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[Esse que SOU]

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[EU sou o que você não pode VER]

10 de dez. de 2010

ESPERA

De repente

O que eu SABIA já não supria

As FALTAS e fortunas perdidas.

Não eram em MEUS ombros que pesavam

A SAUDADE e parcimônia,

Nem em MIM moravam mais

Os demônios do DESEJO.

De REPENTE

Na lente do RETROVISOR quebrado

No lado do PASSADO mal presente

Era eu que PARTIA,

Ficava no atrás das coisas

A acontecer,

Perdia-se na CARNE fria do devir,

Devia.

DE repente

No ventre da MÃE terra

A festa se fazia em caras e coisas

Novas,

Mas não era EU o seu afeto

Predileto nos tremores de inverno.

De repente

Quem não sente MAIS o mar

E a magia, sou EU.

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