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13 de nov. de 2010

DESENCANTO

Abro-me ao VERSO solene da saudade
e CAIBO bem nas entrelinhas das suas cores
nenhuma.
Tu que FOSTES embora
na HORA incerta me deixou sozinho.
Tu que FICASTES na porta
AGORA sofre em desalinho.
Eu, homem de pouca instrução
me ACALMO no berço vazio.
E esse DESENCANTO que me preenche
a PALMA das mãos
não sabe em si como QUEIXAR-se
de mim.
FECHO-me como em portas seguintes
já não espero MAIS as verdades
que ANTES sonhei contigo
e das MENTIRAS que deixastes,
o teu PASSO sempre foi o meu maior
tormento.
No assento da SAUDADE agora
vive o meu ALENTO.





[Esse TEXTO está na 71ª Antologia de Poesias da CBJE, que sairá em 01/2011]

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