::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

31 de dez. de 2010

FITA E COLA

A gente PASSA por diversos momentos na vida.
Desde que nascemos
aprendemos a AMAR, sentir e sonhar.
E junto com isso, a FALTA
a distância e o desamor.
As mentiras SURGEM no instante em que
descobrimos as VERDADES.
Crescemos e no FLORESCER dos sorrisos,
nós choramos mais.
É um jogo cíclico ESSE de
guardar nos BOLSOS
a fita e a COLA para reconstruir-se.
Passamos mais TEMPO nos refazendo
das DORES, que propriamente
nos DIVERTINDO nas alegrias.
É um hábito DESFAZER as malas com mais
fervor,
que SENTIR as imagens no RETROVISOR
do carro.
E eu, MESMO reconstruído e livre
ainda SINTO que poderia ter sido
MAIS simples o dia de hoje.





FELIZ ANO NOVO!!!

CERTIDÃO DE NASCIMENTO

De repente,
como que PERDENDO uma parte de mim,
eu chorei.
Causei espanto às paredes do QUARTO,
eu caí num chão estranho
e VAZIO,
uma espécie de vão
entre a minha ALMA
e o meu desterro.
Saí de mim
sem que soubesse como RETROCEDER,
e já era tarde.
Era um EU ferido
pelas faltas,
era eu FORJADO
em aço austero,
em BERROS em nasci de novo.
Eu nasci da AUSÊNCIA de verbos
e do completo SILÊNCIO
ecoado em calma
e desespero.

LIBERDADE

E, quando enfim, a liberdade é sua, você descobre nela uma prisão.

RECADO

Só se RECONHECE a morte, quando não HÁ mais dor.
Enquanto DORES se moverem em nossos
corpos, a MORTE permanecerá longe.

FELIZ ANO VELHO

E no silêncio do que se calou,
mais um ano BOM me deixou.

MEU AMOR

Já amei muito.
Muita gente,
MUITAS coisas,
as vezes o VAZIO.
Amores de 1 segundo
DESSES que se olha e deseja, e nunca mais se encontra.
AMEI por horas
SEM roupas, sem restos de saudade
sem VERGONHA.
Amor de FIM de semana,
numa CABANA em viagem
na PASSAGEM do ano.
Vivi AMORES de meses,
mornos e TRANQUILOS como
quem só DESEJAVA o toque,
a TEMPERATURA certa.
Amei POR anos,
desesperadamente.
Foram SESSÕES de terapia,
motéis,
MASSAGENS,
lágrimas e SORRISOS em meio
a chuva.
A burra SENSAÇÃO do prá sempre.
Amei no PASSADO,
árduo feito boletim de escola.
AMO no presente,
LEVE como quem só pensa
em DESMAIAR em braços
quaisquer.
Amarei no FUTURO.
Um amor desconhecido AINDA,
desvestido de quem sou.
Mas, um amor de VERDADE,
como todos que em mim
HABITOU.



E, se me perguntarem quanto fui amado,
DIREI:

- Não sei. As somas dos outros eu não posso CONTABILIZAR
em meu estado de ALEGRIA ou de dor.

RESOLUÇÕES DE FIM DE ANO

Eu sempre QUIS o diferente,
o DIVERSO de todas as regras,
o ócio, TALVEZ.
Lutei por ser EXCEÇÃO
quis o CONTEÚDO mais difuso.
E agora, o FAMILIAR
pare que tem
o MEU tamanho.
O cotidiano
TRIVIAL,
o tolo.
É tudo em MIM
o mais querido.

30 de dez. de 2010

PRETENSO

Já não existo mais COMO ontem.
O de agora é esse...
Pálido
pretenso
incólume ao resto.
Já NÃO arrisco mais
não RABISCO o rosto com seus
DEDOS e cores
não preciso de MIM.




DESGASTE

O que faremos então com esses
LAÇOS não desfeitos?
Eu quero chorar
e não CONSIGO.
Será que perdi o MEDO?
Ou por medo me tornei INSÍPIDO?
Eu vejo os filmes
os CASAIS se amando
PESSOAS se separando
e sei que por aí
AS suas mãos tremulam
de SAUDADE.
A vida não me deu opções,
ou ERA eu
ou era VOCÊ.
Foram anos te escolhendo
me lamentando
te AMANDO
me perdendo.
Hoje,
são DIAS de guerra
a provar que FIZ o certo,
a prover meu CORAÇÃO nesse vazio.
Eu não sei se ACERTEI,
mas habito na DÚVIDA apenas
uma pergunta:

- E aí, será que VOCÊ também não chorou na partida?

VIDA FARTA

A vida que me é dada
é FARTA
me ata em SUAS histórias
me CONTA farsas
e FORJA dor em alegrias.
A vida que é ÁGUA
me aguarda
DADA,
como alma.




29 de dez. de 2010

BARGANHA

Prá não SOFRER
nem chorar
APRENDI a barganhar com a dor.
Entendi a prática
das MÁGOAS, e choro
lavando todo o CORPO
e a calma, na saudade.
Verti SUORES e sabores
em semblantes TENSOS,
sorrisos menos LARGOS,
mãos, agora FECHADAS.

ÂNSIA

Você pode até se despir
das suas fraquezas.
Mas, não se engane...
Em mim,
a parte mais interessante
é a arrogância.

RETROSPECTO

Disse-me um dia:
- Te amo...
Cri, cegamente.
Calou em todo tempo:
- Te amo, mas não te quero. Não te preciso.

E eu, como a maioria dos idiotas fui feliz, de mentira.

DESENREDO

O desenredo
desse SAMBA sou eu.
Eu já conheço o tímbre
e a toada,
só quero mesmo
o ronco da cuíca
na sua despedida.

28 de dez. de 2010

CERTEZA

Loucura
é o desvelo do desejo,
o ensejo faltante,
o rito, a partida,
o seixo perdido.
Loucura é lucidez desmedida.

VALE?

No amor vale tudo.
E, por isso dói,
fere, que faz doer...
Que rasga, que encolhe,
que devolve a vida.
É por isso que amar
é ressentir-se de si mesmo.

27 de dez. de 2010

SEM MUDAR

Depois de ontem eu já sou o outro, que serei amanhã.




DA DOR EXTREMA

De todas as mágoas
TODAS as lágrimas que derramei,
certamente ESSA que decai
entre a minha CALMA
e o meu grito
é a mais DORIDA.
Saber-me gratuito demais
QUANDO o mundo cobra,
mesmo POR um olhar.
Caber-me em QUINHÕES no
escaninho ESQUECIDO dos outros.
Valer-me de HORAS e fugas
frívolas.
Ah, como DÓI ser gente
no instante de SER
irracional.

PERDEU-SE

Talvez
eu nunca te ENCONTRE
TALVEZ
eu NUNCA te conte
uma novidade.
E ainda sim,
jamais DEIXAREI de ser
em mim
o que VALIA a pena.

SAPIÊNCIA

Existem os que sabem,
os que não sabem
e os que ignoram
ambas expectativas.

FASE

Do contrário,
eu quis ficar,
calar, perder.
É tudo fase,
é uma farsa essa de querer..

PARTINDO

Desisti de tentar ENTENDER as motivações
desse que SOU,
as vontades dos OUTROS,
o outro.
Fui cansando de VERBALIZAR
dores e alegrias
CALANDO o amor na boca
CAUSANDO o silêncio em teus
ouvidos,
eu fui partindo aos POUCOS.
E sem saber
eu DESFIZ dos anéis
das FOTOS escandalosas de nossos
BEIJOS
eu perdi o JEITO de tentar.

NOVO TEMPO?

Se há então um novo tempo,
eu não sei.
Sei que esse TEMPO
me deixou PERDIDO
nas comas do seu
furacão.

26 de dez. de 2010

A VIDA

A vida
é essa tormenta
que insiste em permanecer
e se afluir em todos os espaços.
A vida está lá fora
e aqui dentro.
Eu não sei controlar,
mas também não sei como AQUIETAR
essa vontade de sentir...

NO MSN

sorrisos débeis me cansam, prefiro pedras atiradas.

FINITO

Os banhos FRIOS na madrugada
não TIRARÃO o quente
calor que me AFOGA,
porque na FALTA de sentidos
eu sinto MUITO,
mas não SUPORTO o frio
longe a mim.

É ISSO

O tempo
nos carrega em seus dilúvios,
sem que a gente perceba
a chuva nos ombros...

25 de dez. de 2010

É NATAL

E, no afã do FERIADO
me invadiu uma DOR imensa,
dessas sem PRECEDENTES,
sem lentes nem contatos...
Uma solidão que perdeu-se
em minha COMPANHIA,
e a alegria não pôde
MAIS me conter em atos.
Lágrimas, luzes piscantes,
vazio.
Vagamente eu OUÇO músicas
e o consolo não VEM.
Deve ser assim
que a gente ENTENDE o fim,
o fim da FARSA nos
sorrisos esquecidos,
de ontem.



24 de dez. de 2010

HOPE

As VEZES,
a esperança parece mais
assustadora QUE o
desespero.

EU, BAIANO

Sou BAIANO...
No sangue negro,
eu sou amarelo
e verde,
de verdade.
Sou preguiçoso,
sou carnaval e sou sol,
quente.
Sou intenso,
uma brisa em Itapuã.
Sou firme e dengoso
como criança,
sou uma DANÇA,
dessas
de se dançar juntos.

EU E TU

Dos devaneios
das DIVERSÕES
das CONFISSÕES em silêncio,
dos MEDOS...
De tudo que me constrói
não me FALTA nada
não me CALA em frases feitas,
não deitas MAIS
sem antes sorrir.

22 de dez. de 2010

SOMAS

Amor é o RESULTADO inexato de uma matemática confusa.

INDO

Simples, suave.
Me livrando da densidade
em meus quereres.
Abolindo o PRÁ SEMPRE...
Me dando o presente
de PRESENTE.
Refazendo os JEITOS
as faltas dando o FORA,
a hora se acertando,
o tanto de SENTIR.





DELITO

Não cometo DELITOS
por DESEJOS ou por acaso.
Na vida,
tudo tem um PREÇO
e nada é tão BARATO.

21 de dez. de 2010

ME DEIXA

]Arrasto os passos em ciclos. Sinto, saúdo, simbolizo a vinda, fico[

20 de dez. de 2010

GRATUITO

Não te OBRIGO a nada.
Em compensação
não me ACEITO cativo
em braços ou silêncios
que não me pertencem.
Eu nunca perco,
porque nunca APOSTO.
Ou somos gratuitos
em sentir e/ou se dar,
ou por PREÇOS
eu só compro prazeres.

SO HAPPY

FELICIDADE tem cheiro
de CRIANÇA sorrindo
e seu GOSTO é
nuvem de ALGODÃO doce.

19 de dez. de 2010

NA PRIMAVERA

O lamento da FALTA
sucumbe
quando da CALMA
tira-se o som de uma
FLAUTA infante,
mesmo onipresente.
Quem sente o BEM de perto,
de longe somente
SEGUE, porque seguir
é a FORÇA do espírito
ainda que o SOL se apague
nas NOITES.

TRIOS

Pensando BEM
nem quem tem AMOR
está feliz,
porque HAVERÍAMOS nós
de QUERER compor serestas
prá sonhar com ESSAS
coisas de ARREPIOS e
insônia,
se PODEMOS nos perder
em VESTES e carnavais de
TRIOS e tesões,
sem MEDOS
sem tempo de QUERER
abrir o peito.
Eu só quero SORRISOS.

18 de dez. de 2010

INSONE





No longe do DIA
eu só tenho a NOITE,
o mote desse POEMA,
a sua mão me dizendo tanto
ainda que não me TOCASSE.
E esse vitral que te SEPARA
esse meu OLHAR insone
que me AMONTOA em sensações,
calor, enfim.
E se ME falta esse encontro
eu ESPERO...
Na dor,
a dúvida acalenta.







/Fiz no silêncio de nunca te dizer... E, talvez nunca saibas que mexes em minha metereologia humana\

TRAVESSURAS

Sinto estar PERDENDO algo.
Esse brilho
que ACOMPANHA a gente no
silêncio das HORAS,
esse brilho.
Hoje,
ALGUMAS lágrimas deixaram
de CAIR,
mas MESMO assim
eu pude NOTAR o claro
e frio AÇO do desterro.
E, se me perguntarem
PORQUÊ,
eu não SABERIA dizer
outra coisa:
- Foi a falta do frio
que me AFASTOU do calor
de toda a GENTE.

GESTO

Me valem MAIS os momentos em
que o SILÊNCIO apenas me
acompanha,
do que QUANDO ele apenas
é a minha RESPOSTA.
Difícil calar na voz
o que no GRITO é tão belo.

INCRÉDULO

São esses MEUS sorrisos débeis
que me COMOVEM
me fazem ver o quanto
de DOR eu adormeço.
Removo as lágrimas do
rosto
e REZO...
Mesmo incrédulo
PEÇO ao tempo que me
REVELE, releve os meus
desafetos e me
AQUIETE.
Ao menos me CEGUE no sol
e nas NOITES.

SINTO MUITO

Sinto MUITO.
E foi isso que OUVIU-se
no ensurdecedor SILÊNCIO
que se FEZ na casa.
Era a MINHA alma estranhada
naqueles QUARTOS,
as PAREDES não me entendiam
em VERBO
não me sabia VER.
Como era ridícula AQUELA
culpa,
como ERA eu.
Eu era AGORA uma dúvida:
Será que eu SINTO muito
mesmo,
ou sinto MUITO,
mesmo POUCO?

SÁBADO

Me deixo,
me ENCAIXO
nas falsas nuvens nos olhos,
me MOLHO de lágrimas e lúcidas
lembranças,
atraso os RELÓGIOS
é hora de partir.
Saio
sábado é dia de CORES quentes
me acalmo.

17 de dez. de 2010

CADÊ

O que antes me ERA tão bonito
e intenso,
LUMINOSO e sinérgico
agora é DESGOSTO
desagrado
é desfecho de DOR.
Não entender é PIOR
que não querer.

FUI MORAR NA DOR

Num canto TRISTE,
a voz parece DOÍDA
e as mãos se DEVOTAM
em pedir
prá não MAIS chorar.

CHOVO

Eu,
principalmente CHOVO
quando é feriado.
Nos outros dias,
exalo o SOL na pele.

MATEMATICALIZANDO

Dentro de MIM
mora um EU que acredita
em finais FELIZES,
fantasias ao LUAR
e beijos ANTES do escuro.
Mas, em contrapartida
a MINHA parte humana
não ACREDITA mais,
como se TODOS fossem
DESPERCEBIDOS de realidade,
um AMOR errado como
o RESTO da vida.
E, por isso,
no LADO esquerdo do peito
não mora MAIS meu coração,
mas um RELÓGIO
que em seu TIC TAC me diz:
- Já é hora ou não
de ser FELIZ.

16 de dez. de 2010

O SOU

Pareço com tantos,
sempre lembro alguém
e ainda sim sou desconhecido.
Um transeunte no inverno.

15 de dez. de 2010

INTERMÉDIO


Já fui CRIANÇA,
agora PAIRO entre aquele
que FUI
e a quem nunca SEREI.

DESPEÇO

Olha,
isso aqui não é nenhuma CARTA de desculpas,
nem uma BANDEIRA branca em meio
ao front silencioso da DISTÂNCIA,
não é.
É apenas o desfecho das FALTAS,
das fotos rasgadas
PÁGINAS perdidas
é a vida que PASSOU
e a gente nem NOTOU.
É essa a minha CALMA lançada no
travesseiro
é esse o MEU jeito esquecido
na luz do isqueiro,
o cheiro de DOR.
São os FIOS de energia que
me esquecem em SEUS watts de
desconforto e medidas incertas.
São RAIOS que administro nas veias
como FOSSEM feras fantasiando
fardos nas COSTAS.
E só me DESPEÇO
sem mais,
sem MIM.

ME

O que SOU, senão
o RETRATO maltrapilho
de um FUTURO maltratado?


Não, eu não SOU isso.
Eu sou um caso de AMOR
com os fatos
o LADO avesso
do certo,
o TETO dos desejos.

I'M FINE

Não tenho SEGREDOS
nem sentenças.
Apenas TENHO propensas
dúvidas nas DÍVIDAS
que carrego
com a VIDA que tenho.

14 de dez. de 2010

FORAM

Já cri que o AMANHÃ demoraria
uma ETERNIDADE para chegar,
e hoje REZO que o agora
dure para SEMPRE.
Já LI revistas de saúde
e HOJE de saudade me amargureço
no RESTO da alma.
JÁ vi filmes de amor e
melancolia, e
hoje REVEJO nas melodias
de SAMBA o triste dom de
amar e MORRER no fim.
Já foram MUITOS os tempos
e ângulos que tentei entender,
agora já não me SERVEM mais
significados ou DICIONÁRIOS
prá conceber VERDADES
que no ato da partida
não me CABE em elegias.

MINHAS MEDIDAS

Amor
é medida do que se quer.
O que se sente
é emoção.
Amor acaba,
emoções são contínuas.

NOS RITOS

Sempre,
no FIM dos anos
dos CICLOS
DOS ritos
eu fico ARISCO,
me apresso em PASSOS
longos e enlouqueço
CRESÇO na vontade
que arde na PELE.
A parte mais BONITA
de ser INTENSO
é não precisar de VERBOS
que acionem o seu
INSTINTO.

13 de dez. de 2010

CERTEZAS

O CERTO
é que eu não precisei entender
o ENREDO prá poder dançar
CONFORME a música.
A dúvida nunca me
DEIXOU na inquietude
da DECISÃO.
De resto,
eu durmo, e quando perco o
SONO
eu sonho.

DE OLHOS ABERTOS

Não FAÇO acepção de pessoas,
e por ISSO, talvez
eu tenha me fragilizado TANTO
nos julgamentos de VALOR
que fiz.
Sempre cuidei dos meus PRÓPRIOS
quereres
e DEIXEI livre quem bem
quisesse AMAR ou partir.
Talvez POR isso,
AGORA eu já não durma
de OLHOS fechados.

12 de dez. de 2010

PRÉ-DATADO

Odeio sofrer no depois.
Por isso,
sofro no decorrer,
na dúvida do permanecer.
As dívidas que TENHO
não TRAGO nos bolsos,
mas nas CAUSAS de ser
intenso ao AGORA.
Nada em MIM é
pré-datado.

VERSO E VOLTA

Aciono os BOTÕES do esquecimento
e me AQUEÇO o relógio.
Quero CALMA no sentir das
HORAS
quero PALMAS silenciosas
em MEUS atos,
e no TEATRO desvestido
dos MEUS sonhos
quero ALMA enlaçada
em VERSOS e voltas.

11 de dez. de 2010

POR MIM

As vezes,
eu ADMITO gostar dos clichês
e das FALÁCIAS,
afinal, o PROGRESSO do desejo
advém das REPRISES
como em sessões da TARDE.
Amiúde te OLHO
em demasia te ATRASO nas
partidas.
É só assim que eu entendo
essa VIDA,
na CAUSA da sua
permanência.

A FALTA

Dos VERBOS de estado que
aprendi a divagar,
apenas A FALTA
ainda não SEI conjugar.

ESTADO CÍVIL: DESINTERESSADO

Se eu me DESINTERESSO fácil pelos
medos e MODISMOS alheios
não é que seja SIMPLES de lado deixar
as HORAS que dediquei,
mas entre o MEU e o teu argumento
existe a VERDADE.
Se ACASO me esqueço de voltar
não é que ESQUECI os endereços
que te CABEM como morada,
mas ENTRE a tua e a minha casa
existe a MINHA felicidade.
Se nos SÁBADOS e feriados eu não
acordo,
não é APENAS por dormir que
me aconselho,
mas no FIM de tudo há sempre
o TRAVESSEIRO,
então,
porque ESPERAR o remendo das
mágoas, se AGORA,
eu já posso COMEÇAR de novo?

ESTRANHO, Eu

Quando me perguntam se estou feliz,
sempre DIGO:
- Estou bem.
Acostumei em estar QUIETO
na facilidade das coisas
em seu DEVIDO lugar.
Não assumo CULPAS
não abro PORTAS
NÃO compenso faltas
nem ENSINO coisas indizíveis.
Aproveitei PRÁ compor em meu
alento
a FARTA camaradagem com a
solidão,
que me AGUARDA,
me aconselha e agrada.
São apenas INSTANTES de
lucidez que me PESAM,
ou no BANHO ou na brisa
e ainda me ENGANO na
calamidade da DORMIR sem
recursos.

CULPAS

Se eu tiver que me CULPAR por algo,
que seja pelo EXCESSO.

10 de dez. de 2010

AFLORA

Quando a TARDE aflora
eu sinto que é HORA de
me desocupar,
DESVESTIR,
de gastar do tempo
o LENTO toque,
em ti.

NÃO

Já não me ORIENTO
não ostento MAIS
os risos de DOMINGO
nem as MÁGICAS de dezembro.
Já não ENTENDO
não vendo mais os APREÇOS,
não tento.

É TANTO

Minhas verdades ERAM
As nossas FALTAS,
os nossos FARDOS,
nossos medos em
DARDOS de tranqüilizar
saudades.
AGORA,
é tudo TANTO quieto
que pareço DORMIR.

SEMPRE

Sempre é um TANTO quanto demorado,
sempre não sei SE é esperado,
SEMPRE o presente se torna
passado.
Sempre é saudade
sempre é PALAVRA que não se entende.
Como dizia OSVALDO
sempre, não é todo
DIA.





SEMPRE NÃO É TODO DIA - Oswaldo Montenegro

ESPERA

De repente

O que eu SABIA já não supria

As FALTAS e fortunas perdidas.

Não eram em MEUS ombros que pesavam

A SAUDADE e parcimônia,

Nem em MIM moravam mais

Os demônios do DESEJO.

De REPENTE

Na lente do RETROVISOR quebrado

No lado do PASSADO mal presente

Era eu que PARTIA,

Ficava no atrás das coisas

A acontecer,

Perdia-se na CARNE fria do devir,

Devia.

DE repente

No ventre da MÃE terra

A festa se fazia em caras e coisas

Novas,

Mas não era EU o seu afeto

Predileto nos tremores de inverno.

De repente

Quem não sente MAIS o mar

E a magia, sou EU.

SO NICE

/Minha PARTE, por favor, em dinheiro\

SOU EU

O que é MEU sou EU
só é seu de PERTO.

MUDOS PENSAMENTOS

Se não me CABE,
se não me sabes ver
eu FICO surdo,
fico CEGO
e mudo
de ARES e cidades
e mudos PENSAMENTOS.

INTENSO

A minha CALMA esteve
amarrada o TEMPO todo
em tua SENSÍVEL maneira
de se DAR...
Minha palma da mão
era o SEU caminho
e a ALMA
era seu luxo de sensações
tardias.
Agora,
apenas a FLAUTA toca
a tua IDA
e o silêncio que AFAGO
me aguarda intenso
na estação de TREM.

ETERNO

Eu contra o VENTO
sem mais pegadas
sem MAIS lágrimas e
palavras...
Eu CONTRA o tempo
sem PESADAS lembranças
sem braços LOGRADOS
sem dados LANÇADOS.
Eu,
contra mim
sem ALVOS
SEM tragos em bebidas
tristes,
sem MENTIR.
Eu e só assim
é o amor.

9 de dez. de 2010

DÍVIDA

Divido ESPAÇOS com lembranças,
luas e BUGIGANGAS...
É difícil VIVER com a correnteza
em TEUS pés, te levando
assumindo teus RISCOS
te afastando.
É disso que TENHO medo:

Das mentiras e CERTEZAS que
carrego,
o agora me parece tão
impróprio...
Mas, o amanhã não vem.

NO FRONT

Na certeza das PERDAS contabilizadas
em CALENDÁRIOS de sangue
e suor
eu GUARDO as datas
que sorri,
AINDA que chorando de dor.

8 de dez. de 2010

INCÓLUME

Na certeza de que NADA mais se
promove em MEUS olhos
com ares de MÁGICA,
eu CAIBO bem na
CLAREZA dos fardos
que CARREGO.
Dados LANÇADOS,
vidas trocadas...
somos APENAS um trágico engano
do DESEJO.

FATOS

Não,

Não era o mal tempo
que me IMPEDIA de sair...

Mas, o mal intento me PRENDIA em tua

Haste,
tuas lâminas de cortar a calma.

E me pendia em FATOS

Nas fotos decaídas na PAREDE.

NÃO ERAM OS MEDOS

Eram os medos

que cercavam flores enredadas em girais de saudades

Que me calmavam em NOITES e chuvas sem norte.

Os cortes nas MÃOS só me explicam os fardos carregados

Em FEIXES de luz e lamentos.

Leio mãos, ainda que CEGO

Lembro BEM do teu rosto

Ainda que em vozes soturnas.

Por onde VOU?

Já nem tento expor instâncias,

Se nos cantos da BOCA

Ainda moram meu SILÊNCIO.

PARTIU

Não me acostumo a GUARDAR
ódios, rancores, RESERVAS
de mágoas...
Em compensação,
o que GUARDEI dos outros
não era tão INTENSO,
partiu...

3x4 RASGADO

No descontrole, descompasso
eu passo à FRENTE,
lento, ludorealista
leal.
No instante do laço
caço, sacio o fracasso
no 3x4 rasgado.

ENTENDE?

Eu, APENAS entendo o amor
no silêncio de OUVIDOS
e palavras.

RECEITA DA FELICIDADE

Um sábado à dois,
sem HORAS nem cobranças tolas.
Um vinho ABERTO
exalando seu CHEIRO de quero bem.
Algum SOM qualquer
a MODULAR os sorrisos
e olhares enternecidos,
um BRILHO de lua.
Um toque de pele, suave
DESSES de fingir não querer tocar...
Um beijo ROUBADO
com laços ruidosos,
GEMIDOS de prazer e cor vermelha.
E, no fim...
a CALMA dos abraços incandescentes
MESMO sem tirar a roupa,
a pouca HORA que resta
atesta a VALSA das línguas
insinuadas em lábios
ALTIVOS.

4 de dez. de 2010

DE NINGUÉM

O braço que te ESCAPA
se encaixa na PARTIDA,
se deixa ir
em COMEDIDAS lágrimas...
Esse braço que te FALTA
é da DOR de não pedir,
então FIQUE...




PODE SER

E se a VIDA há de me trazer
SURPRESAS,
que ao MENOS sejam
TENRAS...
Cansei de FURACÕES que
causam DOR e alegria.
Me valem mais os versos
quietos de MÃOS macias
que CÂNTICOS loucos
de quem QUER ir-se embora.

FATO

Paixões são como ARTE
que se aprecia com os OLHOS

NUANCE

Do MEU lado direito
há uma ALMA limpa,
dessas de QUERER bem.
Ao LADO esquerdo,
há um EU estranho e
VAGO,
desvendado em TINTAS
e tormentas.
Eu sou em CORES,
o PRETO nas manhãs
e nas NOITES
reluzo VERMELHO e quente.

NOTA DE FALECIMENTO

Era 24 de outubro de 2009...
Sábado, como outro qualquer.
Sem maiores INTENTOS
devaneios aquietados,
PEITO acelerado de saudade,
a CARNE calma de amor.
Uma dúvida PAIRAVA à tarde
em meus OLHOS:
- Haviam verdades PARA além das
que eu MESMO contruíra?
Uma mentira descoberta
me FEZ calar a fala,
rasgar NOSSAS fotos,
quebrar o ANEL de vidro no dedo.
No leito,
nem a lágrima me VISITOU...
As malas ARRUMADAS, apesar de suas,
era como se EU devesse partir,
sair DALI, esconder-me mais
que a FALTA que haveria de fazer
na manhã seguinte.
Ligeiramente vago,
eu disse ADEUS... não prá você
que já não me pertencia,
mas um adeus ao MEU fio de vida,
aos meus ELOS...
Calmamente vivi os dias que se
SEGUIRAM,
e a as cartas DESENDEREÇADAS
que dediquei
já não tinham PORQUÊ
não eram INTENSAS como antes.
As palavras que ANUNCIEI
perderam a COR,
a calma era FALSA,
amplamente DOÍDA.
Eu morri, naquele SÁBADO.
E só agora percebi porque
a SOLIDÃO me faz tão bem...
Ninguém pode enxergar em mim
a VIDA e a luz que
já esmaeci.





CENA TRISTE

As FLORES caídas em meio ao chão
sangrando de SAUDADE,
choram...
chamam TEU nome
clamam tua PRESENÇA,
presente sem PREÇO.
É uma cena TRISTE essa,
de VER a vida caindo,
o TEMPO parando em seu
regaço,
o LENTO devir se achegando
como FORA a vida
apenas um PEDAÇO
de tudo que VOCÊ prometeu.
Sua PARTIDA
foi o fim da JORNADA desse
verão,
agora INFERNO.

AOS VENTOS

E se os VENTOS me levarem longe
que ao MENOS
o intento da VOLTA
não mais me AGUARDEM
no batente de CASA.
A falsa VOZ do enleio
no meio da CHUVA
me culpa
por nunca MAIS ter perdido
TREM na estação.




O ABRAÇO

O abraço
é, SEM dúvidas,
o FATO mais intenso de
ser GENTE.
É quente a FORÇA de querer
do lado um braço doce
e o ATRASO no
relógio.

FEAR

E o que faremos com o silêncio
no DESERTO barulhento
que se faz em meus
SEGREDOS?
Eu já não sei lidar com
os DESCUIDOS da felicidade.

É

Amor é coisa de QUERER...
sentir já nem importa TANTO.

ATOS IMPENSADOS

O que FAÇO não é
caso de SE pensar...
Meus atos SÃO girandas
e CONTENDAS,
não são FESTAS e
folguedos de alegria.
Quem PRECISA de apreços
são os FRACOS
de harmonia.

GIRO

Se acaso
AINDA podes dizer adeus,
que o FAÇA...
A bem da verdade
a minha CARNE já não evade
SUORES prá te querer
perto
os MEUS sabores
já não se COMOVEM
com teus gostos.
Já não GASTO horas de pensares,
nem meus ARES se calam
em SUSPIROS.
Dei um giro no
TEMPO
e o vento quer me LAVAR
com sua língua de BRISA.

3 de dez. de 2010

QUERER ABRIGO

Acende o SOL no dia estranho
e APRENDO o laço
dos VÃOS que aguardo
no CASO de ficar sozinho.
Os PRAZOS da felicidade
são curtos
e CUIDO bem do meu peito
no INTENTO de querer
abrigo.

LÁ FORA

Lá FORA
há um MUNDO de significados
que ainda NÃO conheço.
No BERÇO da saudade
mora a PARTE mais estranha
de não ENTENDER o
pecado,
a DISTÂNCIA.

2 de dez. de 2010

INDO DORMIR

Desconheço em ATOS
o fato da SOLIDÃO ser una.
Há alguém em algum LUGAR
que sabe dos SONS
da melancolia.

ZERANDO CARMAS

Aos que NUNCA
me ouviram dizer:
TE AMO...
Não se preocupem,
eu não MINTO mais.

VERSO RASGADO

Eu só quero ESQUECER...

Não tente tanto ENTENDER a minha urgência,

Mas me ENCONTRE

Me encoste na PAREDE

Me enlace

Na REDE, rente ao peito teu.

E de TODO esse vazio

Que já não me HABITA

Eu confesso a SAUDADE desdita

No VERSO rasgado

Em PAPEL de pão.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::