::.Leve.::

[Esse que SOU]

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[EU sou o que você não pode VER]

31 de mar. de 2011

DO QUERER

No escuro DESEJO
o deserto dos BEIJOS me faz queimar
em CALOR e ócio.
No CASO de querer além
o BEM de mim é perder
das ROUPAS, a vergonha
e na PELE marcar-me em seus
DENTES.
Antes
tudo era SÓ e vão.
Agora
há uma FALTA que me preenche as horas:
A tua.
E quem será VOCÊ
que não apareceu em MEU horizonte?
O que será de MIM
que mesmo sem ter de VOCÊ
um resto
já TENHO as marcas do
querer?

GRANDE CIDADE CORAÇÃO

Meu coração PULSA
como luzes
de uma grande cidade
invadida
pelo VAZIO da carne.
Meu coração
se DESESPEROU
de tanta alegria encolhida
em verbos
e vozes CALADAS.

SE PERDER

Espero o ABRAÇO que não chega.
Esqueço os acasos
de CHUVAS vãs e desvaneço.
Decido.
Admito os medos, mas não RECUO.
O prisma da felicidade
é SEMPRE a parte mais triste
de se PERDER.

EM RISTE

Preso as URGÊNCIAS de sentir saudade
SUJEITO na culpa de viver sem
ARTE.
Propenso ao DESUSO
intenso ao CUSTO do abuso,
CRUZO os braços
dedo em RISTE
risco MAIOR é ser recluso.

RISCOS

Nos riscos da FALTA de abrigo
um beijo;
Na falta de QUEM se foi
os mitos;
As muitas FONTES
as poucas ALMAS
os tantos MEDOS
e quase NADA de calma.

NO FIM

Das horas que CALEI o verbo por medo
só me RESTAM os ponteiros.
Das NOITES perdidas em excessos,
as DORES me causaram adversos vãos.
DE tanto "não" ouvir
o SIM tornou-se tarefa
dispensável no FIM.

30 de mar. de 2011

ESPERANDO PASSAR

Enquanto o TEMPO passa
eu atravesso à NADO
em meio a RAIOS
essa CHUVA que degela de mim
o FRIO,
a falsa sensação de CIO.
Saúdo os ASTROS
e atuo.
Mentir sempre foi uma verdade
no resto das ALEGRIAS
que me sobraram.

MEIA-HORA

‎/No começo, os PASSOS.
Na sequência a QUEDA.
No porvir, a FÚRIA.
Em meia-HORA faço guerras
FAÇO poesias e
PORMENORES.
LAÇO o tempo
e remo contra a MARÉ dos quereres
e ainda, o QUERO.
Resto-me em PRAZOS
rasgo-me em OLHOS rasos
arrasto-me em CORRENTES
cismadas em PARTIR.
É tudo TÃO simples
e no DEVIR nos sobra
desesperança\

29 de mar. de 2011

RE-SIGNIFICANDO

‎/Quando a gente PERDE, é porque ganhar não teria tanto significado.\

COMEÇANDO BEM

Felicidade ARDE na carne como arte.

28 de mar. de 2011

QUERO

Livros.
LUZES acesas
leves LEMBRANÇAS.
Laços
LAICOS sorrisos
LEROS suaves.

Cada instante UM espaço contado
em SAUDADE.
Olhos VERDES
e uma verdade a dizer:

_ Quero.





27 de mar. de 2011

POSITIVO

Num instante te QUIS.
Revi meus DESEJOS e te fiz aproximar.
Nos FALAMOS,
dissemos COISAS de fazer
gostar.
E você se FOI.
Estranho como INCOMODA saber
que mesmo sem nunca TER te visto
você fez FALTA
ainda que por um SEGUNDO.

DEVANEIOS

Fáceis ATRASOS
braços fechados,
ALVOS perdidos.
No limite do MEDO
o ARAUTO
cantado em prosa de palavra
vã.
No INTUITO do veio
um RIO sem margens,
marginal de mim.
Lá dentro a chuva CAI
e aqui FORA a hora é tão
insegura quanto o
VENTO.

DÚVIDA CRUEL

Autoconfiança é o ESTADO que te permite objetivar um foco e partir pro ataque,
ou é PURA ignorância que te leva ao massacre de si?
Não sei. Mas, ainda acho ESTRANHO não confiar tanto em mim.

EU, BAIANO

Baiano não CHORA
deixa a MARÉ subir
o tempo FECHAR
a chuva CAIR.
Meus olhos não SÃO janelas,
mas LENTES
que vêem longe
QUEREM perto
e VÃO.

26 de mar. de 2011

UM LIVRO

Diagramei cada FRASE dita
num LIVRO de mentiras contadas quando jovem.
Todas aquelas bobagens que OUVI
e nunca mais saíram dos meus
OUVIDOS.
Ilustrei a CAPA com seu rosto,
fugídeo e FRÁGIL, quase indiferente
ao RISCO.
Dediquei CADA palavra à sua ausência,
seu ARQUÉTIPO alegre-triste,
desses DEPRESSIVOS que se compra
em revistas ERÓTICAS.
É ótimo pensar ASSIM sobre nós,
que FOMOS uma história de coisas
jamais CONTADAS
de palavras nunca PENSADAS
e final CLICHÊ,
infelizes, solitários,
mas HUMANOS.
O que te RESTA?
Mentir, eu acho.
A mim SOBRAM tempo
e TEMPERATURA alta.

AO EGO MEU

É que as vezes VOCÊ se esforça
prá ser afastado,
se desencontrar de mim.
As vezes PARECE festa
de nunca querer acabar.
As VEZES reza que eu fique longe,
as vezes ponte de chegar logo.
Se esforça,
se contorce e no fim,
a gente anda tão juntos...

RE-POSTANDO

‎/Considero ESTRANHO tudo que não é espelho\


Me espalho nas VESTES
deixadas a ermo no chão do
QUARTO,
no ato de DESPEDIDA
a ida é só um RITO.
Minto tão POUCO
e no outro LADO
do muro, o MUNDO parece
fácil de se VIVER.

25 de mar. de 2011

NÃO ERA

‎/Não era dos ABRAÇOS que eu mais sentia falta. Era do ACASO de nossos braços ligados, como num sexo intenso de querer, mesmo sem TROCAR fluídos.\

24 de mar. de 2011

TRAÇOS

‎/Sorrisos CEGOS,
carinhos mudos.
A cena TROCA
o fundo é falso
e o TRAÇO torna-se horizonte,
lá...
LONGE\

STRANGER

Legitimamente ESTRANHO aos padrões do agora.
Afora ISSO, o resto é fácil fingir.

22 de mar. de 2011

SÓ TRISTEZA

Um dia
a vida há de contemplar-se por si,
sem esperar que os OUTROS
sejam seus súditos.
Os ruídos do CASTELO é sempre mais
triste do que o
SILÊNCIO do porão.

POR DIZER

O resto que me FALTA viver
parece TANTO com o que
deixei PASSAR em verões nunca
vividos.
É como ver-se de LONGE
vivenciar sua HISTÓRIA da platéia.
A inércia sempre foi
meu MAIOR intento.

21 de mar. de 2011

Poder FUGIR nunca foi instância
que esteve em MINHAS possibilidades.
Sempre me SOBROU o ritmo,
as VESTES, as fáceis sensações
e as DORES intensas.
Nas NOITES, sempre aceso
entendia a PRESENÇA apenas como
um rito de PASSAGEM,
uma brincadeira
e nada MAIS.
Acostumei-me a SOLIDÃO
como quem se HABITUA
a perder nos JOGOS
e do AZAR nunca perceber
a doença.
Perdi,
caí,
cumpri o DESTINO.

20 de mar. de 2011

LEIA-ME

Pessoas PASSARÃO em minha vida,
e nela TERÃO oportunidade de ficar.
Não sou eu quem DECIDE quem
vai e quem FICA
a RICA certeza da permanência
é essa de QUERER,
entender e surpreender o LÓGICO
sempre com as dúvidas.
Nunca me OFEREÇA todas as respostas.
São nas PERGUNTAS que eu
conjugo os VERBOS de ação.

A ESPERA

/Estou tão LIVRE, que as vezes tenho a sensação de também estar PERDIDO
Esperando paixões acontecer\

PURO

O POP
o puro
a PUTA.
Na rua tudo é livre
e em meu CORAÇÃO
os desditos SEGREDOS
não é nada mais
que CONFUSÃO.
O PADRE
a carne
o CORNO.
Na VIDA tudo é simples
e em mim
simples são MENTIRAS contadas
em pleno VERÃO.

AÇÃO

Os impuros DIZERES,
os impróprios quereres,
os deveres.
Tudo é só mentira,
se não há a confissão.

POR ASSIM DIZER

‎/Na dúvida: a distância. Nas CERTEZAS: o decreto. Na CULPA: a desculpa.\

19 de mar. de 2011

SEM SAUDADE

Na derradeira palavra que CALEI
lá estava o adeus.
E eu FUI,
cá ESTOU, agora inteiro.

DÚVIDAS, DEMORAS

Há uma chuva lá FORA.
Fora de mim o mundo se esvai em águas,
órbitas
e orgias.
A rua VAZIA me visita
me atravessa na ESQUINA dos quereres
e PRESSINTO os olhos estancados
ainda que eu POSSA ver.
Não me QUESTIONO as dúvidas
demoradas de um BANHO solitário,
mas sofro da CONDENAÇÃO de sonhos
deixados a ermo.

E OUTRAS COISAS

Eu te amo
e OUTRAS coisas mais.
Chamo teu NOME em silêncio
e na VARANDA em meio aos gritos
ouço TUA voz cintilando
na NOITE.
Os açoites de suas mãos
LEVÍSSIMAS
os arroubos de FUGIR
e figurar em tua janela,
a ESSA altura sou teu
e amor que DEIXEI na bandeja
dos TEUS desejos
amadureceu
e te ESPERA.
EU te amo
e outras COISAS más
não serão mais NOSSO dilema.
Eu TE amo
e OUTRAS coisas iguais
não terão mais TEU nome.
Eu te AMO
e as outras coisas VÃS
deixarão o QUARTO.

EU TE AMO

Assim dissemos um ao OUTRO
amor para SEMPRE
e sempre MENTIMOS.
Sempre PEDIMOS perdão
prá sempre ERRAR, logo ali
em meio à escuridão.
É dizer da UNIÃO
até que a morte nos
SEPARE, e a sorte nos tira
o LEME no barco sem mesmo
entender NOSSO sermão.
A gente SONHANDO futuros
e a DURAS penas passando num
presente MAL dizente.
Sempre SORRINDO e as lágrimas
iluminando o CHÃO.
É assim, sempre:

Eu TE amo...
No SEU prazer
e na minha DOR.

O QUE É JUSTO?

Esse JUSTO e sustentável seguir
me dá NOJO,
me encoraja a SAIR de cena
subir sem REMOS mar à cima,
sem RIMAS nem previsões.
Essa coisa do que é PRONTO
tudo que é no PONTO me incomoda,
eu GOSTO das distorções
das DIVERSAS sensações
das CORES
não NASCI prá viver dias de cada
VEZ,
porque as vezes, os DIAS
não me interessam muito.

DEIXA SER

/Felicidade, as vezes é apenas um CONVITE. O melhor está por vir\

16 de mar. de 2011

CESSÃO

Indiferente ao DISCURSO da dor
eu me APROXIMO das dúvidas,
dádivas de quem SEMPRE prefere
não obrigar a VIDA
ou o outro a CEDER.

13 de mar. de 2011

AQUEÇO

As minhas PEQUENAS parcelas de culpa
as RUAS fazendo curvas
toda a LUZ e a minha rubra solidão,
as buscas.
São rastros
RASOS sorrisos e alvos.
A vida tinge de AZUL o lado
obscuro do querer
e o VERDE teme um dia
amarelecer.
Eu só tenho MEDO de permanecer
instintivo,
porque é na RAZÃO que me
aqueço.

FÁCIL

/Tudo que sei sobre MIM é sempre o contrário do que SEI sobre você\

12 de mar. de 2011

SORRI

Sorrir
é ir em frente, mesmo em DOR.
Na cor dos dias
as VIAS se fecham,
sinais VERMELHOS causam desenredos
e nos BEIJOS
o som da partida se
APROXIMA.
A rima vai se calando
os tempos MUDANDO os ventos
e de VEZ em quando,
a gente CHORA.
Sorri
que daqui, de longe
eu tento TAMBÉM, por ti.

DÚVIDAS

Das minhas dúvidas TODAS
a única que nunca me LIVREI
foi das distâncias.
Por que PRECISAMOS ir
se o MELHOR seria ficar?
Por QUE perder
se GANHAR é mais simples?
POR que sofrer?
Crer tornou-se monótono DEMAIS
na imensidão de argumentos que
DIVIDI com o silêncio.
Agora,
SÓ não quero me desligar
da RAZÃO.

QUASE UM BICHO TRISTE

Lamentavelmente era eu,
um CARA perdido em suas coisas por dizer.
Uma imensidão de desentendimentos,
INJUSTIÇAS
e ira nos olhos negros
já decididos a não CEDER.
Era eu em PRAÇA de guerra,
numa questão de vencer
ou derrear em pleno chão,
ali alucinado
arruinando as muitas MISÉRIAS
esticadas em meu salão
devolvendo a VIDA
os vultos enxergados
em tanta solidão.
Um BICHO quase triste
e as FERIDAS furtivas
me deixando a PELE fria,
falsamente VIVA
me FAZENDO sorver o gosto amargo
de EXISTIR, ainda que
em contradição.




11 de mar. de 2011

DE PERTO

Saio de CASA
distraindo olhares, e rio
com as FACILIDADES de ser inteiro
em tantas metades.
De resto
os dias TEM as mesmas cores
de quando a SOLIDÃO era meu maior
alento.
De perto
meus OLHOS são mais
intensos.

10 de mar. de 2011

REPROVA

O leve VENTO que me sopra
REVOLTA os cabelos na testa
apavora a ROUPA no corpo
e me COBRA o calor calado
nas mangas LONGAS
de blusas não vestidas.
As idas e VINDAS de sorrisos
nos LÁBIOS atestam
o VAZIO na alma.
E calmamente eu CHEGO perto
abro a porta
e CHORO, com olhos
ainda FRIOS
desse AR que me reprova.

RASGADO

Bem, eu não vou RECLAMAR.
Não vou dizer QUE a vida está uma merda,
porque não ESTÁ.
Eu venci
cheguei LONGE
corri caminhos nunca PENSADOS.
Mas, sabe
quando você COLOCA a cabeça a prêmio
ASSUME os riscos
em fução de ALGO maior
e descobre que era tudo MENTIRA?
Se deus existisse pediria a ele
para tirar ESSE peso de mim,
mas bem... deixa prá lá.
Fui enganado PELO meu chefe
estou de FINAL em 2 das 9 matérias na
FACULDADE,
e uma pura sensação de FRACASSO.
Logo eu,
completamente avesso às PERDAS.
Mas, tudo bem.
Não vou RECLAMAR
nem dizer que foi em vão
no chão AINDA há a crença
na mão HÁ a pena para escrever
e nos OLHOS
a raiva faiscante
um depositário de ÓDIO e alegria
que se comovem
e SE traduzem em silêncios
e línguas CORTADAS.
Não espero nada
em contrapartida,
NADA parece me esperar na estação
de TREM, agora abandonada.

8 de mar. de 2011

FICA

Não há depois nem DEMORAS.
Agora é hora de SER e querer dizer coisas sem sentido.
SENTINDO o frio na pele
e não negue que PERDER-se é tão bom.
Desdigo qualquer COISA que não te faça bem,
desminto minhas VERDADES
e deixo a língua arder em sua BOCA.
Desligo a TV caso seja importante
derreto meu DEDOS em sua pele
e DURMO em teu sonho revolto.
Me deixa entrar
me DEIXA intervir na tua ausência
sufocante
me faz BACANTE e brinca com minhas
tatuagens RISCADAS a ermo,
fica.

POR VIR

Sempre me FALTAM coisas
causos e
CRIATURAS por perto.
Passo dias DOMINANDO medos
e medindo DISTÂNCIAS.
Nas HORAS que me esqueço,
metade de MIM é
tarde prá ser FELIZ
e a outra metade
é só CRIANÇA.
Há tempos não OLHO o céu
e sua SINISTRA sensação
de vazio,
e no PEITO
os vãos se aquecem
do POR VIR,
esse que nunca chega.

FICAR OU IR?

Cedo ou TARDE isso ia acontecer.
Pesados FARDOS
solidão e incertezas.
O ventilador já não me
APETECE com seus ventos
vazios
e do LADO de cá
o RISO tonto é vadio.
Quero tudo tão longe
e de PERTO me faz falta
o escuro e FRIO
silêncio.
Por que AINDA espero?
Por QUE quero ainda?
Resta SABER por que eu não
VOU!

FERIADO

Feriado.
FATOS que não se condensam
falsos SORRISOS
sonhos TARDIOS.
São nos feriados
que a GENTE entende
a falta
e o DESCONFORTO.
Campainha que não toca
TELEFONE emudecido
os ritos, todos de PARTIDA.

7 de mar. de 2011

VIVA O POVO BRASILEIRO

Somos em PARTE uma arte
desconsiderada
um TRAÇO em desajuste
um DEDO em riste
como FACA
em face ao MEDO.
SOMOS um desconsolo e
devaneio
UM arreio solto,
outro DESCONTROLE.
Somos FORTES
somos fracos
e ao acaso, POR vezes
frescos.
Fáceis DEMAIS
fases de LUA.
Na rua somos CALMOS
e desajeitados,
e isso.
Somos da POESIA a vírgula
da HERESIA, o xingamento
somos o LAMENTO de um povo,
que não NEGRO
não branco
SOMOS tanto por ser
MESTIÇOS.

SER FELIZ É URGÊNCIA

Enquanto ESPERO
deixo sempre uns AFAGOS nas mãos,
prova de CONTENTAMENTO.
QUANDO desisto,
abraços deixados no AR.
Ser FELIZ é coisa de urgência
e eu não POSSO me perder
na providência
de QUEM não se apavora
em QUERER.

6 de mar. de 2011

VAPOR

Não
não ABRA os olhos
nada DIGA
siga sorrindo.
NÃO percorra mais os meus
recantos
nem TANTO queira
ficar,
esse relógio me apressa.
Não sinta FRIO
nem calor
não VEJA o vapor sair,
assim BARATO.
Todo o meu acaso
é FATO
de quem não soube
INTERVIR no verão.

CASA ABERTA

Os prazos PERDIDOS na consumação
dos FINS anunciados
em ABRAÇOS
já não ROGAM mais
delongas ou DESTINOS.
Deixei ir,
deixei-me AQUI.

IR

Não me FECHO para nada
nem ao NADA me lanço.
Danço conforme as músicas
e RIO
das festivas partidas
de AMANHÃ.
Aprendi a ser DISTANTE
quando ainda na CAMA
e nos passos DEIXADOS
em areia
apenas VASTAS ilusões.
Não levo nada COMIGO,
nem comigo DEIXO-O ficar.

5 de mar. de 2011

CONSTATAÇÃO

Já ouvi DUZENTAS cantadas
milhares de MENTIRAS
alguns FORAS
alguns SINS
quase nunca ouvi NÃO.
Parece que o ciclo de coisas
ACONTECEU inversamente
ao que ESPEREI.
Se eu tivesse recebido mais
NÃOS,
certamente teria ouvido menos
MENTIRAS com tanto sim
sem VONTADE.

4 de mar. de 2011

CARTA DESENDEREÇADA II

As vezes converso com matizes estranhas nas lágrimas caídas ao chão.

Elas nada dizem, mas eu... não desisto fácil do diálogo.

Cobro respostas, respeito e desligo-me da dor.

É tanta gente confusa, que usa a gente e não responde aos recados deixados na secretária eletrônica.

O acaso se encarrega de separar os prezados dos perdidos e dos pecados.

Os astros nos céus sacodem, subordinam estrelas e lamentam a chuva que cai dos olhos desse que fala o que deveria ceder em silêncio.

Argumentos?

São apenas hostilidades que aprendi quando da solidão me perdi.

As urgências confrontadas com dores são sempre miudezas.

Era uma grande verdade essa... Viver.

Agora, vivo mesmo morto.

Maltrato as mãos e os olhos com sensações nenhuma

Desdigo cicatrizes no pulso

E permaneço com o coração acelerado de viés.

Nas veias já não correm sangue, mas sangro algo espesso e violento

É o tempo que se apossou dos meus alentos.

Lamento muito, nada a dizer.





3 de mar. de 2011

Acaso seja SIMPLES, limpe os rastros ao sair.

2 de mar. de 2011

ANDANTE

Aprendi apenas em um instante
que DIZER a verdade
nem SEMPRE significa estar certo.
A omissão é da natureza perdida dos
homens.
Nem sempre SORRIR é conquistar
olhares
ou chorar SINÔNIMO de fraqueza.
A dureza de se ADMIRAR a dor
é premissa dos QUE almejam sentir.
Aprendi que SE defender
é também guerrear
BRIGAR pode ser o estímulo para não
se PERDER alguém
e SILÊNCIO quase sempre significa
distância.
Aprendi a VERTER críticas
em BONS resultados
e CALAR os elogios,
esses NUNCA te enriquecem.
Aprendi TANTO
e, mesmo assim,
AINDA caminho sozinho.

É O TEMPO

O CAOS que assombra as horas

É o tempo que RESSECA as folhas.

As filhas PARTINDO

O riso calando

E o ESPAÇO diminuindo.

Os gritos já não SUPORTAM mais se ouvir,

E o eco que VELEJA

Em meus intentos

Não lembra mais o VENTO.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::