::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

30 de mai. de 2010

SOPRO

Na FORÇA da dor,
que a GENTE se reconhece
definitivo NO sopro
de VIDA que nos resta
TODOS os dias.

29 de mai. de 2010

SOU POR ACASO

SOU por acaso,
o LOUCO,
que na FALTA de outro,
tem seu DUO no
impacto PERFEITO,
dessa FALTA de jeito
em SER,
esse ANJO torto.




Boas REFERÊNCIAS, bons alcances,
DORES profusas,
todas em MIM,
mutando, MUDANDO meu jeito.
Ah, esse LEITO de sorte
que a MORTE traz.
E vivo TANTO...

AGORA, CHOVO

Eu quero tanto
conversar e crer
um pouco mais
no que eu calo.
Lá dentro,
algo GRITA e remoe
todo o GESTO parado no agora.
Agora, CHORO.

CALADO

Ainda há TANTO
o que corromper na VOZ,
versada em dor,
que ME asseguro a VEZ
de viver um tanto mais
CALADO,
no cantinho dos OLHOS,
teus.

O SILÊNCIO

O silêncio é um DOM duvidoso pra mim,
mas o ACEITO como forma
de PAGAR-me pelo efeito
do GRITO passado.

26 de mai. de 2010

EM TI

De CORPO inteiro?
O jeito,
as HORAS todas contadas
em que me DESCONHEÇO,
desconverso no ESPELHO,
espalho sobre o CHÃO
o GOZO,
gasto tudo em TI,
em teus DESEJOS,
tuas LOUCURAS todas,
minha vida.
De corpo FECHADO,
deitado no canto
dos TEUS jeitos,
me ACHO,
embriagado de GESTOS,
gostando TANTO das tuas
inversas noções de
AMOR,
amando-nos,
NOS metros que faltam
de ESTRADA,
estando em TI,
todo, tanto
e TANTO.

25 de mai. de 2010

VONTADES

POR menos que um segundo
eu já DARIA todo o resto
da VIDA, numa vontade
única de SER feliz.

SENTINDO

Da PALAVRA sentir,
eu CONHEÇO bem os desatinos.

23 de mai. de 2010

DEIXO

MOSTRO-me quente
no CALOR amargo e
FRIO,
daquilo QUE se chama
esquecimento.
De DENTRO da dor,
só SUPOMOS lembrar
o que SE fere mais
em si.
De FORA da vida,
a ilha MAIS bonita
também é a MAIS
insípida aos BRAÇOS,
dados em ABRAÇOS longos
e lamentosos.
De OUTRO jeito,
eu MORRERIA.
Então deixo o RIO secar.

MEU JARDIM

O que SOMOS nós
senão PEDAÇOS indefectíveis
de SAUDADE?
O que SERÍAMOS nós,
não FOSSE a remediada
FORMA de se dar ao mundo
COMO paga de um dívida
imensa COM o todo
poderoso SENHOR dos
raios?
De ONDE tiraríamos o
DOM da lembrança
se não FOSSEM as marcas
e cicatrizes QUE postamos
na PELE, como em FOTOS
de jornal?
Da VIDA,
nada TENHO.
Mas de MIM,
tenho toda ela
ENLAMEADA no meu
JARDIM.

AMBAS

NOUTRO tempo,
eu DIRIA que a vida
se PASSA num jogo louco
de VERDADES e mentiras,
ambas MENTIROSAS.
HOJE,
digo o contrário.
AMBAS, continuam mentirosas.
Mas, já nem são verdades OU
mentiras.
São SÓ especulações
do próximo ATO.

DOMINÓ

A gente precisa encontrar
um intermédio
entre os nossos relógios
e bussolas, TODAS.
A GENTE tem que se marcar
como EM fogo
nos PACTOS sagrados
de LOBOS.
A gente TEM que alçar
OS vôos certos
PRÁ nos encontrar,
assim, ALADOS.
UM do lado do outro,
no TODO que se
faz FORTE em nós.
Um dominó SERIA bom,
mas AS pedras caem,
e SE perdem na magia
conspícua do DESEJAR.
DESEJO-te à sós.

EU, LIVRO

É PRECISO que me toquem
prá QUE saibam
que DO todo que sou
APENAS um minúsculo
PREFÁCIO, faz parte
da minha CONFUSA
criação.
Todo o CORPO do meu
texto
ESTÁ traçado no inverso
do que MEUS olhos cegam,
REVERBERAM sons
em IMAGENS tolas.
E no EPÍLOGO meu
é que VOCÊ saberá do
meu FIM.
ME finalizo no ópio,
COMO em transgressão
serena DAS falsetas
DA vida,
e já não vivencio MAIS
outras ilusões.
Me ESCREVO à mão,
com MÃOS perdidas na
ignorância FUNDAMENTAL
dos sábios, a FARSA.
O fascínio QUE exerço,
exarcebo, DEIXO escorregar,
e DEIXO que caia
em mim, o TEU olhar.
De RESTO, nos meus vocábulos
o que VOCÊ encontrará
será APENAS a falta
do SENTIDO que nunca tive.
VOCÊ nunca fez sentido algum
prá MIM.

AS VEZES

É que as VEZES,
eu também PRECISO de colo,
mas NINGUÉM me ouve
do LONGE do silêncio,
gritar.
Calmo,
AINDA sei onde achar
a SAÍDA dos meus próprios
MEDOS,
só não ME peça
que te ESPERE nesse
CALAFRIO que abraço.

CASO-ME COMIGO

PROMETO-me meu,
na saúde e SAUDADE,
na DOR e dormência,
NA alegria e carnaval,
NOS tristes fins e
INSONDÁVEIS começos.
Até que a SORTE nos retire
o TOM de CONFETE e
serpentina da VIDA.
E se a MORTE separar,
eu "AJUNTO" tudo num
pedaço MALtrapilho de
LEMBRANÇAS e caio noutros
mundos.

VIA DE REGRA

COMO via de regra,
me REALIZO aos poucos,
AOS berros,
aos TRANCOS e barrancos
RESERVO-me,
o DOM da desritmia.

22 de mai. de 2010

IMPUBLICÁVEL

Já SEI que sou impublicável
NAS edições soturnas
dos SEUS desejos.
Mas,
ENTENDA também,
que NOS meus banhos
é TEU calor que reafirmo
TÓRRIDO sobre
a minha PELE, branca
e SENTIMENTAL.
Todo o VAPOR que emana
da BOCA e se faz
água NOS vidros alojados
em MINH'alma
são DA nossa velha
aliança QUEBRADA
na ciranda PASSADA
de carnaval.

À VISTA

ESSE ser impraticável que me
DEIXEI a compor,
se FEZ dolente na tua
FORMA,
força ESTRANHA,
mulher e AMEAÇA aos meus
CABIDOS sentires.
Eu, que TANTO contemplei
o DESUSO da certeza,
agora no LONGES das tuas
VESTES,
me entendo SÁBIO no
degelo DESSE mar que nos
SEPARA.
Tanto AMAR,
e um mar ARREBENTA a minha
calma.
Quero QUE em terra firme,
um DIA me digas,
HOMEM à vista.



E que PAGUES por ele.

DA GENTE

Esse que SOU,
não SERIA menor que em
teus PENSARES.
Ainda DIFERENTE,
seria EU a MESMA força
e forma una de SENTIR.
TODO o resto,
da gente é demagogia.

DO HOMEM

Os prazos,
os PREGOS
e as pragas são DO homem.
Da ALMA,
são somente os intentos.
DEIXE-os seus,
que no amanhã,
o HOJE será velho.
Mas,
o DESEJO se fará ainda,
seu.

VITRAIS

DEIXO-me mudo,
na CERTEZA una de que
no PEITO que carrego,
os SINAIS não se preciptam
mais em VITRAIS iluminados.
NEM os fluídos se deixam
CORREM em vasos
ensanguentados POR querer.
QUANTA pretensão da vida
querer-me SEU,
quando o QUE não mais
possuo
é a LIBERDADE.

AO CAOS

Em MEIO ao caos,
consigo SEMPRE supor
tranquilidade,
se ME deixo à margem
das HORAS.

BALANÇA DE JUSTIÇA

Não PESE sobre o outro,
como FOSSE você,
balança de JUSTIÇA
e verdade.
NÓS que nos acrescentamos
tão POUCO à vida,
apenas EM partida
deixamos GOSTO de
saudade

AOS AMIGOS

DE saudade,
morro TRISTE,
um POUCO e a cada dia.
Só,
NA minha comunhão de
DESGOVERNOS e desavenças.
ACORDO repleto das lembranças
NOSSAS,
nos FOLGUEDOS e festejos
derradeiros de DEZEMBRO.
NOSSOS porres e reuniões
anti-SOCIAIS.
Nossa HORDA do bem,
transgredidos,
nossos RITOS de amor,
por HORA esquecidos na
DOR, desse que se pôs
ao LONGE.
No LESTE de coisa alguma.
Não LAMENTO a ida,
posta que ME fez maior,
mas CHORO essa demora
que me FAZ crer na lenteza
CONTENTE dos relógios.

21 de mai. de 2010

CEGO

se DISFARÇO não te ver,
é COMO se meus olhos
se CEGASSEM pro resto
que ME compõe.

SEI?!

O que MAIS sei
é facultativo.
Não SOBREVIVE das suas
próprias INTENÇÕES.
O que SEI é só
sentir.




[Não SENTINDO mais]
rs

TEMPO PRÁ SOLIDÃO

TEMO que as únicas verdades
que me RESTAM,
já SEJAM mentiras.
E ainda ME sobra
tempo prá SOLIDÃO.

AMO³

AMO, quando teu nome chamo.
QUANDO clamo tua
bendita PALAVRA,
verbo ANUNCIADO em presença
tida.
Amo quando RECLAMO
da ausência,
SORRIO da tua sapiência,
e CAIO em sua tentação.
AMO quando começa o ano,
e quando DEZEMBRO termina.
Amo MAIS,
quando a ALMA alucina,
mais QUE o beijo azucrina,
e tanto mais QUE o sonho
rebombina, o QUE aqui
vivi.

NUNCA

De TANTO sustentar a mentira
DO querer bem,
acabei ODIANDO a doçura
e SENSATEZ
da tua lembrança.
EM ânsia de desespero,
pelo que FIZEMOS,
chorei ESTRANHAMENTE
num leito que
nunca ME entendeu.

IMPROPÉRIOS

É tudo TÃO disperso
num CÉU de estrelas,
que CHEGO a pensar que
é POESIA,
o que BRILHA sem querer
brilhar.
É tudo tão INVERSO
nesse mar de ACASO,
que ME consumo em
versos SOLTOS,
presos à minha CONDIÇÃO,
sismológico QUE sou.

PRÁQUELAS PERGUNTAS TORTAS

É FALTA do excesso.
É todo o RESTO
que nos cobra PORTANTOS,
sem mesmo querer ENTENDER
o tanto que é VIVER
do lado...
de quem SE quer amar.

DÓI

TUDO que dói,
se DESCOBRE bom
na DESCULPA do sofrer.

GOSTO DE LÁGRIMAS

O GOSTO de lágrimas,
e eu TÃO moço.
O troco DO lado
de FORA do bolso.
Torço PRÁ minha partida
se ACABAR em dobro,
na TUA chegada,
em NOSSA invasão
dos mundos NOSSOS,
nessa OUTRA estação
guardada NO peito.
No rádio QUE te toca,
em MINHA boca que te
assopra.

ABOLINDO

PRO caso de lembranças
DESAVISADAS,
eu deixo FÁCIL a porta
ENTREABERTA prá sua
IDA,
pra minha CHEGADA,
pro nosso DESENCONTRO.
Sabia que TUDO isso
me ENCANTA?
Perder VOCÊ de vista
me FAZ ganhar o
HORIZONTE todo,
a mim,
não MAIS ao meio.

MATEMÁTICA

Deixo à CARGO da saudade
a MATEMÁTICA do teu rosto.
O que ANTES para mim
eram APENAS algumas
SOMAS,
nesse MOMENTO preciso me
ATER aos cálculos
geométricos DO meu
esquecimento.
Ferida PALAVRA,
ferido peito,
FEITA a ação da
POESIA,
e pronto.

20 de mai. de 2010

CALOR INTEIRO

Que todo o resto dos mundos
se acabem.
Que todo BEIJO se esvaia.
Que caia SOBRE mim
o GELO.
Porque SOU quente,
ao meio e
NO inteiro de mim.

ANTEVEJO O PECADO

O que não TENHO a dizer,
DEIXO gravado no
epitáfio da SAUDADE.
É o QUE calo.
REPOVÔO meus meandros
e CAUSO dor
na agonia.
Aguardo o PrÓXIMO ato.
Antevejo o PRECADO
da ira,
mas NÃO protejo os
meus REGALOS.

ESSE HOMEM QUE NÃO PRESTAVA

PRESTAR,
me deixa um GOSTO
amargo na boca.
TUDO estranhado no
JEITO que tenho.
Não QUERO ser identificado
na FONTE do que sou.
Mas, me AGRADAM
nuances anunciadas nas VOZES
alheias a mim.
MOSTRO-me melhor,
no ACENTO carnal
do GESTO.
No TESTE do gozo,
PORQUE não sou reto.

UMA SÓ CARNE

Saber QUEM sou
já não é uma QUESTÃO
de necessidade,
mas de DEFESA.
EU rejeito todo o material
produzido:
PROVAS, prazos
e premissas.
Só me VALEM agora,
os PRAZERES de uma só
carne, SOZINHA.
Minha!

DAN DE SI

Dan DE si.
Interno,
INTEIRO,
intenso,
IMPÁVIDO.
Impróprio ao DEVIDO,
imoral.
Inaceitávelmente ilógico,
INDÉBITO.
Implacável.
Bruto DEMAIS,
fruto da DOR.
Diagnóstico do FARDO,
pesado ÉS que se faz
BOM, sendo tão ruim.
Arruina FERIDAS e cicatrizes,
e VIVE à mercê dos seus
mesmos ENCANTOS doidos.
Diávolo.





[Quando FORES pensar que na inteligência reside a ignorância, ao menos tenhas a CERTEZA de que na sua fraqueza, RESIDA também o desejo.]

ASSASSINO FRIO

Agonizo o ÓPIO
d'uma GERAÇÃO traçada
na ARQUITETURA dos
campos de GUERRA.
DEGELO corações morteiro
vazios,
sem ÁLGEBRAS ou misérias.
Eu, UM homem louco na
lucidez do PÓS traumático.
Um tanto MORTO prá vida.
Vivo DEMAIS prá desistir
assim.
Assumo os RISCOS,
assino as FALTAS,
assusto os CÃES feridos.
Assassino FRIO,
o dom DA distância.

O RESTO DO TODO

DESOBEDEÇO a mim mesmo,
desarmo.
Aquilo QUE já não é bom,
AFASTO.
DE todo pouco que
guardo,
ENSAIO.
O resto DO todo que
não TENHO,
AGUARDO.

SE ESVAI

Noutro TANTO do tempo
que SE esvai,
recai SOBRE mim,
a culpa da IDA,
a vitória assumida,
nessa GUERRA perdida
por sí só.
É só em MIM que doem
as LÁGRIMAS retraídas,
e jamais DECAEM em
hora de partida.
E EU já chego em casa
quando a CIDADE cala.
É hora de AMAR e fingir-me
mais FELIZ.
Sem PACTO, tato ou
meretrício.

19 de mai. de 2010

DA DOR

Quanto sentimento doado
numa voz calada,
em palavras alçadas em vôo,
só.
Somente eu,
AINDA me esgarço da dor,
pela dor e prá dor.
Deixa-a sair,
e saber de SI mesma.
A dor
tem SENTIMENTOS também.

DA VIDA SE ESCONDE

Não SE perca
em TEMPO de achar ruim
o que DA vida se
esconde,
pois SE é onde mora
o MAIS belo perigo
que eu ME respondo certo
da VEZ.
Não COMETA tantos erros
na FONTE,
que DA juventude a gente
só TEM as tardes,
que não TARDAM terminar.
Não FORNEÇA as suas chaves
do PEITO,
que ESTE leito não é perfeito
prá QUALQUER um se
apossar.

DESCALÇO

DORES,
eu já senti.
AGORA, apenas sinto
a FALTA de cor
nos dias.
DIALOGO comigo mesmo,
DESCALÇO-me os dons
e tentativas VÃS de
generosidade.
CALO-me a tempo.
DEIXO reverberar silenciosamente
a FALTA de tons.

DESAPAREÇO

Repenso os PASSOS
dados.
DEDICO ao tempo
os LIVROS ainda não
escritos.
REVISTO os vãos,
vagueio.
Sozinho PERMANEÇO.
No escuro CAIO,
SEM querer levantar,
me TRAIO.
ATRASO relógios quebrados,
e AINDA sim,
perco AS horas.
Escureço.
FAÇO noite em tudo que é dia,
DESAPAREÇO.
SEM mesmo ser pesado
o MEU recorte.

CITIADO

CITIADO no próprio inverso
da VOZ, disfarço DOR
com alegria.
MEU melhor remédio
nas MANHÃS frias
é o FOGO.
QUE ainda não aquece,
mas FALSAMENTE ilumina,
o LAMENTO.

POR FORA

Por dentro,
uma DOR profunda,
pautada NO óbvio silêncio
encomendado, a FALTA.
Por FORA,
um SORRISO nefasto
e bandido,
um GRITO aturdido
e sem JEITO,
indigesto.
NOS olhos, o ódio estampado
no ESTAMPIDO dos tiros.
Nas MÃOS,
o amor derramado EM fluído
e CARNIFICINA.
Espetáculo DANTESCO de cor
e arrependimento SANGUE.
Um TANQUE vazio,
e com MIRA marcada no peito,
meu.

18 de mai. de 2010

CO-IRMÃ DO VAZIO

Não TE posso cobrar,
mais DO que podes
entender,
nem TAMPOUCO dar
mais do que CONSIGAS
receber.
A ignorância é
CO-irmã do vazio.

FERRO E FOGO

Há SEMPRE um jeito certo
de COMPOR ao homem
o LADO torto da vida.
Aquele lado ESQUECIDO,
no esquerdo ESTADO
de agonia
e sofreguidão.
É assim que FUI talhado:
à FERRO e fogo,
na FALTA de um
coração.

MUDO

O ser que SABE
tanto de si,
no AGORA
sabe nada do MUNDO,
mudo.

17 de mai. de 2010

ME DISFARÇO

Prá ser SINCERO
também acho que FINJO
quando CHORO.
REMEMORO tuas falsas
cartas de AMOR.
E no torpor do QUE
já NEM sinto mais,
ME SALVO.
SALIENTO o resto dos dias
COMO calmos,
e DEVORO todo o dom de
QUESTIONAR a órbita das
ruas, ME disfarço.

MALFAÇO-ME

O querer QUE há em mim,
não QUER mais sofrer.
SOBERBO, sei que afasto
o dom do SER,
feliz.
SABOTO em meus versos
o som, semi-SILENCIO.
Suporto a COTIDIANA fase
e só,
ME mantenho.
Apago o RESTO todo
de mim, malfaço-me VIVO.

TRAPACEIO O DIA

No fio de HORAS ingratas,
sorrio.
SENTADO na perdida praça
sem SOM,
sentindo-me LONGE.
LAMENTO.
Intimido esses, que transeuntes
PARECEM parvos,
PORMENORES.
Placebos.
Pontuo cada verbo
no REMOTO controle
das MINHAS ações,
me MOVO.
Momento.
Maltrato o BOM,
acolho a dúvida,
divido o TOM.
TATEIO.
Tímido, trapaceio o dia,
anoiteço.
TARDO.

NA TUA

O resto todo ERRADO
história de CAROCHINHA,
mistura boca e calma,
TODA a sua na minha.
PALMA e mão alçadas
em VÔO.
EU to na tua.

ME CONTINUO

Eu me CONTINUO,
em DUO próprio,
me APROPRIO do vazio
e me CONTEMPLO no sul
de mim,
me harmonizo.
ORQUESTRO sons e sinais,
e te conto,
nu ESTOU.

AOS POUCOS

Amo-te AOS poucos,

mas sem PENSAR em parar.

AMO-te em partes,

quando ARDES-me o lado

esquerdo do jeito TORTO

de ser, seu.

16 de mai. de 2010

TAMBÉM GENTE, PERDÔO

Eu não PERCO mais
meus MODOS,
medos e metonímias
à TOA.
TATEIO o asfalto,
de CIMA,
e COM os pés cambaleio
torpe,
na CERTEZA sem razão.
Já não RASTEJO mais,
nem MAQUEIO feridas.
Apens SUPORTO dores
como QUEM alimenta a
UM filho,
FALSEIO também.
Também GENTE,
me perdôo.
PADEÇO, perco-me
as CHAVES, choro.

VAGA-LUME

VIVO como um vaga-lume.
Meu LUME preso em teu olhar.

ROUPA JUSTA

Amor
é uma ROUPA justa
que não LHE cai bem,
mas você INSISTE em usar.
Amar é ENVELHECER aos olhos.

15 de mai. de 2010

SERÁ PUTA, SERÁ FESTA?

São delas o sexo alheio e nunca delas.
são TELAS mal pintadas no calor em cheio,
ao SEIXO dado ao acaso,
no PAGO torto dos que
se ALEGRAM pela cor do sexo
CARO-barato,
amor sem VEIO.
Receio QUE ser puta
é ser ENLEIO, drageas que tomadas
MATAM o terror do medo.
São ELAS que alentam sonhos,
que ACABAM pontes
e REFRECAM tontos homens e
SERES frios,
frívolos, FESTINS.
DESCONFIO que ser puta
é ser ALICE, sem país nem
maravilhas, NUM dossel de coisa
alguma, num CARNAVAL de folia
triste, INFESTEJADA,
inferiada, INFORTÚNIA.
Insisto.

QUANDO QUERO

Quero SOMENTE vozes,
e as VEZES silencio.

OLHOS QUE USO

É que não me VALEU vociferar
palavrões ARDIDOS
no ALGURES dessa saudade.
Não me FOI coerente
ser ESSE que escreve,
se DE dores eu já me pus
a PERDER as contas das lágrimas
DERRAMADAS.
E se ainda FALO
é que de falta
eu SÓ tenho a presença
e o VÃO armado
como CIRCO nas portas
dos OLHOS que uso agora.

ÁSPEROS OLHARES

Por HORA,
faltam-ME os segredos
guardados,
OS beijos calados,
o GOZO.
Sobram-me VERSOS,
verbos INDIGESTOS,
ásperos OLHARES.
E ardo no VÉU de noites
TENSAS, de fogo e relvas
lentas, QUEDAS d'água
de DESEJOS,
deserto-me no além das
VOZES que ouço no
silêncio.
Silencio-me no TODO,
tapeio o rubor
e REABRO as portas
dde mim,
por mim.

VERDADES PANICAS

SONHOS ocultos,
verdades PANICAS,
tanta GENTE torta,
tanta calma MORTA.
É tanto JOGO
tanta FALTA,
que de SAUDADE
me comovo.

CANTORA

É essa a TUA carta
de ALFORRIA,
cantora,
que ME doura a alma
com TEU arrebol
travestido de VOZ.
Vez POR outra canto,
nos CANTOS dos olhos,
EM lágrimas
barulhentas.

JÁ NÃO MORRA

Falta POUCO
prá que eu, JÁ não morra.
E sim, SOU mal,
BOM e ruim,
mas SEI que sou
um TAL elemento.

13 de mai. de 2010

FACE

A outra FACE oferecida, rege o HOMEM em partida.

11 de mai. de 2010

EU QUE NÃO SABIA AMAR

Eu que NÃO sabia amar,
soube, entregar DE mim os melhores
olhares.
EU que não sabia amar,
PERMITI os melhores sorrisos.
Eu QUE não sabia amar,
DEDIQUEI os mais delicados
VERSOS.
Eu que não SABIA amar
compus OS mais doces beijos
entregues AO destino
meu.
Eu que não sabia AMAR,
deixei-me de LADO
no fato único de SÓ
saber amar.



E já não AMO mais.
Não CLAMO calores,
nem OLHO em corredores
FRIOS em busca
de TUA aparência.

VI QUE VALIAM

Vim PAIRANDO,
contemplando SONHOS
e euforias.
Como se PAIRAM folhas
ao VENTO.
Como quando TEMPO
se REVELA frio
na MADRUGADA.
Eu VIM chegando,
PROMETENDO versos
que eu NEM sei
se CABIAM.
Mas, no LOGO dos meus
OLHOS eu te vi,
e vi QUE valiam.




À Nô Stopa.

PEDAÇOS NO TODO

São ELES,
meus PEDAÇOS ao acaso
que procuram VOCÊ.
No TATO,
acho que ENCONTRO,
e pronto, PERDI
de novo.
AO passo que caio,
te ABRO em meus
OLHOS, feito cortina
e CONFISSÕES cansadas
no TELEFONE,
e FALO...
enfim, te ABRAÇO.

9 de mai. de 2010

POUCO, MAS MUITO

TENHO muito pouco,
mas o que tenho
é DEMAIS pr'um
só PEITO.

HOJE, SAUDADE?

HOJE,
um pedaço meu MORREU.
Numa voz,
num ATROZ adeus.
De tanto FICAR só,
saudade eu SINTO,
dos BRAÇOS teus.

AINDA QUE NÃO SEJA DE FATO

Alimento-me de SONHOS
festejados em LÁGRIMAS vãs,
que ADMOESTO nas manhãs
que não se ABRIRAM
em bouquet.
DE todo o resto da vida
só me RESTA O DESAJEITO
de SER feliz,
ainda que não SEJA, de fato.

SER-TÃO GENTE

O nosso EXISTIR
É TÃO pouco pro tanto
que SOMOS.
domar o SER que se é,
é só parte da GUERRA travada
com a vida, VIVIDA
a SÓS,
com a solidão e o COLIDIR
vazio, somente.
EXAUSTO...
esse é o meu remetente
DE SENTIR
nesses dias FRIOS,
com CALORES
E acenos,
NO ameno por de sóis que me
assolam,
em SER-TÃO
GENTE,
TÃO pouca gente é.

8 de mai. de 2010

MOÇA

Linda,
de olhos vendados,
não calmos.
Dados ao acaso
desse QUERER bem,
que bate,
e não tarda chegar.
Um PEITO fluente,
quente de DESEJOS,
no ensejo DOCE de
se DAR.
Assim é,
uma MOÇA toda trajada
de AMOR calado,
e eu AQUI ardo
de PENSAR na falta que
FAZES as tuas mãos e
ARESTAS na voz.
Dói-me EXISTIR sem tua
flauta de PÃ em meu
devir.




À Duda.

FEIRA LIVRE DA PAIXÃO

De MANHÃ a cama explode,
na SORTE de querer bem.
Tudo EVADE,
calma, CORPO entregue ao
OUTRO,
todo o GOSTO dado
ao ACASO da boca
beijada.
Nada é tão SIMPLES,
mas complicado NÃO é,
também.
Tem AQUI do meu lado,
um BRAÇO carente,
querendo o QUENTE do
teu lábio,
Esse IMENSO e infinito
DORSO,
que me ACORDA, e abrasa
a PALMA da mão
que ABORVE-se em
suor e SABOR.

ODE À FERREIRA GULLAR

Metade de MIM
se perdeu,
a OUTRA se confunde
CONSIGO mesma, como
se EM metade
fosse inteiro.
E já não SOU.

TROFÉU

Nas mãos de AMOR,
um dia, a GENTE vira troféu.
Dado como PARTE importante,
mas SEMPRE guardado na
ESTANTE.

NEM LEMBRO

ME olho,
nem lembro,
REVENDO sensações
antigas, à PREÇOS
menores.
Acuso-me SENTIR saudades,
na CALAMIDADE de viver,
e VIVO, só.
Mente a MIM,
não minta ao TEU
pobre coração.
De ALEGRIAS não vivo,
nem DE falsas canções.

6 de mai. de 2010

UM DIA, SOMENTE

Um dia,
a gente descobre
que tudo feito na vida
é só ensaio.
Por isso erramos.
E amamos.

LOUCO TODO

A LOUCURA sem cura é só uma:
o DESARGUMENTO.
E SEI que sou louco,
mas ISSO tudo é tão pouco
PROS meus enredos
e MELODIAS tortas.

CALMA E LENTA

As vezes,
a POUCA palavra nos revela
o RECORTE doloroso
do silêncio.
Noutras, a PALAVRA pouca
nos ensina a ESPERAR.
Então, ESPERO?
Ou EXASPERO na e lenta
MORTE do sentir?

TÃO POUCA, VIDA

A vida é tão POUCA,
e a gente se perde tanto,
no ENTANTO, querendo.

REGAÇO NO OLHAR

Em TUDO o que faço
há um POUCO de dor.
CORES incongruentes,
nas LENTES do olhar.
No todo, o PEDAÇO
que faço festa,
sem PENSAR.
No OLHO,
o regaço, calmo
EM contato com o
olhar.

COISA

É coisa ANTIGA.
Essa COISA de se perder em si,
nas PRÓPRIAS coisas guardadas.
Coisa ESTRANHA é se
encontrar a ERMO, solitário,
e só.
é coisa FEITA, ser infeliz,
sendo TÃO real ao passo
do ENCANTO, nas coisas
que TODOS desejam.
Já não GUARDO coisas no peito,
e NO leito de morte,
um DIA direi coisas
que nem MAIS me
lembrarei,
de COISA alguma.

E TUDO TÃO...

Da gente,
a VIDA quer requinte,
MAS também quer
embolso.
A vida nos COBRA recessos,
mas ODEIA feriados.
É tudo TÃO facultativo
e tão, OBRIGADO!

5 de mai. de 2010

GRAFIA DOS ERROS

Bem LONGE.
Tão PERTO do fim.
Assim ESPERO,
erro a grafia dos
MEDOS sem mesmo
partir.

QUE EU ME CEGUE

Na IMPOSSIBILIDADE do gesto,
que eu me AFETE em cheio.
CHEIO de boas e más
sensações,
SONS e silêncios
TOMEM conta de mim,
carnal.
Na INFIDELIDADE do olho,
que ao MENOS eu me cegue,
NEGUE as mentiras contadas,
REGUE as verdades em jardins
de GUERRA,
e essa SEJA só mais
uma PALAVRA mal fadada,
FALADA sem muito querer.

SONHAM, SONINHO

Esquecer é uma ARTE,
que cabe a quem dói na vida,
na VEIA,
nas indas e VINDAS
das lágrimas,
agora PERDIDAS.

VOCÊ ME DARIA A MÃO?

Já não sei
quanto em mim
gostaria de ter
uma mão, entregue,
entoada com sons,
sins, SAUDAÇÕES.
Quanto EM mim te daria
a mão?
Já NÃO respondo.
Esse HOMEM que mal se escreve
em PALAVRAS,
perdeu-se NA carne fria
da GAROA,
terra ESSA que me dói
nas MÃOS.

REGISTRO

Para TODO o tal sentimento,
FICA aqui registrado
o MEU lamento,
a MINHA reclamação de
DOR e dormência.
A CALMA desgarrada em meio
ao VIOLENTO chão,
em queda.
Na alma, a DOCE dose de
doer é SÓ minha,
sem ESSA de dividir,
sem GRATIDÃO alguma.

PONTO, PRONTO

Ponto.
Tudo se RESUME a um ponto.
Na GRAFIA da vida,
tudo MENTE em interrogações,
e FINGE surpreender
nas EXCLAMAÇÕES,
tão vazias,
e VASTAS de coisa alguma.
São PONTOS, ora dois,
ORA vírgula.
Idas e VINDA, na fatídica
PARTIDA.
Ponto a SEGUIR,
que não SEGUE, nem mesmo
pára.
Ponto FINAL, que não finda
nada, PORRA nenhuma.
Ponto de PARTIDA, como num
começo, e PELO avesso,
os SONHOS, e contos
são TODOS fadados ao
fracasso.
Eu TENHO asco dos pontos.
MESMO os ferimentos,
ainda PREFIRO a exposição
dolorosa da COR de sangue,
que o CARINHO ardiloso mas
cicatrizes,
tão CÉCEGAS, e pronto.
EU odeio pontos,
que NOS jogos mentem vitórias,
GLÓRIAS no amor não se conhece,
mas TECE-se um par de sensações
tão BEM pontuadas em poesia.

NÃO AMO, PRÓXIMO

Eu NÃO amo próximo,
PORQUE sou tenso demais.
Nada TÊNUE nas mãos
e SOU ártico acalorado,
quente MAIS que o sol
poente.
Eu não AMO próximo,
acho SIM, o toque
um DESCASO com o olhar,
mas CHAMO teu nome
no LONGES dessa
imensidão.

DA DOR E FALTA

Da DOR só entendo o enredo.






A MELODIA só quem sabe,
são as LÁGRIMAS.
De AMOR só senti os remendos,
e da FALTA, soube compreender
o DESALENTO.

SINTO-ME

Por FORA,
o OLHO comemora.
POR dentro,
a DOR faz festa.

PRANTOS CALADOS

Tantos PRANTOS calados,
e a gente DORMINDO
pelado, SEM saber
porquê.
A dor ADORMECE
quando o SILÊNCIO
se refugia em NOSSAS
bocas.

2 de mai. de 2010

CALO

Calo.
O que TENTEI dizer,
ainda que NÃO admita.
Pois,
sem QUE eu saiba,
meus MOTIVOS são
inverossímeis.
CALO a dor d'uma
distância CONSUMADA,
desde QUE meu peito
CEGOU-se na disparada
da VIDA.
Calo,
caminho,
DESCONVERSO,
aquilo que EM mim é,
sonho.
Certamente TAMBÉM
é realidade,
mas CALO.

SEM DESTINO CERTO

Os homens QUE me habitavam,
fugiram.
DESERTARAM meu ego,
minha salvação,
agora INCOMPLETA.
Eu, incapacitado
CHORO.
Sitio meus OLHARES
e debilmente RIO,
um sorriso intranquilo,
sem SABER onde parar.
Sei QUE as noites acabam,
mas DÓI-me saber que
estes QUE moravam em mim
SAÍRAM sem destino
CERTO a me deixar.

COMEMORO

Há aqui,
um PEITO que dói.
REMÓI as mágoas
e não MAIS sente
mágica nos OLHOS.
Há em MIM,
um tanto de água
represada, sem AÇÃO,
mas não choro.
COMEMORO a minha dor
como em UM
madrigal.

HOJE MINTO

FELICIDADE
não foi o que aprendi
a TECER em minhas
TELAS brancas,
nem TAMPOUCO a compor
como em NOTAS musicais.
Em VERDADE,
eu nunca SOUBE ser feliz,
por CONFUNDIR sorriso
com satisfação.
HOJE, minto.

SEM O ALENTO

ACHO um tanto assustador
QUE me tempo esteja
se MUDANDO pr'um
passado ESTRANHO
e ARREDIO.
Não que FOSSE me acalmar
diante a CALAMIDADE
do silêncio, mas não sabia
QUE agora,
a VOZ admoestadora das
horas,
tinham ME consumido,
sem o ALENTO do sonho.

NO LÁBIO

No INSTANTE em que pude
conter em mim,
a lágrima,
PERDI máximo do sorriso
que ANTES eu abrigara
no LÁBIO.

MORO LONGE

Moro LONGE.
Nas entranhas de RUAS
desencontradas,
a ERMO.
De SONOS espaçados,
sonho NEBULOSO, acordo.
SOFRO de lembranças
intransigentes, ACERTO
o alvo, choro.
Eu MORO longe.
Nos CONFINS das alegrias
ACESAS,
afeto-me.

ÁGUA FRÁGIL

Em meu CÉU, já não há nuvens,
mas CHOVE.
Uma água FRÁGIL,
sobressaltada,
SAUDOSA.
Em meu CÉU,
eu chovo.

DESACERTO

E não EXISTEM tantos caminhos,
sem TANTOS desacertos.

NÃO SE ESQUEÇA

Só te PEÇO,
não me esqueça.
Não CRESÇA em mim
a saudade
que ARDE como açoite
sem CARNAVAL.
Ao menos apareça.
Desça de ONDE tiver
e FAÇA dessas próximas
horas,
uma NOVA e já conhecida
estação.

CAIBO

PELOS cantos.
Em qualquer CANTO
eu caibo.
Passo POR cima
de tudo,
e SAIO.

DUNAS

TAL qual o silêncio se refugia
nas DUNAS quentes do
carnalismo meu,
a CALMA se ampara
na LOUCURA emanada das
mãos INCANDESCENTES
que já não se fazem
MAIS presentes.

SOL DESERTOR

DE TÃO triste o sol,
ELE se pôs
prá me QUEIMAR na fria
madrugada.

EU DE MIM

Um SOM que se estala
em MINHA pele,
e o SOL já ilumina
esse SORRISO.
É tanta SAUDADE
saber não mais
ASSIM, sou.
Eu SOU um bloco
de CARNAVAL que se
conserva
TODO em feriado,
barulho e sensação.

1 de mai. de 2010

EM MEIO AO CAOS

Meu MEDO nunca foi
de SOFRER, mas
de ESTAR sempre pronto
prá UM tanto mais
de DOR.
Não SABERIA lidar
com a SENSAÇÃO estranha
de SABEDORIA em meio
ao CAOS dos ferimentos.

LÁGRIMA AMARGA

O quanto CHORO
não é CONTABILIZADO nas
águas de CHUVAS torrenciais
que me MOLHAM de
dentro PRÁ fora.
Como choro NÃO é de
se EXPLICAR,
e sei que a LÁGRIMA doce,
sempre FAZ amargar
meu DIA.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::