::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

30 de set. de 2010

MESMA FORMA

Acho que a FORMA com que se ama
é a MESMA com que se afasta.
Apenas DESLIGAMOS os aparelhos
na HORA certa,
quando RESOLVEMOS sair,
em erma NOITE,
sem precisar ESPERAR o verão,
que certamente PASSA.

EM RISTE

No RISO em riste que abro
há sempre o ACASO da
SOLIDÃO que adoça a boca.
Aprendi a SER gente
quando me ENTENDI impróprio,
no PRÓPRIO retrato
do ato.
Nunca FUI politicamente correto,
e DETESTO o resto
da GENTE toda que se
ajeita nas DORES e dormências
do TER.

SAUDOSOS

Deixo no VERBO de ontem
o PRETÉRITO perfeito
do que HOJE colhi.
Os VERSOS e vontades
me SEGUEM,
e secam MEUS desejos,
saudosos da CARNE.

DE SAUDADE, E SÓ

De tanto SENTIR saudade
acabei SENTINDO-me só.
Agora, sem SAUDADE e ainda
só,
ME sinto vivo.

ADMITO

Todos os ENDEREÇOS que guardo no peito
me LEVAM longe daqui.
O que me APROXIMA de ser
é não PRECISAR entender nada
prá me MANTER vivo.
Alívio MAIOR,
sempre FOI me calar no grito,
e AINDA sim
não QUER compreensão.
A menção de SER gente é tão menor
da de SER louco.
Ser tanto e POUCO pro resto do mundo
é o FUNDO do meu poço.
Meu ROSTO guarda as marcas
de ALEGRIAS e lembranças
que não VIVI.
Admito.

NUNCA VIRÁ A SER

São DAS coisas que nunca direi
a TODA verdade que me
INVADE.
O que DIGO
são APENAS invenções
contadas ao PÉ do ouvido
de QUEM merece escutar
PALAVRAS.
Dos que MERECEM silêncio
eu DEIXO apenas o tão
SONHADO sim,
de quem NUNCA virá a ser.

A POESIA

POESIA não é prá ser gestada
na ALEGRIA ou na demência
das HORAS.
Ela se PERFAZ no escuro,
no ESCALDO na vivência.
Poesia é ANTES de mais nada
a DOR desvencilhada do
SER.

ESSE PASSO

Esse PASSO que aposta em mim
não VENCE corridas,
mas CHEGA em seus desatinos,
seus DESENCONTROS,
desencantos.
Esse CASTO abraço que aqueço,
não é MEU,
mas sinto-o ENTREGUE
a quem ACEITÁ-lo seu.

27 de set. de 2010

AÇO

Não componho SONS e melodias.
Eu SOU composto de sonhos,
METONÍMIAS, portanto,
abstrato.
Eu sou o CASO ao acaso,
um traço,
AÇO irrompível.

INCONGRUENTE

Eu não SEI contar,
enfim, o FATO da solidão.
Sei APENAS da coisa
de IR e perder,
sem NUNCA ter em subtração
o MEU eu, no fim.
O FARDO que acerto no
peso,
não me PESA na verdade.
A arte de ser EU
é não precisar ser FRENTE
e verso,
bastam-me os LADOS incongruentes
do VER-se.

EXCETO

EXCETO o passo,
o TODO é inércia.
EU me concedo excessos
e escapo do EXAGERO
no verso.
Enxergo o POUCO que
posso e apresso.
O relógio NÃO cala seu
ritmo,
me APEGO
ao BEIJO
ao mar
AO sim que tu desdiz,
ao chão.
Exceto o CHEIRO,
o resto é só lembrança
ÂNSIA de sentir-te, enfim.

26 de set. de 2010

À TANTOS

E se não FOR melhor o deleite
da EXISTÊNCIA,
que na ESSÊNCIA das coisas
ao MENOS haja mais silêncio
em MEIO a tanto burburinho
BOBO de gente esquisita.
Não SER normal
é SOMENTE não ser igualado
a tantos.

BEM-AVENTURANÇA

Que a VIDA permita ao menos
a BEM-aventurança de ser
mais QUIETA,
e que nos CARNAVAIS seguintes,
os MITOS de ser feliz
não CESSEM jamais.

25 de set. de 2010

A ÁGUA DE NÓS

A água é o ÚNICO elemento,
que MESMO precisando da guerra
prá VENCER seus obstáculos
não FERE a quem surpreende.
Ainda que POSSA matar,
de CERTO não degela,
nem QUEIMA.
PODE seguir destinos mil,
sem MESMO saber que venceu
seu CICLO.
Dos 5 elementos que CONHEÇO,
o medo é meu MAIOR
desatino.

DO QUE SE CONHECE

São as COISAS intangíveis que
TORNAM o silêncio relevante
no que se sabe
da PROPOSTA útil da vida.
É a NÃO-resposta que assume
o VALOR da pergunta.
É não ter em MÃOS a verdade,
que TORNA a mentira tão medonha.
É não SER melhor, que nos faz
ODIAR o pior.
É de SER fracasso tudo o que não
se RESPONDE em ovação.
É de ser CARNAL o que não respalda
o DIVINO.
É não ENTENDER nada
que FAZ o tudo parecer tanto.
É não AMAR que nos torna tão
interessados.
Os DADOS de uma vida segura
nunca SÃO jogados,
prá não se ACHAR no acaso
da DERROTA um traçado caminho
OUTRO.
Os LAÇOS estabelecidos, verdadeiramente
nunca são DITOS,
pois da PALAVRA o que se conhece
é a PARTIDA.

DOS IDOS

De quando a VIDA
menos dolorida
pesava pouco eu ERA
um ido,
CRIANÇA.
Do QUANTO a vida
DÓI nas costas,
não de PESO, nem prosas,
a vida agora ACESA,
pende no meu QUINHÃO.

DAS HORAS

Dos OLHOS
eu não tenho RECESSOS.
Dos medos
NÃO tenho limites.
Dos TEMPOS
tenho MAIS as estações.
Dos RIOS,
não há ÁGUAS enfim.
Das MÚSICAS,
o silêncio IMPERA e
rotula.
Das HORAS,
só TENHO carências
só tenho PERGUNTAS.

SEM SENTIR

TUDO que é urgente
e PRECISO
é preciso CALMA para
amar.




MAIORES DELEITES

De REPENTE
o impossível ERA o eu caído
numa TARDE imersa em águas
de SONS e lágrimas,
e aconteceu-me DE ser assim,
perdas e GANHOS
sempre foram MEUS maiores
deleites.

ÚLTIMOS VERSOS DE AMANHÃ

Eu não tenho nada a DIZER.
O que temo
são os SIMPLES gestos de querer bem,
e CHORO na chuva que não me molha mais.
Eu não me VENDO mais,
não tenho MAIS tarefas,
nem essas de ARRUMAR a casa
ou a CAMA tolida na solidão.
Eu não tenho PRESSA
e o que me PESA são os dias
sem SENSAÇÕES, coisa alguma.
E DESSA maneira boba de viver,
eu TIRO a carta guardada na manga,
eu tiro a MESA posta,
e me PROSTRO na lama da vinda.
Inda JOVEM,
inda ontem CHOVI no sereno,
lendo contos de VENTO e verdades
mentidas.
Só sei QUE da maçã só o pecado
me interessa,
ESSA coisa de ser gente,
nem TENTE me tentar em ser.




ENTRE TANTOS

Entretanto...
ENTRE o pouco e o muito
há um CANTO nos olhos
que CHORA
HÁ um canto calado
na BOCA
há a FALTA de roupa que
te completa,
a MINHA pressa em
sentir em TI o grito.
Há um RITO de chegada
e de partida
há uma IDA que não podemos
lutar,
há um LUGAR comum
em nós, a SÓS.

24 de set. de 2010

À ESPERA

A ilusão da CASA
é a FALTA,
a ausência SENTIDA
sentada à SOLEIRA da porta
na ESPERA das causas.

ENDEREÇADO

Nem DORMES,
e a tristeza se APRESSA
e LEVANTE prá te sonhar
com ela.

NÃO ME CONVENCEM

EU que nunca soube
a distância do BEIJO,
agora NÃO sinto também
o GOSTO do instinto.
Minto POUCO ao peito,
mas as VERDADES não me
convencem.

DOS LÁBIOS

Um véu,
o CÉU escuro e azul
se DEFINE,
ao LÉU.
O EU jogado dentro,
fora de VOCÊ.
Eu SOU você
me PERDENDO
no ADENDO de encontrar
e fugir.
O céu, escuto em RUÍDOS
e teu MAL caindo dos
lábios.

O VERSO EM SI

Eu sei DE versos que me assomam em

CHUVAS, em chaves, tempestades de

QUERER.

Eu SEI de FATOS, outros casos menos

CASTOS, e sei de mim... tão pouco.

Eu, HOMEM

bardo

BOEMIO brinco de ser, e sou eu.

HEI de mim,

rei que SOU.

O verso em SI sou eu,

que me ACASO, acalmo o canto triste

da CANTORA,

e agora reverso em TI

o terço da tua ALMA que me entende,

que me PRENDE.

O verso és TU,

que me DECORA, rememora o leito encantado,

atado ao CAUIM da mão amada,

o verso é SIM,

esse que CALO,

resvalo o beijo no lábio certo,

ACERTO, enfim.




[Texto a ser lançado na COLETÂNEA CANON DE POESIA]

22 de set. de 2010

PENSO EM EXCESSO

Eu PENSO em excesso,
o que em INVERSO eu deixo suar.
Deixo-mar em PAR no espelho
espalho os PESOS de ontem
na LEVEZA de amanhã.
É que a BELEZA do mundo
é só um INSTANTE que não
passa.

CAUSANDO O SOM

Eu
desconheço o SUSPENSE
do acontecer.
O meu CAUSAR
é no desconsolo.
É ali que eu
me ACATO em ordens.
Aceito o tempo
e o VERBO,
meus donos.

SEMPRE

É sempre POUCO o verbo que
exagero no VIÇO.
É SEMPRE em mim
o FOGO que te arde,
e já não CABES em meu
jardim.
É sempre FIM todo começo,
quando o TROPEÇO ameaça
a PAZ, enfim.
É sempre TODO,
é sempre o foco que PERDI.

FRASE

EM meu samba-enredo
o MEDO teve fim.

20 de set. de 2010

DÚVIDAS

É um desperdício ENTENDER o fraco
quando o MEDO é o ritmo
do PASSO.
É um ATO de bravura
defender o FRÁGIL na guerra,
na CULPA.

A CULPA

NEGAR para a solidão
é COMO assumir o vício em
PLENA multidão.
Só a ela CABE a crítica,
só em SI é que se sabe
a culpa.

A MUSA

A musa de CERA era só
a ela um PÁSSARO,
um passo em FALSO
um salto.
A MUSA inglória era só
INTENSA,
inversa ao SENTIR,
solitária,
sábia de SI.
A musa ERA
e agora ESTÁ,
em vias de SOBREVIVER,
apenas.

ENCERRO

Encerro o CERCO,
saio de MIM, me acaso...
acuso o VERBO senil,
me FAÇO, só.
ENCARO o caso,
casto não SEI se posso,
proíbo.
PASSO o pano,
ensaio o DRAMA,
domino.
Os dominós CAÍRAM,
perderam-se em meus
DOMÍNIOS, dinamito...
inverto.
Impróprio,
impávido,
intacto,
IMPROVISADO o riso,
em riste o DEDO,
um dardo.

SOMBREIO

Sabe-se lá SE amanhã há de existir?
SABE-se lá se eu perderei
o MEDO de ser, ante o perigo,
o GRITO?
Não, não sei.
E, se não sei
ME acalmo no doce temor
do ACASO,
calmo DESÇO e sombreio o céu
com nuvens DENSAS de dizer
o que não se PODE,
insultos.

19 de set. de 2010

SORRISO NOS LÁBIOS

Os sorrisos que ATRIBUO aos
lábios são FÁCEIS de se vender.
Os que RECUSO,
são como em DÍVIDAS não pagas.
Sorrisos são IMPOSTOS
que a gente DECIDE ou não
contratar.





NAS VOLTAS

O passado não SE leva,
mas não se PERDE.
O presente não se REZA,
nem se excede.
O futuro é um TRUNFO,
e também o próprio início,
do fim.





TEMPO

Há só um SANTO
que em TEU pranto te assume
nos BRAÇOS,
e seu NOME vive calado
nas ENTRANHAS dos que se
acusam no VIL sofrer,
e só de VEZES é que se pode
ter em MENTE o teu astuto
aludir,
e se não SABES teu nome,
apenas diga
ERÓ,
peça calma,
tenha CALMA dele chegar.




APELE

A pele REFLETE o vício
do QUERER,
que em SILÊNCIO se esquenta,
tenta se APROXIMAR.
A pele EXCEDE o viço
e se prolonga na ÁRIA
dos sons que ILUDO,
como em PRELÚDIO acuso
o que me FALTA,
a pele REFRESCA-se na carne
alheia.




UM POÇO

Eu CAIO,
nas tentações me TRAIO.
Assalto o SORRISO
e vaio, o silêncio.
Intento MEU é o
abuso.
Uso e DESUSO da saudade,
que arde TORPE.
Sonhe,
ZOMBE,
tope TUDO,
não aceite NADA,
nunca.




VENENO VIVO

Eu sou COMO um veneno
doce AMARGO,
de um TRAGO só se
alimenta do RITO,
e passa a COMPOR o resto
da SORTE.
A quem BEBER-me,
que se SAIBA só na dor,
a quem não CORRER os riscos,
há de VIVER melhor assim.

A MORTE

A morte
é como um RELÓGIO
que de repente INSISTE em
rodar em seu TEMPO.




FOGUETE

Para GARANTIR mais um dia
na VIDA que não escolhi,
eu CELEBRO o verbo
que não digo.




AI DE MIM

Quando eu EXIBIR a minha solidão
a DOR de ver em mim
o GRITO acalmado no verso
será o MAIOR dos meus
lamentos.




OS CAFÉS

E os CAFÉS que degelamos juntos,
agora SÃO só uns barcos
a nos NAUFRAGAR na lembrança.
A ânsia da visão
é o DEFEITO da clareza.

RETRATOS E MENTIRAS

Entre RETRATOS e mentiras
forjados,
os meus ATOS são impróprios.
Da dor,
eu CONHEÇO o gosto,
das HORAS,
só os PONTEIROS me acalmam,
do medo SÓ tenho o silêncio.
Do que não TENHO,
tenho só o REVERSO e só.

INCERTOS

Das POUCAS coisas que acumulei,
os meus INSTANTES de clareza
são do QUE mais sinto falta.
De tão INCERTO que é o inverno
eu aprendi a me DESVESTIR
no verão, prá PROLONGAR
o processo, ESSE ser feliz
sem nexo.
Não, que SER feliz seja estar
VIVO,
mas estar vivo PRÁ ser feliz.
Aprendi a CHORAR nas alegrias
e rir na DOR.
Entendi o VERSO,
ainda que sem morfologia.
VERTI centenas de anos
em HORAS, em descuido.
CUIDO pouco de mim,
pois só me SOBRAM desencantos.

NÃO-DEUS

ACHO,
que deixei de acreditar em DEUS,
quando DESDE criança
eu queria, eu PEDIA prá crescer,
prá SER outro,
ser menos
e NADA aconteceu.
Os SINAIS não chegaram,
os VERSOS não ressoaram em meus
OUVIDOS,
anjos NUNCA disseram amém.

E não, que não EXISTISSE um deus,
uma dúvida,
era só que EU não cria,
eu já não LIA bem nas entrelinhas.

VIVO hoje na sede,
no AFÃ do desencontro.
Vivo e SÓ.

SINGLE MAN

E eu me VI
perdendo-me NESSE vazio,
nesse VÃO ardil
que não DESEJEI,
mas sei de MIM.
Eu sei TÃO pouco do meu fim.

A soldião sempre me PARECEU
melhor, QUANDO a escolha era
ficar JUNTO e sozinho.
Agora, já não SINTO certezas,
já não VEJO clareza no acinzentar
dos FERIADOS alados,
sem fim.

As VEZES, as coisas mais horríveis
trazem CONSIGO, um certo tipo
de BELEZA,
e assim, a GENTE entende a dor.
A minha DOR,
é a beleza que DESMEREÇO no espelho.

18 de set. de 2010

A GENTE CEGA

Na dor
é que reconhecemos
a VERDADE das alegrias
e tristezas.
No amor,
a gente CEGA.

ESCÁRNIO

E quando EU não mais estiver
LOUCO?
Do tanto BOBO que já
fui, AGORA ser lúcido
não me SERIA grande propósito.
E esse PRÓPRIO sofrer,
essa ânsia de viver
e esse OPIUM que me queima
em CALMA e vontade.
Só me seria DOR
abandonar essa LIBERDADE
de louco que devora,
só me SERIA escárnio
a voltar a SER,
e só.

MAZELAS MINHAS

Eu LUTO
contra minhas
próprias misérias,
que já são muitas
tendo em vista
o tanto de VIDA
que distribuo
no silêncio
da poesia que calo.

À INÉRCIA

O próximo passo
é sempre o mais CANSADO.
O anterior,
o mais DOLOROSO.
Bom mesmo
sempre foi a INÉRCIA,
não cansa,
nem DÓI.

INTEIRO

Agora,
tá tudo ERRADO...
e tudo tão inteiro.

AOS AMIGOS

O meu melhor
reside contigo,
no umbigo
das NOSSAS alegrias
e desventuras.
À duras PENAS resisto,
e digo:
Do VENTO só quero
o CORTE na pele.

16 de set. de 2010

16/09/2010

Já não me ESCONDES mais em segredo.
Já não SEGREDAS o jeito certo
da felicidade.
Já não PRETENDES,
já não entendes,
não TENDES mais a se aproximar de mim,
solidão.




[Ao dia do meu EU]

15 de set. de 2010

PRÁ QUE?

O que me VALE são as fotos
sem FOTOGENIA que deixei
prá TRÁS.
É assim que não me deixo
ESQUECER em você.

DESVÃO

DEIXO o meu excesso
no PESO da levada que me
acalma,
que me REGA,
entrega em MIM
as faltas,
o DESVÃO, e meu silêncio.
E eu me PERCO tanto,
que já não SEI onde ir,
porque NÃO quero chegar.

NÃO FIQUE

Não DESFAÇA as malas,
porque a TUA ida
não TARDA chegar.
Não me FAÇAS graça,
o meu SORRISO gelado
não te QUERER agradar.
Não fique,
não VÁ.
Apenas, não VOLTE.

13 de set. de 2010

DEVO AO VERSO

DEVO ao verso
um instante de silêncio,
desses QUE reverenciam
o AFÃ do dizer...
dizer o que já NÃO sinto.
E tudo PARTE do querer,
e TUDO é parte do perder.

DESERÇÃO

SEMPRE achei tedioso esse lance
de PACIÊNCIA,
coisa de FRACOTES.
Hoje,
CONTINUO achando a mesma coisa;
apenas o que MUDOU foi o
meu PRISMA,
pois AGORA pacientemente creio
no SILÊNCIO das horas.
O resto é APENAS aridez em
deserção de GUERRA.

12 de set. de 2010

PENSO E FAÇO

É que AS vezes
o que eu DIGO
não é o QUE eu falo,
as VEZES o que penso
não é o que FAÇO,
mas não CALO o passo
seguido.

VOCÊ

É que VOCÊ
quando PERTO
muda a COR dos dias,
o CHEIRO das horas,
as rosas
Muda o JEITO do verbo,
o CERTO já não é tão
óbvio,
VOCÊ me quebra os relógios.
E, de LONGE tudo ecoa,
tudo é GRITO
ZUNIDO de abelha fazendo mel
E eu TE desejo,
te PERCEBO em versos
e TESTO a vida com a tua
AÇÃO produzida em SONS,
sins prá mim,
só em MIM é você.





[À quem quiser sentir que é seu]



DOS GARDENIAS

A vida CESSA sua reza
quando o RITO de partida
nos DIZ a ida certa.
As ESQUINAS estão perdidas
no RESTO de nossas
circulações,
e o SANGUE esvai pelas escadas
de INCÊNDIO do velho
rio que CORRE nas veias.





11 de set. de 2010

OH MY EYES

Deixa SER,
deixa sangrar,
e quando a CURA chegar
se DEIXE ganhar pelo
beijo que te AGORA falta.




É DA MINHA SEDE

E se eu ainda AMO tanto
é que no PRANTO que calo
deixo FALAR a vez
de SER só.
E se HEI de encontrar a
TARDE em paz no gesto
contigo,
ABRIGO nas mãos a voz que
ABRAÇO com o jeito
certo de ME dar,
prá te encontrar.





DO LOUCO

As VEZES,
o som e o SÍMBOLO da palavra
VERSA a beleza
da vida,
AGORA o som é reza,
é queda de tom
tenaz VONTADE de gerir a verdade
num sÓ sopro,
é do LOUCO ter a verdade
nas MÃOS e comer.





SÓ SEI

É que o amor
eu SÓ sei sentir
em DOR,
em FALTA de ter
em ser VIVENTE e só.

BLOCO DO PRAZER

Eu QUERO mais,
eu quero TER,
ser mais QUE sobreviver,
e ser AINDA pouco,
pro TANTO que adianto em
meu RELÓGIO.
Eu quero o ÓBVIO,
o ovni que VEM do sim,
e DO não eu quero o tom,
RASGADO, roubado de mim.
E, se POSSÍVEL eu quero
seixos, BEIJOS e aleixos
de SI... se entregue, enfim
e me DEIXA cair em ti.




COISAS DE QUERER

As VEZES me faço,
de SANTO,
calo no PRANTO a voz
e deixo o SOM aturdir
o VAZIO da calma.
As vezes me CASO cedo,
e SEPERO em seguida,
COISAS de querer
e de GOZAR,
de dar AMOR e guardar
o ódio,
de SER a cor
e ainda SIM o cio,
coisa de NÃO deixar que
o ardil me TIRE a alma,
doce e LEVE de dir e vir,
sem PRECISAR chegar.

TÃO LEVE

Me ACHEI tão leve...
quase CÉU
d'uma BOCA desgarrada,
d'uma ALMA não calada,
do acaso.
Céu de SILÊNCIO e sóis
que ECOAM claros
na ESCURIDÃO absurda de
outubro...
EU quero beijos rubros,
CURDOS,
desses SEM nações,
sem NOÇÕES de ser,
insones.

À QUEM MORA LONGE

É QUE NO SILÊNCIO DAS PALAVRAS,
EU ME SINTO VIVO
EM TUAS CARTAS
NÃO ESCRITAS,
MARCADAS COM TEU CHEIRO,
DESSE QUE NÃO ENTENDO,
NEM O SINTO...
LONGES QUE É.

É QUE NO VERBO DOCE
DE TUA ESTADA DISTANTE
A MINHA ALMA SE REFLETE LINDA,
E SÃO TEUS OLHOS
QUE ME VÊEM ASSIM,
PERTO DE TI,
ENTRE O TEU E O MEU LÁBIO.

SÓ TE PEÇO CALMA,
QUE ME ACALME,
NÃO SE CALE MAIS,
E SE DEIXE LEVAR
PELAS NOSSAS TARDES
E HORAS CONFUSAS
DE DIZER COISAS
DE QUERER BEM, E SEM
NADA,
UM SE OFERECE AO OUTRO...
TODOS, UM TANTO MAIS
QUE CEM.




[Divagações de uma BREVE conversa em 10/09/2010]

9 de set. de 2010

FALTAS

Tudo o que me FALTA
é justamente o que me RESTA.
É disso que TENHO certeza:
da CADÊNCIA do peito que
BATE arredio,
da carência e do JEITO
que sinto o ARDIL,
da FALTA,
do TATO,
do PASSO seguido,
o rito.

8 de set. de 2010

TÃO QUE SOU

Quando me ACALMO,
enfureço.
Enrubesço o ROSTO de calor
e queimo COMO em
guerras e COLISÕES.
Eu sou em TERRA
o mesmo que o chão,
que ARDE e se defende
DA dor,
em forma de VULCÃO.

QUALQUER COISAS

Existem COISAS
que mais PARECEM pessoas,
importantes.
EXISTEM pessoas
que MAIS parecem coisas,
estranhas.
Eu não sei CONVIVER com
coisas e PESSOAS que se
confudem,
nem ENTENDO o fluir
do QUERER das coisas com
pessoas que são COISAS.

DEVIDOS

Tem coisas que não sei EXPLICAR,
mas meus OLHOS sabem ver.
TEM coisas que não sei
DIZER,
mas APRENDI a calar a voz.
E sei que VIVER é pouco
prá quem PENSA em seguir.

7 de set. de 2010

À GAL

E quem DISSE que te
precisarias CHAMAR Gal
prá ser a TAL?
Quem DISSES que em tempo
ALGUM teu nome seria
apenas REFERÊNCIA?
A lenda é FEITA das coisas
que não FAZEM muito sentido.
E sinto TANTO
uma presença DOCE
de mulher e DEUSA,
dessas de MUDAR os rumos
do universo.
A dadivosa é VOCÊ,
Gal.




REI DO MAR

E tudo que JOGUEI fora
já não FAZIA mais sentido ficar.
Nem eu CABIA mais em mim,
num INVERNO temoroso,
num inferno IMENSO.
Tudo INDO embora,
embora eu PUSESSE mais coisas
no lugar.
E no vazio do PEITO
me senti eleito do mim
MESMO.
Finalmente eu FUI o rei
do meu MAR.

EIS, DAMIÃO

Eu, POR mim... seria outros.
Seria TANTOS e também a mim.
Seria FRACO, um tanto forte,
talvez um CORTE no tempo.
Mas, se ME sou...
me aceito,
me CONVERTO em persona,
me DESFAÇO na lona
de um RINGUE chamado
VIDA.









Origem do Nome Damião: GREGO
Significado de Damião: DOMAR, ACALMAR.

Muito atencioso, e apegado à família possui um senso maternal muito forte, é o tipo de pessoa que gosta de se sentir útil e necessário, com isso chega a assumir mais responsabilidades do que realmente pode suportar.
Não costuma voltar atras em suas palavras. Muito ocupado, raramente se permite algumas horas livres para o lazer. Mas deve tomar cuidade em não se tornar dependente ou infantil ao extremo, para isso não deve se pendurar nos outros.

Sua marca no mundo!
DISCIPLINA,PRATICIDADE,LEALDADE,CONFIABILIDADE,GOSTO PELO TRABALHO,SOLIDEZ E EFICIÊNCIA.

Uma tendência negativa é a de se tornar inflexível e sistemático demais com detalhes.

ALÉM-A-AMAR

SE choro
não é DOR nem de saudade,
mas d'uma FORÇA imensa
de VIVER, e me lavar
de querer.
Se COBRO
não é de CARÊNCIAS, nem
de compor LEMBRANÇAS tristes,
mas POR salvar da ilsuão
do TER, no fim.
Se corro
não é de MEDO, nem é tão
cedo ASSIM prá ser feliz.
É pela FALTA do tempo
que não me ASSUME em braços,
de ALÉM.

ARMA BRANCA

COMO um punhal,
o TAL querer me atravessou
como SE eu,
uma esquina FOSSE,
dessas de ENCONTRAR
VONTADE e desejar.

6 de set. de 2010

REVER






REVEJO as farsas que guardei em
SORRISOS...
e alimento de LEMBRANÇAS
as más IMPRESSÕES que deixei.

COISA LINDA

O sinal MAIOR do querer
é quando a CEGUEIRA do desejo
te FAZ enxergar as coisas
mais LINDAS,
no silêncio
e OUVIR as mais BELAS
canções NOS tons vermelhos
das BOCAS que pela rua passam.
Amor é um VENDAVAL que arrasa
tudo,
e AINDA agrada os desabrigados.




POR DIZER, ENFIM

Silenciam os VERBOS
que na NOITE o íntimo calor
REVERBERA saudação
ao CORPO que seduz.

JÁ NÃO LEVAS

E não me VENHA falar de saudade
nem de ESPERANÇAS...
A lança do DESTINO cravou
SOBRE nossas costelas
o ardor do RITO de partida.
Não me PERCA em horas a chorar
que não VAI me enganar,
não mais.
Não me QUEIRA perto só prá te
abrigar em minhas MÃOS irascíveis,
que de DORES eu lamento
muito.
E se FOR prá ser em partes,
que PARTAS logo sem herança,
POIS da minha carne
já não LEVAS em pedaços
o que te ACALMA.







[A melhor versão dessa música]

5 de set. de 2010

DESALMADO

EMPRESTO ao tempo
a PACIÊNCIA que deixei
escorrer pelo ralo,
apenas PARA que amanhã
eu NÃO precise mais
fingir AMOR nem saudade
d'uma ALMA que não esqueci,
por não me MERECER.

AO VERSO SECRETO

E assim fora descrito:
Sobreviver não estava em meus planos...


Sem medos
nem janelas discretas
abraço o mundo
pela força da poesia,
e se me faço fragil
é somente ARTE,
para manter-me vivo
nesse mundo cão. [2008]



E se PERMANEÇO vivo
é que VIVO a procurar
veredas que me ACHEM bem
respirável.
Eu não SABERIA ser melhor,
se de MAIS a mais
o que é relevante
não me LEVA a sério.

ESPERO em mim, em paz.

ESPALHO

Já não CABEM mais em mim
as TUAS futuras
expectativas e
RESQUÍCIOS.
Os indícios de QUEM sou,
já não se PROJETAM
em teu espelho,
e eu ESPALHO centelhas
frias de TE querer.
E, nas MÃOS fechadas de
AGORA
eu leio o TEU pretérito
perfeito
deixando-me DEITAR
em teus ANSEIOS,
que ditam os MEUS
receios.




SOU SIM

RIO,
raso é o OLHAR.
VÔO rasante,
venho INSTANTE,
todo TOLO a me entregar.
Eu já não me PERTENÇO,
já não PRETENSO, sou.
Eu já não,
sou SIM prá você.

4 de set. de 2010

SECO SERTÃO

E no DESANDAR da calma,
a alma encontra a TOADA certa
de se DAR...
e segue em MEIO ao seco
sertão do PEITO,
em busca do VEIO de um rio
a se MOLHAR.

CONTRADIÇÃO

As VEZES
a contradição é a GRANDE verdade.
Essa que nos ARDE
em elixir de ir ao bem.
Sem isso SOMOS menos.

PEITO DESCABIDO

As VEZES é longe
a GENTE que nos encanta.
As vezes é PERTO
o que nos DESAGRADA,
mas de certo
que é BOM
a gente querer GENTE
do lado.
Do alto dos SONHOS
o ponto mais CALMO
é o peito que AGORA
bate descabido
no dentro esquerdo
da GENTE.

À TARDINHA

Apenas como FRUTO das virtudes,
eu recriei em MIM
o verso das TARDES ao mar,
em que nada DISSE,
em que nada VI,
mas vivi.
Junto ao MAR,
numa solidão torrencial,
apenas SENTIA vontade (da carne)
que me queimava inteiro;
APENAS sentia saudade (da arte)
de te TER um ano inteiro;
apenas sentia que a TARDE
era a minha VIDA inteira.




FRUTO DA GANDAIA (AMOR)

AMOR é como arma que
dispara
e ABALA o peito do
atirado
AFETANDO o jeito do atirador.
O leito de QUEM ama
é sem CALMA
é sei receios e
HORAS.
Eu que já não AMO com descrições,
apenas CALO na boca
o que DEIXO esvoaçar pelos
OLHOS.



NÃO DO ESPINHO

Não é de SORRISOS
e espinhos que falo,
mas do PALO seco que me
desce a GARGANTA
e me arrebenta,
e me AGIGANTA em dor.
Não é de VOCÊ que sinto
saudade,
mas DOS dias de cores
que ESCONDI nos feriados
não vividos.



CHEGANDO

Eu não SABERIA dizer exatamente
como é que CHEGUEI aqui.
Sei APENAS de restos de vida
que DEIXEI por lá,
de onde já NÃO sei mais,
sei DAS poucas coisas que aprendi
não LENDO,
e o que VI era pequeno demais
prá ENTENDER.
Chegando,
eu me ESQUECI de relembrar os choros
e RISOS vagos que brilhavam em
meu SEMBLANTE,
ante ao VAZIO de amanhã.
Mas, cá estou...
Sem MUITAS coisas prá querer,
sem MUITO o que dizer,
e VERSANDO bem no silêncio das manhãs
que REDECORO com vastos flancos
de MOBTANHAS que não
subi.

3 de set. de 2010

EQUAÇÃO

MANDE um recado prá si:

- Sempre que PERDER-se for assim
como GANHAR-se
é BOM deixar o tempo
resolver SUAS equações
sem FIM.
PORQUE de mim,
o que não é IGUAL
é ao MENOS premente.

ENTENDI

APRENDI a me entender
quando,
nos TERMOS e limites
do que nao se diz,
já se sabe,
só e APENAS me cabe.
COMPREENDI tarde o fato
de SOLIDÃO e saudade
não se COMOVEREM com lágrimas,
mas SOBREVIVI bem sem ambas
as obrigações de TER
e viver ACORDADO ao lado
de QUEM já não me
acompanha.

MUNDO CEGO

É que pro RESTO do mundo,
as verdades são apenas vistas.
De tão CEGO,
esse mundo se acabou de vez.
Queria eu
PODER ascender em LUZES
o que te falta,
prá não MAIS doer em ti,
a ESCURIDÃO
desses que te cercam.




[DIZENDO ao peito amigo de Cice]

NÃO SE APLICA

É que o AMOR
sempre foi um disparate,
um IMPROPÉRIO,
esquisito, MESMO.
O amor ESTANDO à sós
COMIGO, sempre foi
um BICHO, desses que não se
DOMESTICA,
não se APLICA no silêncio,
porque se AGITA
feito CARNAVAL.
O amor sempre FOI meu
mal MAIOR.

JÁ NÃO DIGO

E eu já não DIGO, amor.
já NÃO digo, não.
O sim é tão PREMENTE
e, eu silente, a SÓS,
já não DESATO os nós.
Eu JÁ não sinto o sol,
NESSE frio setembro,
já nem LEMBRO dos raios
de CALOR,
da DOR, sim.
EU já não digo vou.
PORQUE ir é tão longe
e prá MIM, ficar é fraquejar
em SOM,
no GRITO.
Eu já não digo SOU,
se ainda PERCO-me nos estados
de PENSAR, fugir e querer.
EU já não digo,
e VOU...

VER MELHOR

Me APRENDE a ver melhor,
que MESMO eu sendo um só,
POSSO ser dois prá você.

2 de set. de 2010

DIGO, TODAS

Determinadas PALAVRAS
e ações,
DIGO todas,
jamais DEVEM ser esquecidas.
Para o BEM ou para
o MAU
o TAL viver, é não
esquecer quem TE devolve
em REGRA a calma
PERDIDA.

ME DEIXE VOMITAR VOCÊ

Não,
NÃO me leve a mal.
Apenas me DEIXE vomitar um pouco
DESSE amargor
DESSA hipocrisia que me fiz
engolir NO ontem.
É tanto, a GENTE querendo ser,
estando MENOS,
cumprindo POUCO as remissões.
Não me INTERPRETE mau.
Se o SOU,
que ao menos me DEIXE ser,
sem críticas,
sem visgos.
É TÃO pouca gente que consegue
erguer em SI o lado certo
da esquina,
que SE perdem
no ACHAR outrém.
E eu já não CHORO mais,
já não EMUDEÇO nem falo menos.
Eu não me PERCO tanto assim.
Apenas me PESE em sua vida,
como peso a SUA falta de verdade
no amanhã.
Eu só queria VOMITAR você
que MESMO sendo degustável
não FEZ bem à minha dieta.





[Revertendo cada segundo de vida num instante de quietude]

LUCIDEZ É DÍVIDA NÃO PAGA

As vezes,
me VEJO no limiar da loucura,
dessa SEM cura de se
curar.
E faço COISAS medonhas,
de me DEIXAR à dor demente,
como andar SEM roupas onde queira
passar,
e TREMER de frio num calor
hediondo de SE acabar.
E a loucura me POSSUI inteiro,
como o FEIO que possui a calma
de se FAZER chorar.
E eu não sei COMO calar em mim
a VOZ dessa doida que me
invade,
e EVADE da vida e burla o beijo
quente que DEI prá cobrar.
E, quando LOUCO
eu me vejo POUCO, mas bem...
QUANDO doido
corro COM pedras e
poeiras NAS mãos,
nos vãos que a SÓS me deixam.
E eu LOUCO
a temer a LUCIDEZ devida,
dívida que NÃO pago há meses
comigo.

IMPRESSO

Todo o EU que escondo
me REVELA,
nivela em MIM o impresso
SORRISO guardado.

NADA A DIZER

Que SORTE a minha,
em ter
de PERTO os pararaios do
DESEJOS
a me SALVAR da tempestade
que me ACONSELHAM sentir.
Enfim,
o INÍCIO é esse,
de ser VAZIO e preencher-se
de SONS e devaneios.

À MORTE

MORTE,
tu que me VISITAS
a noite,
e NUM açoite me faz
fenecer
prá NOUTRO instante
reviver
tira de MIM
o engenho de SER
gente
e faz-me SÓ afirmação.
Que de CERTEZAS
eu já me perdi.

1 de set. de 2010

MAIS

FOI quando me amei mais
que DESCOBRI que mais estava só.
A sós com MINHA sensação
dorida de VIDA,
com minha íntima SOLIDÃO
vivida.
Quando MAIS me amei
é que MENOS enxerguei as distâncias,
e FUI somente
eu NO resto do mundo,
a sós comigo.

ENFIM, SETEMBRO

Tento REVIVER setembros,
e já nem LEMBRO a cor
que me figurou a GOSTO
do que passou.
A dor de ONTEM,
agora é CICATRIZ que me
acaricia a PELE,
que me CADENCIA o som
dos RITOS.
Mas, ENFIM, setembro chega,
APROVEITA meu sol
e me REVELA seu.

EMPRESTO

Empresto o meu ABRAÇO,

Que no teu CASO agora é casa.

EMPRESTO o meu delírio,

Brilho e BILHÕES de sensações

Amiúde entregues,

Segues-me!

Empresto o MEU artifício,

Meu vício de TE querer,

Ter de VOCÊ o tanto
que me CABE,

Em MIM,

Máquina de te INVERTER em sons
e sintonias,

Exercer sobre você a influência,

Sente-se e OUÇA-me com

Paciência.

Se pensas em me ESQUECER,

Empresto-te meus PESARES,

Prá que em TI a minha vida seja

Sagrada, REGADA ao beijo doce

Concedido no INVERNO,

Terno é o meu pensar.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::