::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

30 de nov. de 2010

NÃO EU

Quantos DIZEM adeus

Querendo FICAR?

Eu não fico, mas não PARTO...

Eu não SAIO, também não permaneço.

É como um TRAÇO que não se apaga,

E não se agrega.

SAMBA-TANGO

Num SAMBA eu derramo
o ENREDO do beijo
que não TIVE...
No TRAGO do cigarro
ABAFO o medo,
o ENSEJO do devir.
NUM bolero
VERSO o jeito que
não DIGO,
e insisto em QUERER
o que não TENHO.
Num TANGO
penso no ACALANTO de tua
VOZ e vacilo,
no perdão QUE nunca dei.

POR QUE?

Por que FALAR de amor
se MEU tema
se PERDEU sem a certa
melodia?

28 de nov. de 2010

PRÁ DORMIR

Será que EU errei na dose,
ou a FARSA de ser sozinho
tornou-se PRÁTICA
assumida na VIDA que
não DEVO levar?

CHUVA DE VERÃO

Ainda continuo a ser
esse vasto acaso
de coisas acontecidas.
Eu sou COMO chuva que cai,
e não se INTERESSA
por essa ou aquela calçada,
apenas ACERTA-se em desvãos.

ACERTO

Do mesmo MODO que acerto
o RELÓGIO na hora que me
CONFESSO a conveniência,
também abraço o CASO de ser
SOZINHO,
ainda que DORIDO.

TRUELIE

Quando me QUESTIONAM sobre mentiras,
DIGO:
- Acostume-se.
Mas, quando QUEREM verdades,
assumo:
- Não tenha TANTA certeza.

27 de nov. de 2010

O TEMPO ME GUARDOU

O tempo não me GUARDA em caixas
como ENTREGAS
nas horas
de SER feliz.
Ele PASSA
degela a INTENSIDADE
almeja a casa VAZIA
irradia SOLIDÃO.
O tempo é o DOM
da poesia.




LÁGRIMA NEGRA

Sabe AQUELA água escorrida dos
OLHOS?
Não OLHE,
ela voltou.




DA RODA

É impressionante COMO tudo dito no ardor
da DISCÓRDIA parece sempre mais
VERDADE que em qualquer outra instância.
E eu NUNCA fui tão silenciado
quanto AGORA,
justamente NA hora de perder
o MEDO
e DESMEDIR a loucura.

MAL AMADO

Acordou...
Como era de COSTUME
viu o SOL com o mesmo ar de despreparo pro sorriso,
e debilmente CAIU no banho,
quente demais prá UMA pele tão suave e tenra.
Mais um dia ERA a sua vida, ali
toda TATEADA pelos ombros e abismos nas gentes
TODAS que dividiam o MESMO metrô.
As RUAS com a mesma estima envolvida em perfumes
estranhos,
CIGARROS, saudade.
O trabalho COMO fonte de vaidade
era SUA arte,
sua manifestação de verdade.
De volta ao FIO das esquinas esquecidas,
a NOITE se corrompia com sua lágrima
tímida
sua ALMA desconfortável,
seu HÁLITO de dor.
Casa,
CADA cômodo incomodo no peito,
cada LEITO vazio
um JEITO torto de se afagar,
cada CANTO, um silêncio nas portas da
casa.
MAL AMADO, era esse ele.
E só sabia disso,
quando ENFIM, adentrava em seu quarto
e via no FRIO da janela aberta
a ARESTA daquela ida, fortuita.

IDA

No mergulho MAIS profundo
é que PUDE entender a linguagem
dos ATOS na despedida.
Na vinda
nunca é BOM o abraço...

SEM RIMA

Toda NOITE
é uma noite de
INSÔNIA
se já não SEI dormir
de LONGE,
já não sei SENTIR
sem tuas mãos,
não sei NÃO
acho que meu ERRO
é ter te DADO
o braço na CONTRAMÃO
da esquina,
na RIMA de amar
sem TER porquê.

TRAÇOS

Os traços,
no passo que me CERCA,
o laço.
No causo que me acerta
o AÇO.
...No ato
eu sou INTEIRO,
e só.

25 de nov. de 2010

QUEM?

Quem DISSE que solidão
e incerteza SÃO a primeira
DOR a nos visitar aos
DOMINGOS de faltas
e FERIADOS?
Quem disse que CHORO
ainda, QUANDO enxergo longe
a COR de cabelos dourados
nas ESQUINAS?
QUEM disse que prever
FUTUROS é saber mais
do mundo?
Eu não PRIMO pelas respostas
que TENHO,
mas admito DÚVIDAS nas
perguntas que CALO.

ENQUANTO ISSO

Enquanto ISSO
a minha CALMA perde-se em
TONS frios
e a ALMA se cobre
POR sobre a palma das
MÃOS d'um azul
SAUDADE que em ti
eu DEIXEI.
E se POSSO rever as fotos
QUE guardamos na
CAIXA de dorzinhas adormecidas,
eu juro que NÃO vou
chorar
se TE ver sorrindo só.

21 de nov. de 2010

VEM

Vem,
ADMITA que tem em ti
um POUCO da minha falta
das CARAS e bocas que senti
no teu GOZO,
dos LADOS que tem seu jeito,
o medo de ENTREGAR.
VEM,
ainda bem
QUE podes me chegar.
Vem
que AINDA tem o mesmo doce
em meu BEIJAR.

MARAVILHAS

Daqui a POUCO
é outro dia.
Sem VERDADES
sem LIMITES
as vertigens me
ATINGEM em alma e
ALEGRIA.




DITO



Digo,
aquilo não QUERO dito.
Grito as REGRAS
só prá no FIM
desobedecê-las.
Me acompanhe,
me APANHE em abraços
que faço do MEU
o seu DIA.

AÍ AGORA

Aí AGORA,
só então agora
a HORA cede passagem à sua ida
e a minha CASA se esvai
em POEIRA e saudade.
REFAÇO as armadilhas,
fecho as PORTAS
tranco a lembrança no
QUARTO.
Quieto,
deito
ADMINISTRO a dor
com pequenas DOSES
de sonhos
e me ENGANO
nas casamatas que não
VISITO,
e se CASO morras
eu me abrigo
na TUA alma.

IR

Quando eu ACORDAR,
por FAVOR,
não tente fazer da verdade
a ARTE de partir.
Apenas SIGA
apenas, não diga NADA.
A palavra sempre ENGANA.

TESOURA DO DESEJO

Os desejos
são COMO árvores que crescem
AS vezes secam
SENTAM em suas raízes
a chorar.
São como FACAS
que cortam
QUE contam suas histórias
no GUME da dor.
Como ARMAS que estilhaçam
VIDROS
vidas doídas a SANGRAR.
Desejos
são MEUS passos
meus POROS que suam.
SUAS são as minhas vestes.





AO AMOR

Amor
é só um verso
no fim da música.
A lógica de se amar
é dar de si,
o que não há de retornar.
De tanto amar,
fiquei vazio
EMUDECI.

20 de nov. de 2010

REVELAÇÃO

O meu PEITO acelera
aperta-se no DESEJO de convir ao teu
ENCANTO
é tanto o meu sentir
QUE a alma se desvela
em RECORTES
como em FOTOS que não revelei.

AZUL

A vida
está POR toda parte
o SOL arde seus raios
nas LEMBRANÇAS que ficam
e o CÉU nos condena
ao SEU azul.




UM ANJO INDECENTE

Para além das definições,

eu SOU um ato desesperado,

um louco...

sensível, não-sútil,

VALENTE.

MINHA HISTÓRIA

A minha HISTÓRIA
é a história de OUTRA pessoa,
INSONE
incólume aos ritos
AVESSO ao gesto,
no GRITO.
A minha história
é OUTRA...
É aquela que não CONTEI em
verbos.

ENCONTREI

NOS lanhos dos atos que pensei
ATEI saudade com intentos
e TRAGUEI a fumaça triste
dos BEIJOS que não causei
a água FRIA dos lábios
que não DEDIQUEI.
Me achei
e só me deixei.
Encontrei
a FALSA flor do amor
me ENCONTREI,
tardio
impresso na PELE a falta
a AUSÊNCIA da carne
que sonhei.

ELE

E ele sonhou suas VERDADES,
seus hábitos
suas HORAS sem lembranças.
E quis abraços FORASTEIROS
atrasos nos RELÓGIOS,
ócio.
Era prá SER inteiro
prá ser REMOTO
e foi ABALO
no DESCASO sísmico do entender,
foi DESPREPARO prá ser
inteiro.
Ele que DESEJOU prazeres
não SOUBE no FIM
dos DEVERES de gente
ver pela LENTE do sem fim,
e AGORA sente o pouco frio
da CIDADE,
na garoa...
Agora, à toa.

RESTO DO MUNDO

AVESSO ao resto do mundo
olho pro MEU gesto
e no TETO de sentir saudades
ARDO,
em fogo de lembranças...
A ânsia de QUERER o que não
se TEM.

19 de nov. de 2010

A VIDA RELÊ POEMAS

Ainda SEM querer lembrar
o ANTES
não consigo ESQUECER
o agora.
Lá FORA
a vida relê seus POEMAS
com o sol que BRILHA,
aqui dentro o VENTO sacode
meus DESEJOS
e relembra os medos QUE
guardei no ESCURO.
NO fundo do quarto
o ASTRO rei
é o meu ABRIR de olhos tardios,
já não FRIOS,
mas ainda longe do calor.

18 de nov. de 2010

TÁ EM MIM, ME DESESPERO

Quem DISSE que amor foi feito
prá NOS fazer felizes?
Quem disse que AMOR é prá
fazer BEM aos que lêem os
LIVROS?
Nos IDOS de ser jovem
ser ÍMPAR
eu CRI no amor tangente
no amor INTRANSIGENTE e fértil,
aquele que se ESCAPA das mãos,
mas não quer IR,
não é livre.
E no AGORA
só me ESFORÇO em descobrir
se a COR na dor dos dias
VEM daqui ou dali.
E se FAÇO música
é prá não OUVIR.

PALPITE

Já é de MANHÃ,
e ainda não RECEBI a sua palavra
de DESPEDIDA.
Mas você JÁ foi,
partiu...
Já é DIA
e a VIDA passou sem que
eu SOUBESSE o que era
o DEPOIS.

AMIZADE

Hoje ouvi de uma GRANDE amiga,
que nos PASSADO nos separamos,
nos PARTIMOS em vários,
pela DISTÂNCIA
pela SIMPLICIDADE de sermos tantos
em um só.
E eu sei DE tudo isso
e sei que EU acionei o BOTÃO de pânico
na minha NAVE louca.
De DIZER coisas boas e sem sentido
não FAZ sentido prá mim,
PORQUE eu sei que faço em erro
a FALTA que deixo,
as FERIDAS que me aprisiono.
Mas digo:

- Partimos, é verdade.
Mas, não subtraímos a coisa de ser UM.

É?

Uso o VERSO no papel
para DIZER o que não sei mais.
É tudo FORMA de esconder
DOR e dormências.
É TUDO farsa quando a gente
não quer MAIS querer.

17 de nov. de 2010

SOBRIEDADE

Me permite NÃO dizer mais nada
AGORA?
Afora o que CALEI
o depois é SEMPRE sóbrio,
antes do ADEUS.

É A FALTA, A PORTA

Isso TUDO
era só prá deitar e ter VOCÊ,
ainda que SONHANDO
era prá SER você.
Já não SEI querer sem
cuidar,
ter sem AMAR
e poder PARAR o relógio nas
MADRUGADAS,
sem que HOUVESSEM dias,
sem NOITES más.
Isso,
no FUNDO é a falta que faço
no TEU quarto,
é a PORTA que falta
em meu PEITO.

A FALTA

Se me FALTA o que dizer,
eu APENAS tropeço nas palavras
e DEIXO que as cores
das MAÇÃS no rosto me
ENTREGUEM.
E se te FALTA um pouco de
VERMELHO,
beija-me
QUE te conto o meu segredo.



PESSOAS

Pessoas
me TIRARAM as certezas
de uma VIDA menos estranha,
ou talvez de UMA vida
mais AMENA.
Eu
TROUXE de volta a mim
a LÓGICA de ser só
e ainda SIM
menos SOMBRIO.

AFLIÇÃO

A aflição FARTOU-se de mim,
cansou de TENTAR-me com seus braços
de QUERER bem.
Aportei minhas ERAS não vividas
no CAIS da indecisão
e CULPEI a vida na falta
do VIVER,
na coisa de ser FRACO
enquanto era de SER grande.
Flutuo no SOM da flauta que me
VAGUEIA,
e visto-me de AZUL tristeza
prá SURPREENDER os falsos olhares
que acompanham em RITMO,
o passo DADO.

NO PASSO

Me impressiono FÁCIL
com a desconversa.
Me ACALMO pouco na inércia que é
SENTIR,
e saio... quieto.
As VEZES a valsa dói mais
QUANDO se acerta,
no passo.

16 de nov. de 2010

NO ENFIM

AS impressões que ficam
não SÃO em digitais que
APREENDO,
mas nas MARCAS e sinais
que são TANGIDOS
pela falta que me
encontro.
As mãos nunca DADAS
me asseguram o FIM,
a frustração do BEIJO,
enfim.
Dizer SIM
as vezes é DIZER
prá sempre,
mesmo que NADA dure tanto,
o pranto ACEITA o tempo
como pagamento.

15 de nov. de 2010

EM FRENTE

Ando LENTAMENTE em frente,
já não sinto FRIOS e forças nas mãos
as falésias dos RISOS
agora são faltas AOS meus
acasos, meus MORARES, ausento-me.
Digo coisas sem SENTIR, e sem sentido
algo me LANÇO em verbos simples,
soberbos.
Sinto TANTO, mas pouco me acerto,
me convenço.

PEITO SOZINHO

Há um VAZIO em mim.
Uma espécie de RIO que
seca,
um ECO nos ouvidos
o ruído de QUEM se foi.
Eu sou um ESPECTRO sozinho
do meu PRÓPRIO peito
escravil.

13 de nov. de 2010

POR QUÊS

Por que aqui no DENTRO
o tempo PARECE não querer
PASSAR?
Por que de FORA ao
entrar no CENTRO o vento sempre
ESQUECE que está do nosso
LADO?
Por que não VENDO mais a minha
cara de ALEGRIAS de feriado?
Por que não nos VEMOS nem
mais em ESTADO latárgico?
Por quê?

DESCONFIO

As VEZES desconfio.
AS vezes, nos discos
há um FIO de saudade
e no TALVEZ
não há o sim.
O FIM do medo ostenta
o abrigo...
sua música NÃO cessa
seu SOM me acessa
me apressa em SENTIR,
o que já não dividimos.

DESVESTIR

O que POSSO desvendar
nem SEMPRE é o que posso
DESVESTIR.
A diversão de ser LOUCO
é o pouco de REALIDADE que te
deixam ASSUMIR.
Assim, os fatos PODEM ser
somente fatos
e os FARDOS pesam menos
em mim.

LIE TO ME

Queira a VERDADE,
mas acredite no que QUISER.

DESENCANTO

Abro-me ao VERSO solene da saudade
e CAIBO bem nas entrelinhas das suas cores
nenhuma.
Tu que FOSTES embora
na HORA incerta me deixou sozinho.
Tu que FICASTES na porta
AGORA sofre em desalinho.
Eu, homem de pouca instrução
me ACALMO no berço vazio.
E esse DESENCANTO que me preenche
a PALMA das mãos
não sabe em si como QUEIXAR-se
de mim.
FECHO-me como em portas seguintes
já não espero MAIS as verdades
que ANTES sonhei contigo
e das MENTIRAS que deixastes,
o teu PASSO sempre foi o meu maior
tormento.
No assento da SAUDADE agora
vive o meu ALENTO.





[Esse TEXTO está na 71ª Antologia de Poesias da CBJE, que sairá em 01/2011]

12 de nov. de 2010

ARDO

Ardo
em FEBRE louca
de sentir-te perto,
ainda que estejas
nas COMAS da minha ilusão.

DIVAGAÇÕES PERDIDAS

O preço do PASSO
é sempre a IDA
Quem tanto ESPERA,
na CERTA há de se cansar
O que é CERTO na pressa
é a DEMORA
e a HORA que passa não volta.
A revolta que TRAGO nos olhos
é MERA prova
de que NADA restou.
Se SOU em ímpeto
a PARTIDA dolosa
quem OUSA me conter em
VOLTAS?

MISTURAS

SOLIDÃO
é a mistura de
SAUDADE e certezas.
Certeza de que TUDO é
como está.

7 de nov. de 2010

APROVEIT_A_DOR

Eu sinto no CÉU
o cio da saudade
na ARTE de sentir-me apenas
PARTE,
na falta
do TODO que me completa
me OSTENTA a beleza caída
nos BRAÇOS,
agora faltosos.
Na FLAUTA que exala o doce
da LEMBRANÇA
eu REPENSO o teu mel
que me ASSOMBRA
que em REDOMA me acerta o talvez,
e nada MAIS é dúvida,
nada é DÍVIDA
tudo dádiva.
E, se APROVEITO a dor
é que no FUNDO dos meus
BERROS eu sou um
aproveitador da TUA
simplicidade.

TRAVESSURAS

Nos TEUS cabelos
guardei a inocência PERDIDA
nos ABRAÇOS, doados.
NOS teus beijos
ALCEI os vôos que nas asas
CANSEI de sonhar.
Nas HORAS
caminhei DESAVISADO do medo
e CANTEI teus hinos
brindando em TRAVESSURAS
a tua AUSÊNCIA
que me DÓI
que me RÓI a calma
já adormecida.

MY MIND

DAS certezas que amealho
nas NOITES mal dormidas
a VIDA parece pouco
para o tanto de DÚVIDAS
que administro.





LIVRE

Aprendi a amar
quando entendi
o que era abrir mão,
quando soube
o que era se tornar livre.




6 de nov. de 2010

REMENDOS

OS remendos desse
ABRAÇO calado
eu GUARDO atrás da porta
entreaberta QUE deixei.

DESERTOS

De CERTO
o que se passa na minha cabeça
não é COISA
que se deva contemplar.
Tantas INCERTEZAS guardadas
e perguntas NUNCA ditas,
tantas HORAS extras
e NENHUMA luz
no fim do túnel.
Um homem
de essenciais LAMENTAÇÕES,
lembranças FURTIVAS
e uma DOSE de loucura
no caderno.
O remédio
para os MEUS atropelos
é o DESCUIDO,
pois SÓ se é feliz
na DÚVIDA do que virá.

ME REVELAR

A essa altura
as VERDADES já não me eram
relevantes.
Assim COMO as flores do mal
me EMBRIAGAM
os dias, AGORA sem paz
me INCOMODAM
me retiram a ILUSÃO dos
olhos,
me REVELAM.

5 de nov. de 2010

A DISTÂNCIA

As DISTÂNCIAS
ou são mínimas
ou SÃO cósmicas.
A dimensão
QUEM dá é você.

4 de nov. de 2010

AUTO-AJUDA

Abrigo nos MEUS acasos
os RESULTADOS das dores e das
GUERRAS,
tudo FORJADO na alegria
das VITÓRIAS.
Já não MISTURO choros
nem VELAS
e as minhas REGRAS
são puramente VÃS.
A resposta CERTA
é sempre AQUELA que direi.





EGOÍSMO?

Não EXIJO
que falem bem de MIM.
Mas, considero a NECESSIDADE
de ser reconhecido.

2 de nov. de 2010

À FRENTE

Resta-nos APENAS a espera
TALHADA nos versos
de FLORBELA,
e dela TIRAMOS o medo
dos OLHOS
a ver em FRENTE
uma lente MAIS limpa.




ANTES O DEGREDO

Aprendo os PASSOS da ida
e nunca ENTENDO
a necessidade DA volta.
Os retornos sempre ME
emprestam a DÚVIDA
se não me PRESTO
aos REGRESSOS.





BOM COMEÇO

Prá um BOM começo
basta LIVRAR-se dos erros.
O que VEM depois
não IMPORTA
se a hora NÃO vai passar.
A gente não SABE
se vai ou SE fica,
mas ENTENDE a hora
de PARAR.

NÃO AO AMOR GRATUITO

Isso que é MUNDANO e comum
me assombra
me ACERTA a hora em
relógios que NÃO sei
contar.
Eu peço que ela FIQUE,
mas já não me OUVE
não me ENTENDE na certeza
do que CALEI,
por amor.
E SOMO as faltas
e feridas...
Tudo RESGATA a dor
e consome a DÁDIVA de seguir.
Já não sei AMAR gratuito.

ADORMEÇO

Adormeço.
Administro a DOR como em gotas
e a SINTO em torrentes.
Os vãos que no QUARTO se
prostram
me ALEGRAM,
alentam-me NUM cais
de partir.
E se não sei MAIS
quem SOU
é só porque a COR que
conhecia NOS olhos
agora me ENGANA
nas ENTRANHAS do que
regresso.
O REVERSO do abraço
é sempre o DESGOSTO.

ME APRESSO

Me apresso
atento ao DESTINO
me REGRESSO
represo em MIM
as horas DESMEDIDAS de
chorar,
e RIO à dentro
sem CORTINAS e corredeiras.
ME aqueço
AVESSO às perdas
te encontro
RELEMBRO teus desejos
e te DESDOBRO
em várias que me CABEM
no fim.

1 de nov. de 2010

DISTRAÇÃO

Enquanto DESCONVERSO da dor
me DISTRAIO na dúvida.
A última COISA que quero
é o DESVÃO como
companheiro.

NO SÉCULO XXX

Nos PRÓXIMOS séculos
os meus FEITOS todos em nome
da LIBERDADE do que sinto
serão SOMENTE cinzas,
se de LONGE não poderei mais
DEFENDER os meus AFETOS
e desfeitos abraços.
Do LADO de fora
é sempre FÁCIL derrotar
os MONSTROS que pairam
em NOSSAS janelas.
DO lado de dentro
eu não ENTENDO mais
a separação.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::