::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

24 de fev. de 2010

SOLEDAD

TORREÕES de saudades
me alimentam E
me GUARDAM os olhos
CEDIÇOS.

22 de fev. de 2010

ASSIM É

TODO o eu que sou
é SABIDO que restou
da GUERRA.

BOM E RUIM

Tanto ERA bom quanto ruim.
Nós é que NOS cegamos para o
GOSTO de sangue, estancado
na BOCA.

20 de fev. de 2010

NOVO

TUDO tão novo
que mais PAREÇO um veterano
de GUERRA,
remoendo as SAUDADES
e remendando os FERIMENTOS.
Ambos feridos, eu e meu
CORAÇÃO, ambos vivos.
Tido agora é o que VIRÁ.

18 de fev. de 2010

VIAGEM

Em VIAGEM,
voltagem máxima,
VIRADA da ladeira,
perda e VITÓRIA como
orbe, PEDRARIA.
EM passagem,
POR perto, por longe,
monte de MIM por lá,
aqui se PERDEU,
me achei.




FIM?

EMBORA fosse simples seguir,
o PEITO recusou-se
a PARTIR comigo.





CALMARIA

COMO haveria de ser
o sonho MELHOR,
se o MEDO era constante?
AGORA,
no silêncio,
e SÓ,
me acalmo.




TUDO ASSIM

É de longe
que a GENTE reconhece
os medos e MATIZES
de sonhos, todos.
Tudo em MIM é lembrança
e DESORDEM.
Agora eu SOU distância,
e estou perto DOS meus
gostos.

16 de fev. de 2010

SEM DESCULPAS

De mais a mais, eu tenho existido pouco.

13 de fev. de 2010

TRAGÉDIAS

Já não QUERO mais o que
me importa.
Tanto de MIM perdido
ao LONGE,
tanto MEU, por perto,
SEM consonância,
e parto-ME no meio
das inconstantes
TRAGÉDIAS no centro do
peito MEU.

DA MESMA MANEIRA

COMO quando tudo era
feliz. HOJE é triste.

SEM VERDADES

HOUVE um tempo em que
o MEDO era uma idéia,
o AMOR era um
sonho LINDO
e as HORAS o passatempo
das ESTRELAS.
HOJE o que temos
é SOMENTE a lembrança,
o ramalhete MORTO,
o calendário sem
VERDADES.

ONDE?

MAS, onde se esconderam
teus OLHOS,
que não me VIRAM partir?
Onde tuas MÃOS pararam
que nãoa conseguiram
SEGUIR?
Onde DOR e saudade moravam
prá não me DEIXAR
sorrir?

DESORDEM

Era tão BOM tua voz
entoando as MINHAS canções
e eu JÁ aqui perdido
sem TER-te ainda
que EM silêncio.
GROTESCOS são esses
minutos DE querência
ARREDIA,
e a desordem DA
calma.

12 de fev. de 2010

SÓ PRÁ SABER

MUITO de mim é o que ainda VIRÁ.

PARADEIRO

Tudo o que em MIM era
presente,
AGORA já não faz mais
SENTIDO,
e sigo no
SENTIDO torto
de não CHEGAR,
ainda que eu SAIBA meu
paradeiro.

SEM SORTE

NOITE sem sorte,
e muitos cortes
NO curso do meu
RIO.

IDÍLIO

SAIO,
e já não caio mais em
sua ARMADILHA.
Deixo PRO outono
outras AVENTURAS idílicas.

11 de fev. de 2010

ESPALHADO

Por UM tempo fora de
MIM,
FORA do passo,
em DESCOMPASSO,
em desajuste, desastrado.
EU que era outro,
agora VOLTO a ser um.
Tanto de mim ESPELHADO,
espalhado nas águas
CANSADAS de agora,
aguardo.

10 de fev. de 2010

LONGES

Quando me VI de perto,
descobri QUE era longe
ainda o MEU reverso.


E não mais me DEIXEI
enxergar LONGE dos meus
OLHOS.

COVA RASA

Na COVA rasa das minhas ilusões,
os meus olhos
se PERDERAM na consoante
de SONHAR,
e não MAIS souberam de onde
VINHAM os grilhões
que me PRENDERAM aqui.
Não HÁ como sair
não há de SER assim,
mas o AINDA é.

9 de fev. de 2010

ERA

Eu NÃO sei,
mas o AMOR me perdeu.




ACABOU CHORARE

A gente CHORA e desafina
o PEITO.
Troca o SONHO pelo defeito,
SOMBRA escondida nos
OLHOS, sons perdidos na
BOCA,
sem precisão.
ACABOU o que nos maltratava,
o QUE nos ceifava o
BEIJO, profusão.
E eu INDO embora foi a cena
MAIS bonita dessa
CANÇÃO.




8 de fev. de 2010

ACABOU

A MORTE e a mentira
são dois estados
imutáveis de HOMEM.
Cá estou, MORTO
e mentindo vida,
AINDA.

CANSEI

Este CARA que sou,
morreu.
PARTIU do seu retrato
o meu EU.
Cansei.
CANSEI de tudo o que posso
FAZER.
Agora me RESTA apenas
demover MONTANHAS,
mares e muralhas,
CERTAS de que não vou ter
um OUTRO dia a mais.

POBRE DE MIM

MEIO cheio
meio VAZIO.
Esses ARDIS no peito,
LEITO de morte a mil.
Meu PAVIO incendiou,
meu SONHO acelerou,
as PERDAS me fizeram fraco,
a SORTE me tornou
um tanto MAIS pobre,
que a CURVA na esquina
da DOR.

FICA

ALEGRIA MORA POR AQUI

E quando a GENTE mais chora
MORA em aqui o sentido todo
da ALEGRIA.
Não se CHORA mais de agonia,
só SE chora de euforia.
Gente ENTREGUE ao todo das suas
MÃOS,
mães e MAESTRIAS como arte,
PARTE das nossas invenções.





7 de fev. de 2010

CIRANDA

Na DANÇA que a ciranda dita
a VIDA se faz bonita e
CHOROSA,
ora TRISTE, medrosa
das ALIANÇAS que se
quebram,
DOS corações que atraem,
DOS beijos traídos,
tirados de CASA,
no CASO de ser feliz.





QUASE VIDA

Na QUASE vida dos teus braços
em MINHA pele,
eu me PERDI.
Achei VOCÊ e me
TRAGUEI nos rios de
alegria e ENTREGA.
Essa VIDA sem sentido
AGORA é só um rito
de PASSAGEM.





DEPOIS

Depois do MEU beijo sobre o teu,
o mundo PERDEU o tom
acinzentado das MANHÃS,
e não FOI mais tão frio
nas TARDES de domingo.
Ainda sim, TU foste.
Mas, o COLORIDO meu,
permaneceu INTACTO,
como PACTO comigo e meu
estar de COISAS incompreensíveis.





CHORO DE ÁGUAS

O meu CHORO, de águas
claras e escuras,
não ESCUTAM mais meu
CORAÇÃO.
As escusas INTENÇÕES
dos TEUS beijos,
não PASSAM agora, de
MEROS acasos nos meus
ESPETÁCULOS de esquina.





DERRADEIRO

O que DEIXOU de me acontecer
PASSOU a ser intento
do QUE já não sonho,
pois PERDEU-se na carne fria
do ONTEM,
sem TER vivido-me.




ÓCIO

Troco todos os MEUS instintos e
COMENDAS,
por mais um INSTANTE de perdição.
Cansei de BRINCAR nessa
gangorra de SER feliz.
Quero MAIS é me entender
com as HORAS e mudar as minhas
ESTAÇÕES de hemisfério.
Os meus SOLSTÍCIOS já não são
tão QUENTES,
pois nos DENTES já não
se TEM mais primavera.




*Alusão à música dos Secos e Molhados - Primavera nos Dentes.






INCÔMODO

Amar INCOMODA
em qualquer
das suas intenções.
TAÍ porque o sexo
redime os fracos
e OPRIME os indecisos.
O RESTO que fica é
apenas SOLIDÃO.

ACALMA

A calma,
acalma o PEITO.
Leito leve
da chama da PAIXÃO.

SEM VISÃO

EU E ÁGUA Nº 2

DESGOVERNO

NÃO BASTAM MAIS

DEPRESSA

AH, SE VOU!

Eu sigo e não sofro,
eu SINTO e já não chovo mais.
Eu SEI e não entendo
tanto.
Mas, não lamento ENXERGAR,
assim.





DE MAU HUMOR?

A DELÍCIA de ser humano
é não PRECISAR ser bonzinho
prá AGRADAR.
Os que são BONZINHOS,
eu nem SEI a que classe
são pertencentes.
São TÃO estranhos, que
DESCONHEÇO as suas raízes.

6 de fev. de 2010

MOÇO





Moço,
que NO dorso
traz a COR
do AMOR
que sente.

ACONTECEU






O amor só SE perde quando não consegue MAIS se achar nos olhos de quem se DESEJA.
Deixa ELE partir, que volta em forma de PORVIR.

MINHA METEOROLOGIA

Eu queria TE contar que lá fora
a CHUVA que cai,
grita teu NOME,
nas GOTAS,
nos DERRAMAS de água que
CHORA a tua ausência,
no TEU afeto desperdiçado
EM nuvens negras,
noites CLARAS, sem luar.
E a NOVIDADE é que tudo isso,
DESDE o início te pertence,
SEM nem você reclamar a
SUA parcela de culpa na
MINHA meteorologia.






IR E VIR

Esse DESEJO que me beira,
EMPURRA-me ladeira à baixo.
E ACHO que eu quero ir.
Quando eu VOLTAR,
pode DEIXAR,
que te QUERO aqui.

NOSSO AMOR SE FOI

O que ERA amor,
hoje SÓ sei dizer
que é SEM você,
sem MIM,
o resto do mundo.
Tudo LÁ fora é amor.
E a gente é QUE foi
perdição.

VIDA DE GENTE

Canta o CANTO da noite,
que o AÇOITE do negro
se FAZ ecoado,
ACOANDO o senhor dos matos,
FEITOR das florestas a
te CAPTURAR.
Deus ESQUECE-se de salvar o
homem,
e FAZ guerra na busca de
UMA paz medida nos
SILÊNCIOS, ante ao grito
doído DE quem sofre nas
HORAS de labuta,
BRUTA vida de dor.





VOCÊ EXISTE EM MIM

E se eu TENTO seguir em frente,
rente aos MEUS olhos
pairam teus CABELOS.
Me ABUSAM, aguçam a minha
vontade, QUE arde a pele
TODA, tirando-me a roupa,
só por TI.





DEIXA-ME SER

E já não QUERO mais essa conversa.
Não é ESSA vida que mudei
prá mim.
Não é ESSE jeito que comprei
POR ti.
Vamos NOS calar e deixar
que OS desiludidos nos dêem
o SEU veredicto.
E tenho COMO dito o meu
DEVIR.
Nada a DIZER, fazer ou querer.
Deixa-me SER.





NO LONGE

Uma ÚNICA vez em minha vida eu
tive CERTEZA do que faria.
Mas, não SABIA eu,
que a CERTEZA não me daria respaldo
ou CONSOLO na dor.
Ao contrário, APENAS me reafirmou
a DORMÊNCIA dos sentidos
quando as LÁGRIMAS cairam.
E de LÁ, no longe do silêncio
vi TUDO passar em minhas mãos,
PALHAÇOS chorando,
piadas CONTANDO os seus trocados,
PIRATAS roubando-se em sons,
GINS, juramentos.
E não QUIS mais viver com esse peso
de SABER quando sofrerei o
PRÓXIMO golpe.






D BEST

Não ESTOU aqui para ser melhor,
mas o SENDO,
aceito o OFÍCIO com rigor
e RESPEITO.
É tempo ESSE que me segue
e acolhe-me EM seus braços
de CHUVA e sol, repentinamente.

PERDI A CONTA?

Se eu PERDI a conta,
não CONTE vitória assim.
Um BOM jogador sabe
FAZER da sua queda,
uma VANTAGEM traiçoeira
no FIM.

ME SIRVO

Me ESCREVO,
escravo das PALAVRAS cotidianas,
CORRIQUEIRAS e mordazes.
Me VENERO,
no veneno TOLO dos amores e ardis,
SOMA de todas as minhas
CONDUÇÕES e querências.
ME algemo,
alma GÊMEA que descrevo no
ESPELHO,
me espalho em FLUÍDOS e frágeis gestos.
GESTO no futuro um eu demarcado,
RASGADO no rascunho comum
de QUEM sou.
Me SALVO, na selva sorrateira de meus
OLHOS.
ME sirvo, em PRATOS de prata,
POSTOS a me acompanhar em silvos,
GRITOS, urros de sonhar e gozar,
e GANHAR da vida, o além

5 de fev. de 2010

AOS TEUS PÉS

Os meus ARDIS,
quando não DISCERNIDOS
se perdem,
como REFÉNS do bem
que me FAZ a loucura da
VEZ, que é te olhar,
de OLHOS fechados,
NO meu sono.

EM DETRIMENTO

CORRENDO o risco de parecer
APAIXONADO,
eu AINDA opto pelo
instinto em DETRIMENTO ao
tempo.
Que me ASSOLA,
atropela meus ACERTOS
e FAZ renascer os MEUS
pecados.



ME DÓI?

Aquilo que me DÓI,
também me DISTRAI.
Descobre em MIM os mundos
METEFÓRICOS da indiferença.
Que CRENÇA mais estranha
ESSA, de ser gente
e LOUCO em tempos de
GUERRA.





BUSCAS

Quem NÃO conhece a culpa
não HÁ de conhecer os meus medos
em SEUS maiores açoites.
QUEM não se redime perante
os DESTERROS da solidão,
certamente DESCONHECE a minha
busca, incessante, DELIRANTE,
interminável, INTERROMPIDA.



ASSIM É

A VIDA é uma consoante
em nossos DIAS.
E são RAROS
os instantes QUE se repetem
EM sua trajetória.

RECADO Nº 2

O passado
não nos pesa
na reza
do dia que
VIRÁ.

RECADO

A lágrima
não VALE
o peso
da SUA
dor.

TENTE OUTRA VEZ

TENTE-me outra vez com teus
SORRISOS
que EU me esqueço dos medos
e TE acuso o sequestro
do MEU peito.





DESSE TEMPORAL

Desse TEMPORAL que recai
sob meus CABELOS,
e molha-ME em rosto
e RESTOS de mim
sobrarão APENAS o vulgo
SILÊNCIO do que meus
lábios HAVERÃO de intervir
em SUAS intenções.
Eu já NÃO mais conter
o que NÃO vale resistir.





PERDENDO DENTES

Sabe TUDO aquilo que haveria
de não se PERDER?
Perdi.
E tudo o QUE jamais daria
errado?
Deu.
E eu aqui PERDENDO os dentes
e DISCREPÂNCIAS.
Elas, tão amadas.

TUDO AÍ

É tudo o que EU não sei
DIZER.
É tudo que eu TEIMO em
fazer.
É TUDO que eu mais preciso
ENTENDER.
E, sim... não sei falar
a SUA língua.

4 de fev. de 2010

ISSO

A calma dos BEIJOS
que não recebi
me RESGUARDAM no dia
que não TE conheci.

MAIOR DOS MEDOS

O maior DOS medos que alimento
é a CORAGEM de seguir em
frente, SEM me deixar levar
pelo ESQUECIMENTO.
Todo o RESTO da vida é
somente SENTIR, que se perde,
se VENDE, se compromete
sem MESMO querer.

REFLEXO

O que ANTES era bonito
e FEIO, nessa alegria
de ESTAR,
agora é APENAS triste.
Conjunção de ASTROS em
sóis CHUVOSOS.

POR MIM

Quem SOU
é COISA que só eu
sei MEDIR.
Ainda que as VEZES
erre nas CONTAS.

2 de fev. de 2010

ALEGRE MENINA (O)

E a gente BRINCANDO
de sabedoria sem SABER
que a maior alegria
é SER tolo e criança,
FEITO infante em dias de
DEZEMBRO.




RISCO

Me ARRISCO por um beijo,
mas DEIXO claro que não
FICO por aqui.
Eu sou DALI, de lá,
de LONGE de você.
No CLARO/escuro dos
ESCOMBROS, eu rompo com
suas TRAVESSIAS.

MATEMÁTICA DE SONHOS

Ontem
era PRÁ depois.

Hoje
já SE foi.

Amanhã
é dois, menos um.

POETA DE SARJETA

E esse poeta de sarjeta,
lambe as suas
mambembes intenções
num circo torto de
solidão.
Saio em BUSCA das quedas,
e ESTAS não me querem mais.
Meu CAIS ruiu,
meus PAIS desistiram,
e TODO o resto
é APENAS produto,
não AÇÃO.

CASO QUEIRA

Chama-me louco,
caso queira.
Eu só não SEI mais
onde beira a minha
LUCIDEZ.




CODINOME SOLIDÃO

Qual DESSES medos ainda assumo meus?
Quais DOS seus são meus?
Quem de mim é MAIS por você?
Onde foi PARAR a maldita TV?

Quantos DEDOS perdi nas suas mãos?
Quantos BEIJOS roubados sem ação?
Quando meu BARCO sairá desse porto?
Será que só quando EU estiver morto?

Muita COISA sem ser dita.
Muitas FLORES sobre a pista,
TANTOS corpos espalhados em
meu ChÃO.

Certas REFORMAS foram certas.
CERTAS horas tu se desesperas,
e nem SENTE a saudade
que me VALE e me pesa,
ESSA de amor e lealdade.

Lá FORA a nossa vida se cerca.
LÁ dentro o acento se perdeu,
e meu NOME nunca mais foi
igual ao SEU.

É VERDADE

Penso que TUDO é verdade.
Pois, tem SEMPRE alguém que
ARDE em crer em tamanha
COVARDIA.
Tudo é sempre VERDADE.
E nada é MAIS correto que
ISSO.

FERE-TE

Quem FERE meu peito, SOU, e ninguém
é mais NÃO.
Quem te deu essa consideração?
Faça isso não,
irmão.
Que peito sangra e o lamento
atenta contra a tua imensidão.
Torna-se-á pequeno,
se dele fizer o teu arpão.

O TODO EU

Eu sigo e não sofro,
eu SINTO e já não chovo mais.
Eu SEI e não entendo
tanto.
Mas, não lamento ENXERGAR
assim.

E?

E seu eu FOSSE um desses atores loucos,
que ROUBA a cena, e te
fizesse meu MONÓLOGO incoerente
de VIDA, e perdição?
E, se na LOUCURA de atuar você em mim,
eu DEIXASSE cair sobre meus olhos,
os teus CABELOS,
sobre o meu PEITO, a tua mão,
SOBRA a mão, os teus
BEIJOS, intensos.
E se eu FOSSE engenheiro,
e PROJETASSE em minha vida,
o TEU tamanho,
TUAS grandezas, escalares,
vetoriais, VIVAZES.
E, se no DESEJO desenfreado de te
FAZER existir, em ARRANHA-céu te pousasse?
Serias TU minha referência,
MORADIA, meu elo com o mundo,
correria.
E se eu fosse teu EGO, inflado,
ECO sem sons que se ouve de longe,
um TAL de inspiração que te consuma
em NOITES, que te assuma
AÇOITES, e tuas dores sinta?
E, se no MEU prolongado ensejo
me DEIXASSE ser tudo o que te
DEVORA e consome?
Seria eu, a MINHA própria imagem,
AINDA sim, não sendo o teu
PROJETO, parada imaginária sem a
SONHADA carta de alforria.

ENQUANTO ISSO

Enquanto isso...
A gente mente
que é VERDADE ser feliz.
E nem TENTE ir contra
ao que ISSO contradiz.

1 de fev. de 2010

CANÇÃO DE NÃO DORMIR

Essa é a minha CANÇÃO de
não dormir.
De IR, no além,
AQUÉM do que vejo,
do BEIJO revisto em
VERSÃO cool.
ESSA é a minha canção de
não SENTIR.
Não se DAR ao desfrute,
ao DELEITE,
ao dente de quem QUIS
morder.
Essa é a minha canção DE
não MORRER,
não VIVER,
ser.

HORA CERTA

Por HORA,
a hora CERTA é essa.
Que se PASSA,
se perde e SE
reparte.
Quando FOR o tempo
de ERRAR,
a hora será pretensa
a SER incerta,
na CERTEZA do erro.
E erra.

DÚVIDAS

Nem SIM,
NEM não.
APENAS talvez.
E, todavia,
AINDA tenho medo.

NEM SIM, NEM NÃO.

Prá mim,
o que mais TEM sentido
É o não fazer sentido.
Prefiro sentir.

PRÁ PENSAR OU NÃO

Se PENSAR fosse permitido
nos JOGOS de querer,
certamente ALGUNs jogadores
seriam ELIMINADOS, rapidamente.
Uns POR fazer do pensamento,
ARMA,
e outros POR dele fazer,
a deserção.

MUNDO

Quando DEIXEI de ter medo
DESCOBRI que estava mudo.
E o todo SE perdeu
de mim, no ESCURO desejo
da FALA,
da clara CERTEZA do que
dizer, e eu MUNDO.

DESSE CARNAVAL

O todo é a concepção mais clara de TUDO.
E tudo MAIS que eu possa no verso
é REVERSO das minhas intenções.
Hoje, SOLIDÃO e saudade se perderam
em MEUS braços,
mas ACHEI no poço profundo do
enredo desse SAMBA,
a lambança mais CARINHOSA que
ouvi.
E quero TODOS os refrões de
ALEGORIAS que me alegram
a harmonia
desse CARNAVAL.

INVARIÁVEL

Ando TÃO invariável,
que CHEGO a me sentir um
IMÓVEL, desses latifúndios
que se PERDE em tamanha grandeza
e NENHUMA utilidade.
O que me ARDE, nem é o sol,
mas o TEMPO que passa,
e não me DEIXA expectativa
de SEGUIR, ainda que eu siga.

FANTASMA

A minha DOR é inexistente.
E desde que COMEÇOU a doer,
me maltrata
COMO se fossêmos, de fato,
REAIS.

ROSA DOS VENTOS

Meu NORTE tem ido em direção ao teu LESTE

PRÁ COMEÇAR

No meu REMETENTE
há um CORAÇÃO sem destinatários.
Há páginas em BRANCO,
tantos SUORES a derramar,
e BEIJOS, calados.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::