::.Leve.::

[Esse que SOU]

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[EU sou o que você não pode VER]

28 de fev. de 2011

MEIO-FRIO

Há um meio FIO
um rio CORRENDO ao contrário
o ERÁRIO que me acode
em COISAS difusas,
usa-me.
Tudo tão meio-FRIO...
A utopia da VIA aérea
já não me HABITA
não há VIDA além das
ESTEREOREVERSORAS
e vazias ALEGRIAS,
não há FREIOS
e o FEIO belo e gentil
lá fora CHORA a ida da sua
AGONIA.

27 de fev. de 2011

POESIA

Poesia não TEM nome
nem sinônimos
nem ORGULHOS.
Poesia é VERSO que não
se EXPLICA
é vida
ENVOLVIDA em dor
e diamantes de querer
BEM.




SÚDITO DE SI

De PERTO
um homem denso
bedel de COISAS sem significados
árduo em TUDO que diz
no que finge
um ASTRO, cinematográfico.
AO longe
reles
RESISTENTE às dores
e DEVERAS intenso
frágil feito ROCHA que se assopra
com o VENTO
para em séculos esculpir
SENSAÇÕES.
Era eu,
diverso ATÉ na própria opção
de SER,
súdito de si.

ERA SEGUIR

Via de LONGE
uma gente TODA interessada
em ser,
TER em mãos os modos
do outro,
UM dominar de dias
e FRASES.
Era TRISTE e estranho
gente SOLTA
sórdida
ordinária MESMO.
Foram dias
DÚVIDAS,
meses
MAUS bocados
e ATÉ anos vividos assim,
na LAMÚRIA da eternidade
que nunca acabou:
Era simples e ÓBVIO
que viver nos planos que criei
SERIA, somente seguir
sem DORES
e sem amores.

RESPALDO

Se você tem MEDO, mude.
Se tem SEDE sugue.
Se não quer sofrer
não VIVA...
A vida é de extremos,
ao menos ouse.

26 de fev. de 2011

DITO E FEITO

Na minha opiniao existem dois tipos de pessoas:

As que buscam prazer
e as que FOGEM desse contágio.

O resto é pura semelhança.

ESPERA

Se você não deixa NADA te acontecer.
Nada vai ACONTECER, de fato.



(Lição de FEVEREIRO)

CAIBO

Não paro.
Caio em MIM
e calo.
Arrasto correntes pelos CORREDORES
e caibo bem
nas IMENSIDÕES desabitadas
de ONTEM,
passei.
ABRASO o frio
e CAUDALOSAMENTE me afeiçoo
ao DESERTOS,
deságuo risos e
CHORO entre vestes e
verdades escondidas.

23 de fev. de 2011

POR ASSIM DIZER

É esquisita a diferença
entre o QUE sinto
o que DIGO
e o que FAÇO.
Passo tempo demais cozendo
sensações indizíveis
e CONSTRUINDO versos
sem nem DOER a vida
nas mãos.




22 de fev. de 2011

DISTORÇÕES

Paixões se CONSTROEM com olhares
e INTERESSES.
Amores, caso EXISTISSEM
seriam construídos com
CEGUEIRAS e incertezas do
amanhã.

SER FELIZ

Enquanto ARRISCO uns versos tortos
no ROSTO se fazem sorrisos
bobos,
DESSES de nos prover
as HORAS com centenas de
luzinhas entranhadas na
BOCA.
Ser FELIZ é entender
as impossibilidades.

20 de fev. de 2011

RETRATO CONSTANTE

Enquanto eu colecionava MANHÃS e mornas
ideologias
a GUERRA se fazia no peito.
Meu jeito TORTO de ser alegre-triste
assusta,
ABUSA da vontade de sorrir
e chora.
Decora os OLHOS c'um vermelho leve
numa LIBERDADE insana
de querer e COMPROMETER lamentos.

REQUIÉM

Acima, no ASFALTO
os rastros deixados
PASSOS idos.
É a vida que SEGUE
não há requiém
nem NADA.

FARTO

Caso SEJA simples partir,
vá.
Aqui, as MUDANÇAS são tênues
resultados é que são DEVASTADORES.
O RESTO que não se reconhece
o LESTE obscurecido ao norte
a SORTE cedida.
A vida NÃO nos premia
com felicidade,
mas nos ENSINA
a não cometer enganos.
Os PLANOS não existem mais,
apenas o CAIS ainda
me aguarda.

19 de fev. de 2011

DESSENSIBILIZADO

Me despeço das dúvidas
DESFAÇO as casas abertas
FECHO contatos
contos.
Eu já não sou AQUELE menino de amores
vadios
SABORES vazios
saberes.
CRESCI
caí em mim em tempo de prover
os DIAS de mais valores.
De AGORA em frente
não há MAIS tempo a sentir
SAUDADES.





17 de fev. de 2011

REFAÇO

Não quero saber de PRAZOS,
mas de pausas.
Não às POESIAS,
vinde as prosas.

QUALQUER COISA

Qualquer coisas que me FAÇA ver
coisas que façam CRER.
Ter verdades nas MÃOS e mentir.
Qualquer QUE sejam as palavras
NEGAR
qualquer que SEJA o teu estilo
ACEITAR
QUALQUER que seja o teu caminho
SEGUIR
qualquer que seja o TEU carinho
sentir.

É ASSIM MESMO

O que antes era CERTO agora é passado. Os RASTROS eu já não deixo mais.

15 de fev. de 2011

SUPOSTO

A diferença entre os MEDOS
e as mudanças
são os enleios.

ME PEGA

Me PEGA nas mãos
e me pinta em SEU rosto
me pega em seu DEDOS
e chega cedo em casa.
Espera na PORTA
acorda mais TARDE
e arde em meu calor.
Me pega de JEITO
e no peito me acaricia,
me alicia nos sonhos
e, pronto
eu SOU teu.

CRÍTICA

Não considero a ARROGÂNCIA um defeito,
mas SIM
uma DEFESA aos humildes
de ocasião.

14 de fev. de 2011

CONTÉM AQUI

Eu não saberia CONHECER melhor o mundo
não FOSSE essa ausência de coisas
na ALMA
que me FAZ querer ilusões
e PEQUENOS erros em meu
CAMINHO.
Sou feito de FESTAS e frustrações.

INCONTIDO

Expresso os ritmos do peito
LEIO jornais com notícias
ESTRANHAS amiúde, vazias.
Risco a parede DO quarto com
teu ROSTO
rasgo FOTOS e fantasias de
carnavais.
Minha carne sucumbe à tua
AUSÊNCIA
Lentamente os livros se
apagam da memória,
e já é HORA de cair no mundo.
Lá no fundo
eu NUNCA quis ser
cínico, mas o único JEITO de
viver é ser
ALGOZ.

12 de fev. de 2011

FINAL FELIZ

E se eu disser que está tudo certo
não ESTAREI mentindo.
Afinal, tudo acaba bem
mesmo quando DÁ errado.

DOR²

Quente.
Há um calor VIOLENTO que me intenta
no assento da DOR sangrenta
me ausenta a carne,
arde.
Vai longe esse MALTRATO
que é um CASO de morrer
em vida,
desfazendo-se em água.
Deixo CLARO
os RASTROS de agora
são FALSOS sons que ouço
nos vãos da JANELA.
Eu já não caminho
apenas DESLIZO em riste,
no risco de continuar vivendo.

10 de fev. de 2011

IN-FELICIDADE

FELICIDADE
é uma equação inacessível
numa MATEMÁTICA confusa
e desconhecida.
Na lida que SEGUIMOS
ainda CONTINUAMOS a viver
do SOBEJO daquilo que
já deixou de SER.

8 de fev. de 2011

APREÇOS

Aos que APRECIAM a vida,
o riso.
Aos que apreciam MITOS,
mentira.
AOS que apreciam DOR,
dormência.
Aos que apreciam AMAR,
valor.

6 de fev. de 2011

POR FIM

Depois que pisaram em minhas
FLORES
eu não soube mais cultivar
JARDINS.




CERTEZAS

A leveza que perdura
PESA
a REZA que se entrega
excede ao vento
TENTO, mas não administro.
Ao revés os PÉS acertam
não SEGUEM ao certo
empresto meus RECESSOS
apresso.
A DEFESA que não presta
RESTA a nós entender
o MESMO relógio que não atesta as HORAS
põe-se a CORRIGIR as dobras
os DRIBLES, décimos de amor guardados.
A CERTEZA que não essa
CESSA
porque de MENTIRAS
eu já vivi muitas ETERNIDADES
e se ardes em calor intenso
eu PENSO:
Será que dá prá sentir?

DUO

Tudo a SÓS é um nó
sem resultados
sem ÁRDUOS abraços
sem casos.
Tudo, só é quando é um DUO.

5 de fev. de 2011

CARTA DESENDEREÇADA

Eu sou RARO.
Caso não acredite, me LEIA
me aprenda não em VERSOS
e verbos DISSONANTES, mas
mais adiante ESTOU decifrado
nas palavras CALADAS, nas casas abandonadas, nos peitos aguerridos, rindo.
Eu vivo SONHANDO, talvez desacordado mesmo, mas vivo.
Eu CRIO sabores, soletro apenas os VÃOS que abdico, eu fico aqui te esperando, esperando.
No frio que VIVO num calor intenso
eu PENSO se me lês...
se vês para ALÉM dos casulos, dos muros que ergui, mudo.
Entendo tudo quando NADA faz sentido.
Sei que nada DISSO será lido
e também nunca TEREI o teu aval,
mas qual seria a minha ARTE, senão decantar em tormentas
as prendas que te OFERECI?

RETRATOS FALADOS

Retratos falados
DEIXADOS na parede
recados COLADOS
na GELADEIRA
e na geleira dos copos
de VINHO tomados
teu RASO sorriso.
Marcas de um BATOM desconhecido,
talvez seus IDOS
meus FLUÍDOS,
tudo faz TANTA falta.
A causa da distância
é a ÂNSIA no estômago
a pausa dos PREDICADOS
são os desejos,
VÍCIOS e verdades
que ARDEM na tolerância
de não se SABER onde vai,
mas sai de CASA
fecha as PORTAS
atravessa a RUA torta
e tomba,
se deixa CAIR no elevar
dos ACASOS.

ESSE VOLTA

É um não sei QUÊ
de saudade
um ritmo INCONTIDO nas vistas
em olhos embaçados,
rasos d'água.
É um tal de LEMBRAR
ludibriar as ridículas CARTAS
rasgadas no CANTO da alma.
O que acaba
não VALE chorar
LEMBRAR só do que há de
se entregar.

HISTÓRIA

Uma história
dessas de SE contar em silêncio
UMA história fraudada
FECHADA na porta de entrada
história de se CONDENAR.
Uma história DEPRAVADA
desprovida
despreparada
ATADA ao não ter
não viver
nada SER.
Uma história COMO tantas
prá contar
CANTAR
e cuspir.
Uma história de se ENGANAR.

QUANDO

Sonhando LUGARES
um luar SONOLENTO
um vento de BRISA
um riso.

4 de fev. de 2011

TAL

Farto das FACILIDADES tímidas.
Brigas, as vezes fazem bem,
como o BEM, no excesso do improviso
causa o mal.

NÃO EU

Rimas já não significam VERSOS
não remendam ÓCIOS
nem me cobram VERBOS de ação.
É um estado calamitoso
esse de SENTIR-se, enfim
no FRIO.
Faço obras no PEITO
farto-me de FRASES feitas
enfrento o resto.
Não aguento mais as HORAS incômodas
não suspeito MAIS
não verto DOR em solução.
Eu já não SOU eu.

2 de fev. de 2011

ERÒ

Por vezes, a voz não diz nada e é preciso SER mais silêncio.

AGITA

Tô fazendo o meu melhor,
agora agita,
VIDA,
agita a minha vinda.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::