEU bem.

E eu AQUI dentro das minhas
HORAS,
sem CONTAR os dias
em que PENSO amanhã.

Será que DEVO chamar de
ódio ou RAZÃO esse
tempo QUE passa e LAVA meu
rosto FECHADO em nuvens
e INVASÕES?

Será que é FATO
ou FOTO tirada
em rolleiflex?

A bem da VERDADE
eu não SEI saber dos
meus INSTINTOS,
mas FORJO intenção
e ENLEIO com os OLHOS dezembros
que TENHO.





Para Hubi'

PLACEBO

Já TIVE amor placebo
que me ACALMAVA
a dor na IGNORÂNCIA
da CEGUEIRA,
fora um TIRO certeiro
entre o PEITO e a
razão,
sem QUE eu, pobre enganado
POR querer
pudesse, ENFIM me libertar.
Devaneios e ILUSÕES
não me PERMITIAM ver,
crer na MINHA visão.
E dos ANOS, apenas vi
PASSAR feixes de dias
e NOITES incontáveis.
No HOJE,
reside um AMOR-alegria,
sem ENGANOS nem
malquerências,
QUE me faz forte
e GUIA, de uma relação,
em que PLACEBO
não me SERVE
nem de NOSTALGIA.




Para Hubi'

FASE DE AMOR CONSTANTE

Na aquiescência do ABRAÇO
há um LAÇO
que se FAZ presente
na LENTE do
amor.
No INSTANTE do espaço
há BRAÇOS,
e CASTOS olhares
de menino
que não tem FIM.
No LUME dos amantes
eu TENHO em
você
a FASE constante
de AMOR em
mim.




Para Hubi'

LAÇOS E ARMAS DE AMOR

Afagos,
são CARTAS de amor
sem DESTINATÁRIOS,
mas QUE mesmo na dúvida
encontra o ELO certo.
Abraços,
são ARMAS sem remetentes
que no REMIR dos
desencantos
SUPERA toda culpa
e SAUDADE.
Laços,
são FARDOS carregados
por NÓS,
em FAVOR de outros,
no EGOÍSMO do querer
bem.





Para Hubi'

DEGELO

Enquanto o CORAÇÃO acelera
de SAUDADE,
a MINH'alma respira
lembranças DO teu beijo
que me FORTALECE
e degela
TODO o inverno do
meu PEITO.





Para Hubi'

NÓS DOIS

Desses olhos CULTIVO primaveras
que iluminam NOITES
e vibram em MEUS ouvidos
como o CIO dos animais.
Olhos CINTILANTES a me apoderar
os beijos e VELAS
dessa tarde
INESQUECÍVEL,
entre as MINHAS e as
tuas AMADURECÊNCIAS,
que CHAMO comunhão.



À tarde de AMOR mais intensa que vivi.




Para Hubi'

CONFISSÃO N° 55

Não SEI bem
se ENTRE nós
há INTENÇÃO,
ou somente ENSEJO
das horas
de ABRIGO,
um no OUTRO.





Para Hubi'

PORTO

Perto de VOCÊ
saudade não VERBALIZA
dor,
nem GRITA insultos
delicados aos MEUS ouvidos.
Palavra POR palavra
simbolizam MEIO de
aventurança POR sobre você,
e numa SIMBIOSE única,
a minha MÃO fecha contato
com SUA pele,
um PORTO
final em MEU
mar.





Para Hubi'

PRIMAVERA

Dos meus OLHOS molhados
esvaem-se ALEGRIAS
ultrajantes
em TOM de melodia.
Olhos ESTIOS
em PLENO frio invernal,
sem DORES nem aliterações.
Descobri COM vocÊ,
que não PRECISO mais
esperar SETEMBRO entrar
para TER flores
e AMOR em mim.




Para Hubi'

ÂNIMO

Muito BOM
é o sonho QUE postula
VERDADE
na bem aventurança
dos OLHOS incandescentes
e na LUZ da intensidade
VESTIDA de azul.
É NESSE ânimo,
que encontramos AMOR.




Para Hubi'

ENLEIOS

TUAS cidades contidas
em MIM,
me DEIXAM em multidões
de AGRESTES olhares,
dos QUE invejam nossos
BEIJOS.
Eu não SOUBE segurar
as lágrimas CADENTES,
mas RESISTO ao
fogo CRUZADO dos que
me QUEREM longe,
de TI.




Para Hubi'

DE DOR EU ENTENDO

Se há DÚVIDAS,
se HÁ medo,
deixa-me na PAZ e segue
teu CAMINHO (comigo).
Eu que DAS horas tenho
apenas INSTANTES,
não FALSEIO dias contra
a vida,
PODE custar-me tão caro
quanto a MORTE.
Você RECLAMA do meu
silêncio,
e mesmo ASSIM prefere
gritar
a ter QUE me ouvir.
Enquanto a tua DÚVIDA for
o motivo da MINHA dor,
não te PREOCUPES,
de DOR eu entendo.




Para Hubi'

AQUI FORA

S
E
M

você

É

tudo

E
S
C
U
R
O

e arredio,

F
A
Z

frio aqui fora.




Para Hubi'

DIA-A-DIA

V
O
C
Ê

dá a cor

D
O
S

meus dias,

o

T
O
M

e as alegrias.



Para Hubi'

EXPRESSÃO DE DEUS

Sei que dos TEUS pensamentos
ainda não TENHO
todos os ALICERCES,
mas RESGUARDO segurança,
que não me DEIXA sonhar a mais
que NECESSITO,
porque AMOR não vem de FORA
para dentro,
mas no CAMINHO inverso
contempla
de MANEIRA convexa
a tua EXPRESSÃO
humana, e não MENOS
de semideus.





Para Hubi'

HUBI

E que se ALEVANTEM
olhos e ESFERAS brilhantes
SOBRE os meus intentos,
mas não SERÃO esses faróis
que irão DEFLAGRAR
saude no PEITO
que tem a LIBERDADE
do teu AMOR....





Para Hubi'

CONFISSÃO N° 54

Amor é ter nas MÃOS
um PLANO
e o peito LIVRE de
enganos.

DELEITES

Eu penso no SILÊNCIO
como cúmplice
e não OPONENTE.

8 de abr. de 2009

NÃO SONHO

Não SONHO,
faço desse VIÉS verdades,
palpáveis,
ilusórias,
COMBINAÇÕES de horas.
Não VEJO,
revejo contextos
e REALIZO algures,
em meio ao LESTE do meu
norte,
a SORTE pede passagem
e CANTA em meus
ouvidos,
o ESTRIBILHO da liberdade.

SÓIS

Para VER o sol,
BASTA ter olhos
de PRIMEIRA vez.

CENTELHA DE ÓDIO

Sem ter MOSTRAS e
carcaças de SONHOS
sibila-me seus INSTINTOS
como se eles me
RESSUSCITAR dos teus
tempos IDOS.

Maldito SEJA o instante
que PASSOU e tirou de mim
a tua VERDADE,
agora mentira,
QUE verdes nasce
e MORRE na centelha
DE ódio
que sinto da
DISTÂNCIA.

NADA QUER

Não sinto o REGISTO da tua SAUDADE,
palavra POR palavra
perco-me no TEU silêncio
que é FATO.

D'onte VEM esse clamor
de RAIVA dos teus olhos,
se EU tão INCOLUME ao inverno,
me queimo de VERÃO em pleno
INFERNO?

Não me olhes com CARA
de quem nada QUER,
porque SEI das suas VICISSITUDES
e carmas,
QUE adelante
são MEUS falsos verbos
insones.

EPÍLOGO

As suas garantias
me REMETEM ao passado,
um passado de INVERDADES
que eu vivi,
ONDE a alucinação
foi o MEL que bebi.
Hoje enbriagado de SAUDADE
mato meus desejos
e QUEIMO os livros
da VIDA que vivemos.
Me arde a pele essa LEMBRANÇA,
mas de GARANTIAS
eu não vivo,
só QUERO ligeiras
PALAVRAS a me acalmar
o epílogo DOS dias.

CONFISSÃO N° 53

Eu penso no SILÊNCIO
como cúmplice
e não OPONENTE.

PARA NORA

Ah! quanta BELEZA
é bendita SOB o som
da tua VOZ,
quanta PARTIDA deixou
de SER dura
ao LIMIAR dos teus
olhos.
E nós APENAS vendo o mundo
de PONTA-cabeça,
enquanto VOCÊ era seu
próprio mundo!
Quanto VALOR tem na
sua ALEGRIA?
Quanta REALEZA
em TEU carinho...
E nós DO lado de fora
sendo TÃO pequeninos.
Mas,
ainda QUE pequenos,
NOSSOS mundos se
uniram e eu me SINTO maior
na TUA dança de VIDA
e glória.

AMOR...

Amor é ter nas MÃOS
um PLANO
e o peito LIVRE de
enganos.

RECADO

De SANGUE, suor
e PRAZER, se FAZ
o gozo e o fluído
da VIDA.
De olhos, DESEJOS
e sentidos CONSTRÓI-se
sonhos e abraços
DOLENTES.
Entre folhas e FALÉSIAS
há o meu ESPERAR
por VOCÊ.

MIL FACES

Há um OUTRO homem em
mim,
que CORRE,
que chora,
que LADRA.
Um homem de VOZ violenta
e TRAÇOS frágeis,
homem de MUITAS faces
e FUSÕES.
Um homem CILIADO a
atos pungentes,
que RANGE,
que DENTES!
Esse HOMEM intranquilo
do CORPO ferido
vocifera PRAGAS e sucumbe.
Porque mesmo na MORTE,
esse HOMEM quer é
chocar.

INVENTOS DE FELICIDADE

Tão BELA aparecência a
SUA, assim,
na SURPRESA da
noite,
que me CONSUMISTE o
rosto num SORRISO
óbvio e de
CONTENTAMENTO.
É de fácil ALENTO a
minha SAUDADE,
basta a TUA presença,
e EU invento
motivos a SER feliz.

FEELING

Entre TODOS os olhos
que olhei, BOCAS
que procurei,
a TUA fora o meu
ENCANTO, e TEUS olhos
meu VISGO.
Tantos ROSTOS e só o
teu SE enquadrava em
mim.
Tantos CORPOS e só
esse QUE trazes
me ENCAIXA em ti.
Tantas PALAVRAS amor,
e sem DÚVIDAS o teu
silêncio me ELEGEU prá ti.
Nunca PRECISEI de certezas
sobre VOCÊ,
porque é no TEU abraço
que eu CONHEÇO a
verdade.

IMPOSTURAS

As MINHAS imposturas
postergam CULPAS e
indiferenças no COLO
da indecisão.
Eu que ME calo no
MISTER momento do
irromper DA alvorada
suponho a MANHÃ me
servir de guia e ESPAÇO
a ser SEGUIDO,
indefinidamente,
ela, AMANHÃ.

É NO MAR

VER o mar em
alta MARESIA é tão FORTE
quanto SONHAR em fantasias
e ILUSÕES.
Um mar INTRANQUILO de
saudades e SOLIDÕES.
É no MAR que depositamos
NOSSOS infortúnios
e DEGREDOS,
tudo AMIÚDE esquecido
em reminiscências
INCONTÁVEIS.

NOTAS

Não há PRECISÃO de cura
para UMA alma insolente
se o PEITO arde
em diferentes MI bemol.
Não há CANTO,
nem SUSTENTO
ou ainda, ALENTO
cabivel em MEU fogo
temporão.


Parem com ESSA risada
graxa,
sem GRAÇA e sem
comoção.
A minha POESIA é óbvia
e de COLISÃO.

INFINDAR

Mantenho-me PRESO
ao chuveiro CONSOANTE
da ilusão,
e lá me DEIXO
óbice
ao CALOR supremo da
subversão.
Não preciso de HORAS a me
confortar
na CAUSA e efeito das
minhas DORES,
preciso somente INFINDAR
a minha procura.

CONFISSÃO N° 52

Estou CERCEADO entre
FOTOS e esquecimentos,
com PÉS e mãos atados
em MEIO ao inverno
do meu PEITO.
GELEIRAS e desentendimentos
me ASSUSTAM,
postulam em MIM
o incoerente.

PASSADO

Todo DESCAMINHO que abrigo
no PEITO
é uma FORTALEZA a me
compor,
a REPOR as forças
em MEIO à dor e a
ignorância.
Eu só SEI que não se
trata de SOLIDÃO
é APENAS meu vão a
esconder as LÁGRIMAS
e indigestas
lástimas.

CÉU DA BOCA

Muito de MIM
é POUCO demais para
ser entendido,
ser REVISTO em conceito
e SACIEDADE.
O pouco que TENHO
é tanto mais que POSSO
carregar
e CANSO do muito pouco
que é SOMENTE viver.
Há muita ESCASSEZ de vontade
em PERMANECER,
mas a POUCA coragem
que tenho
ME eleva aos céus
de BOCAS e arranhões.

MEDO EM CONTRAPARTIDA

O OLHAR muito revela
ou FAZ desvelar
a DÚVIDA.
Eu bem QUE tento ver o
mundo com MENOR
inquietude,
mas HÁ culpa e inconsciência
em meus ATOS,
medo em CONTRAPARTIDA.

CHEGA LOGO

Tô mantendo a CALMA,
a FALSA alma comovente,
os OLHOS dissidentes e
o DECÁLOGO silencioso
dos LÁBIOS.
Tô mantendo a FALA
ainda que CALADA
há o ECOAR dos meus
DESEJOS,
o ABRASAR dos beijos
e VERSOS
que não te DEI.
Tô perdendo a ALMA,
um bem INSATISFATÓRIO
que em mim é GUARDA aberta
esperando a SUA chegada.

NO MEU RIO

No meu RIO corre uma
lembrança QUE alevantou
meus OLHOS
sobre a TUA presença!
Um encanto SOLENE que me
prende,
rende-me em ABRAÇO e
alucinação.
No meu rio NASCE um ninho,
das ÁGUAS, das árduas
paixões que POR ti alimento,
entre SONHO e esquecimentos.
mas AINDA sim, me lembro
que é no meu RIO
que TUA alma faz
MORADIA.

QUE SAUDADE

Toda VEZ que
meu CORAÇÃO arde,
bate a SAUDADE sua
outra VEZ.

6 de abr. de 2009

CONFISSÃO N° 51

Deita SOBRE o meu
peito,
UMA saudade
sua.

ASSIM É ESSE AMOR

O amo não NASCE,
não aparece,
NEM se contradiz.
O amor ASCENDE,
se ilumina,
se SATISFAZ.
O amor não QUER retorno,
ele SE basta,
se PERMITE.
O amor não SONHA (divaga),
e sim,
o AMOR contempla.
O amor não OFUSCA,
ele apenas FIGURA.
O amor não DESISTE,
apenas se GUARDA.
Não se AMA duas vezes,
POIS amor não se extingue e
RENASCE.
Quem dizer AMAR duas vezes,
nunca amou,
NÃO sabe ver-se amando,
dando a SI o propósito,
a NECESSIDADE.

MARCANTE

Há riscos a SE correr
na vida, quando a VONTADE
dita REGRAS dessa
LIDA.
Há RISCO em viver
e BUSCAR saída para essa
outra ilha,
QUE confundimos com
CORAÇÃO.
Há DOR e partida,
medo e INTRIGA,
e somente UMA porta
de emergência a SER
seguida,
ORA pois é essa a hora
DECIDIDA.
VIDA é pra ser vivida
MARCANTEMENTE.

5 de abr. de 2009

MOLDURA

Cada VEZ que o telefone
toca,
a MINHA fome lanceia
sobre MIM a falta
do meu alimento,
TEU ar,
TUA respiração.
O TELEFONE ressoa,
e o ECOAR da tua
voz me CHOCA,
molha meus OLHOS
de saudade.
O telefone em MINHA mão
chora,
VÊ em meu peito, soluços
ARFANTES e canta a tua
CANÇÃO, que diz entre
TANTOS e sem graça,
apenas eu TER-te abrasado
a ALMA.
E no silêncio da HORA,
choro,
me PERCO nas tuas
molduras QUE te fotografam
ainda que AO longe.

NO SERENO

A minha POESIA é
feita no SERENO,
no ESCÁRNIO do silêncio,
onde a ÚNICA ação
é o ANTE-verbo,
pois a MINHA poesia surge
antes que a PALAVRA
seja
anunciada.

BAGUNÇA

Eu tenho MEDO de perder,
mas mesmo ASSIM,
eu jogo!
Na vida,
a minha BAGUNÇA é
sólida,
entre GESTOS e
palavras.
Não precisam ME ver,
eu PRATICO a intolerância
ao INTERESSE.
Não TENHO atrativos,
mas SOU superlativo
aos MEUS olhos,
e POSSO sim,
ser MAESTRO da minha
DANÇA.

CONFISSÃO Nº 50

O amor é COMO nuvem
de PAPEL.
E no papel QUE encenamos
não CABEM
lástimas, nem MORTEIROS
de guerra.

MULTICOR

HOMENS multicoloridos,
almas INCOLOR
em FACE à cor dos
dias.
O amor TEM toda
cor,
o MEU é preofusamente instável
em NUANCES e saudades.
Há uma COR nos olhos
que não SE define,
e eu a CHAMO
FURTA- cor
da vida.

A PACHORRA DO AMOR

O amor é uma INCONSTÂNCIA
dos olhos,
em QUE verdades e
mentiras não
DISPUTAM espaço,
nem FIGURAM.
TRATA-se de uma febre
que TERÇÃ
se repete em DIAS,
porque nas NOITES,
a PACHORRA do amor
é somente ELEGIA.

SEGREDINHO

EU vejo espectros
de LUZ, que me
dão compreensão DO
incoerente,
em ÁTIMOS de vida
que se REPRETEM e nos
mostram a COISA que é
sentir, e se FAZER sentir.
Nada PARECERIA tão simples,
nãoi FOSSE
a profusa LIMITAÇÃO de quem
OLHA e detalha seus ESPECTROS,
como QUEM resguarda
segredinhos
SEM sentido.

EU E O TEMPO

Eu costumava OLHAR o tempo
sem maiores RESSALVAS,
m as o ULTRAJANTE silêncio
dos anos
me COBRA arbitrárias
dívidas,
que IMPÒSSÍVEIS de
dividir,
REMONTO-as.
Um tempo ESTRANHO,
que se APROXIMA como
quem QUER seixos violáceos
e NÃO os tem.
ESSE tempo opóbrio
que me MANCHA
de RUGAS,
não SABE o que me alicerça
e forja VILEZAS que já
conheço.
Um TEMPO rude
e VIÓTICO,
sem MUDAR a minha
vida,
se DIVERTE encurtando
meus CAPÍTULOS.

DOMINGO FERIADO

Ao acordar,
NOTEI que a minha volta
HAVIA mais silêncio
que de COSTUME.
Um silêncio MORTÍCIO
em meu domingo,
que SEMPRE fora agitado
e VELOZ.
Os lados da CAMA
não se MEXEM, e eu
no MEIO dela
repouso UM silêncio
estranho na BOCA,
por medo de ENSURDAR-me.
Então na REFLEXÃO do
choro incontido
ENTENDO que já não eras
MAIS domingo,
mas sim um FERIADO rude
e sem FIM,
chamado AUSÊNCIA.

4 de abr. de 2009

INCONFORMADO

A minha FEBRE e
louca,
um ESTADO de
inconformação CONSTANTE
e SONHOS feridos.
A minha PELE é
rouca
SILENCIA suas dores
EM divagações,
e EU não ando mais
em BUSCA de
SALVAÇÃO.
Falta preparo, IGNIÇÃO
que me DÊ passagem,
porque a MINHA rima
é SOLTA.

SEM MARCAS

NO meu desequilíbrio de
OUTRORA, eu VI
a vida RENASCER em viés
e DOR,
sem que EU precisasse ser
MENINO ou nefasto,
FATO ou intento.
Não há MARCAS ou sinais
AQUI,
o que ME tem,
é o que me FALTA,
e na AUTA madrugada
eu SONHO,
EQUILÍBRIOS sem
distâncias,
AMORES sem destoantes.

MORFOLOGIA

Dias e MUDANÇAS
são assim,
nascem SEMPRE
com a intenção
do AMANHÃ...

3 de abr. de 2009

ANTIGAS DIVAGAÇÕES

Já TENTEI recuperar
a memória e DIZER
quem sou...
MAS, quem sou
não IMPORTA,
importante mesmo
é QUEM está aqui.
Minha ALMA!

CONFISSÃO Nº 49

Houve um TEMPO
em que haviam
VAGAS em meus DIAS,
hoje SOU completo...
Complexamente CONGRUENTE
ao meu peito...
e ao TEU coração.

REMETENTE

AS tuas cartas,
todas MARCADAS com
meu perfume,
não ENCONTRAM destinatário,
PORQUE você me procura
FORA,
em outros,
e TODO tempo estive
dentro de VOCÊ.

DE MAIS A MAIS...

CONFESSO querer mais
que eu POSSA
ter.

2 de abr. de 2009

EUTERPE

As CASAMATAS do meu
peito CHORAM,
rememoram INSTANTES
e flores
COLHIDAS no silenciar
das NOITES.
O abre-ALAS do meu
leito
SUSPEITA da calma
e corre em DIREÇÃO
ao então paraíso e, EU
absorto em SOLIDÃO
me deixo livre,
na ESPERA da euterpe
da TUA voz,
que ROUCA, mexe comigo
da CABEÇA aos pés.

1 de abr. de 2009

O MEU AMOR

O meu AMOR não tem
nada a VER com essa pintura
RÓSEA de beijos
e FALAS.
Não é um AMOR de novela
na TELA dos olhos
TEUS.
O meu amor NÃO é
entregue,
NEM negue a minha
satisfação.
NÃO é estação do
ANO, nem canção
d'uma VIDA que não
TENHO.
O meu amor não TEM respostas
nem QUER perguntar das suas
PORTAS abertas.
O meu amor é SIMPLES,
pedaço de PELE,
alma QUENTE!
Um amor DOLENTE
que quer,
MAS se não tem,
SONHA!
É ópio ao contrário,
VICIA, mas não mata
SENÃO de prazer.

AUTO-DEFINIÇÃO?

SOU o anti-reflexo da
INÉRCIA,
sou o QUE precede o
MOVIMENTO,
sim, EU sou só
INTENÇÃO.

CONFISSÃO Nº 48

Ficarei com VOCÊ na cabeça
e no DESEJO que reside
na BOCA.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::