::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

30 de jun. de 2011

MAIS ALÉM


E SONHAR
e sonhar
e sonhar.

A gente SENTE tanto, e as vezes nada duvida da crença de ir.
SEGUE
secos de VAZIO a dentro
surdos
na CEGUEIRA de ouvidos mudos.


E servir
e SERVIR
e servir.

A GENTE tenta caber nas calças que mal nos veste
TENTA verter a água que no cais se perde
tenta LEMBRAR
de esquecer a desesperança.


E PERDER
e perder
e perder.

Por SER exato
imerso
PROPENSO ao medo,
modificados.

PACHORRENTO


Ao LONGE deixei ir as futuras alegrias
e comendas.
Era de se ESPERAR que eu fracassasse
na ARTE de produzir futuros,
se do PRESENTE eu nem sei.
Passei a noite REVENDO os verbos derradeiros
os VERSOS escassos e pachorrentos
os LAMENTOS.


Não HOMEM resoluto
não ÉBRIO
cego e somente.


E se por VENTURA eu puder cultivar saudade
que SEJA ao menos
do que não FUI.

29 de jun. de 2011

ESSAS


Esse SABOR desmedido
essa cor DESCABIDA de querer ir além
esse BEM no meu ouvido.


ESSAS flores
seus ODORES me seguindo
seus GESTOS.


Esse calor me ASSUMINDO
essa tua silhueta vindo
tua CARA e clarividência.


Esse mundo se PARTINDO em nós
esses NÓS que entrelaçam em tua
CARNE, teu charme.


Essa TUA voz
a sós COMIGO.

28 de jun. de 2011

DE LIÇÃO

Na controvérsia do que SOU,
admito um certo prazer dissonante
pela BELEZA que me restou
nesse caminho.
Não fui TANGENTE
nem predicado por onde estive,
mas de LIÇÃO me sobra muito.





I MISS YOU

Eu não SABIA ser em mim
uma parte geradora,
mas sim o CONSUMO
o excesso do GOZO
eu sempre fui o outro.
Me contive como em REPRESA
me prendi em ABRAÇOS vãos
por MEDO e vontade,
numa arte de SOFRER e ceder
ao amor.

Agora POVÔO minhas horas
com SONS de flauta e floresta
deixo a ERMO as festas feitas
com OLHARES
saio POR entre luzes
lamentos e soslaios a CAMINHAR
à espera.





27 de jun. de 2011

E HAVERÁ POESIA APÓS PESSOA?

As vezes me pergunto se a POESIA existiu antes de Pessoa, ou as pessoas apenas prenunciavam de maneira FRÍGIDA aquilo que seria mais tarde, o cume do calor e coisa alguma nas mãos e NEURÔNIOS daquele fustigado senhor português de CARAS, bocas e personalidades instintivas.
Depois dele, não se OUSOU conter em vestígios o que em VERSOS não seria mais dito.
E todos nós, modernos mudamos as CATARSES, os contatos e leituras pelas palavras ditas por ele, e por assim dizer, também por ele caladas.
Esquecimento, uma palavra tão ASSEMELHADA com suas nuances, que até mesmo sendo inesquecível em tantos ANOS, a gente nunca lembra de perdê-lo nas memórias vãs do que reside entre o ÓCIO e o verbo.
Eu que nunca soube ESCREVER, também me contive em dizer COISAS por aqui.
Não que a ignorância me seja CURSIVA, a ponto de eu forjar meandros desse que fingidor
negava a própria ordem de dor e dormência. Não seria eu tão capaz assim.
Apenas é certo que SUPOR incertezas é o único papel que se encaixa em minha pobre LEITURA admoestadora que é, do que se leva das folhas em branco no desassossego.
Por hora, me BASTA saber que a palavra serve somente para CONFUNDIR.
Explicação é COISA que só o silêncio pode enunciar.

ENTREATO

Do lado de DENTRO da coxia
te espio.
ESPREITO a tua espera
pela minha CHEGADA.
CHEGO perto
me adormeço em PRÉSTIMOS
te empresto o MEU
abstrato SILÊNCIO
descarto os ASTROS
e cartas.

Entro em CENA
enceno o CERTO
peço a tua MÃO
e te engano com FATOS.
Dou-te a VERDADE para viveres
e VASCULHO em tuas mentiras
um TRAÇO que me sirva
de PARTE.

Num IMPROVISO sem arte
colo em tua BOCA o meu
sorriso
e APAGO da memória
os teus MOTIVOS de estar
aqui.

DESCONEXO


Prefiro o DESCONTROLE dos ataques ferozes
duma GUERRA sem fim
do que o DESCONSERTO d'um quarto vazio.
Antes o DESCONEXO
que o desencontro.
ACEITO o desconforto
nunca o desencargo.

26 de jun. de 2011

AO MEU AMOR

Por assim dizer: Eu descobri que AMAVA, quando na simplicidade dos gestos, a gente se entendia (entende). E não preciso de demasiadas demonstrações para dormir tranquilo. A minha (nossa) PAZ reside na incerteza de que futuro é verdadeiro, porque é agora que me (te) presenteio.

CONVITE


‎"Por que você não me visita? Aqui tem sons, poesia, pormenores alegres e EU".

E só aí eu lembro,
que ESQUECER
é o mesmo que ter te perdido.
Lá no não sei onde
nas PROFUNDEZAS
do nunca vi.
E como numa ALEGRIA de rebanho
eu me PUS a suprir a geladeira
de SORVETES e sinuosas lembranças que guardei.
Verti as lágrimas em LINDOS luares
liguei as LUZES
listei FUTUROS
previ.

Não quis RELEMBRAR as tuas vestes de inverno
como numa REPRISE de novela.
E quando TU chegaste
eu sabia que ERA a nossa última vez juntos,
porque em MINHA matemática
a soma só se permite
quando dois NÚMEROS desejam
ser APENAS um.
Uma matemática muda
de MOVER céus e lençóis nos abraços calados
das manhãs de DOMINGO.

Você e EU rindo
das amarguras que vivem do outro lado da rua
eu e VOCÊ seguindo
subindo LADEIRAS de querer
e descendo na incandescência
dos dentes por ENTRE a pele um do outro.

AUTO-RETRATO 2

Só entendi o SIGNIFICADO de maturidade, quando não precisei mais bater junto com um coração alheio. Fui seguindo, fui sanando meus DEFEITOS e duvidando da perfeição. Assim, nos ERROS eu cri numa ordem inversa de SOLIDÃO.

ENTRETANTO

Entretanto,
não FOI difícil dizer adeus.
Aos meus AMORES antigos
e AMIGOS perdidos no tempo
eu DEIXEI partes dos olhos
amarelecidos pelas FOTOS abandonadas
no QUARTO.
Aos AMORES futuros
eu deixo PUROS abraços
ATRASOS no relógio do beijo
o EIXO da boca firmado
no LADO do rosto.

25 de jun. de 2011

DRAMA 1º ATO

Meus SORRISOS largados a ermo
pelos CANTOS casa
são ESTRAGOS que a vida
deixou em MIM.

DESTERRO

Eu não SEI mais o que dizer,
se DIGO coisas sem sentir
e SINTO tanto o que não posso propor
em PALAVRAS vãs.
Foi na DISTÂNCIA que guardei entre
teus DEDOS e meu ABRAÇO
que RESIDE a onipresença
dos meus APELOS.

Não, não VOLTE.

24 de jun. de 2011

PUNGENTE

Enquanto as LÁGRIMAS se escondem
no DETRÁS dos olhos,
o SORRISO se faz pungente
por sobre o GOSTO amargo do
prazer DERRAMADO em teu corpo.
GOZO e algazarra já não
frequentam o MESMO instante
em minha CARNE.

23 de jun. de 2011

TENHO MEDO

Há um VAZIO esgueirando-se na minha cadência
soluçando SILENCIOSAMENTE pelos cantos
me FAZENDO sentir o FRIO que reside no ANTE-amor
na ANTI-cor dos olhos de quem não pertence
ao meu HORIZONTE.
Se me PERGUNTO, por que?
A resposta ÓBVIA não se compõe em palavras,
mas em VISÕES de dor e dormência
que nunca TIVE, mas tenho medo.

TRECHOS

Esperando
estirado na estrada
escutando o VASTO som da batalha
sonhando sem sentir
esculpindo o findar
indo.

ANTES

O que antes ERA certeza
hoje é SERTÃO,
seco e sozinho,
um NINHO vazio,
e tanto querer BEM aprisionado
no CANTO do pássaro que
FUI.

22 de jun. de 2011

DESGOSTOS

No entorno das HORAS
as glórias de uma vida sem PERIGOS
se PERDE.
Cede aos CAPRICHOS do querer
e foge.
A vida se esvai em nossas mãos
e morre, sem que percebamos se quer
que VIVEMOS.
Por isso mesmo os FILMES ante a morte
sempre SUCEDEM imagens que nunca
vivemos.
É disso que tenho MEDO:

Da morte que não pede licença
e da SORTE que nos engana a contento
do agora.

AQUI, ALI, EM QUALQUER LUGAR

Aqui,
TUDO é superlativo
e ABSOLUTO.

21 de jun. de 2011

NOVEAU

Coração pairado
no árduo sorriso que estiro
em sua boca,
quente-fria,
calma e forte.
Eram nossas bocas na pintura
que emolduravam as alegrias alheias,
em muros pichados,
em arte noveau.

TELA BRANCA

Na janela,
me perco na tela branca do sem fim
e sonho sentindo o frio
fantasiar carícias em sua pele.

NÓS

É na minha DESCOMPOSTURA

que habita o teu calor, fugídeo.

Calor que não te PERTENCE,

embora viva em teu corpo,

nos meus olhos.

CALOR que me abusa a pele

as pontas dos DEDOS,

e eu LAMBUZADO de teu cheiro

CHORO a presença que é pouca

ainda que CONTÍNUA.

Era de VOCÊ ser em mim a carne,

que eu seria o PRAZER,

nós em partes públicas de passar as mãos

e PULSAR, pulsar.

MANCHADO

Estou MANCHADO dessa saudade
que me OBSCURECE


CRESCE em mim como inverno,
se SERVE do meu calor
das MINHAS mãos
meus APELOS.

20 de jun. de 2011

CO-IRMÃOS

PRAZER e decepção são co-irmãos.
Pesam na alma como PESAM corpos e silêncio.

19 de jun. de 2011

DELÍRIO

Odeio dogmas,
mentiras e onipresenças.
As pessoas acham que tem resposta prá tudo,
mas se esquecem
que o ser humano,
justamente por se humanizar,
perdeu a finitude
daquilo que é mensurável.
Somos amplos demais para nós mesmos.

NO COMENT

E resta aos que AMAM enganar a inexorável dor.

FRASE DO DIA

Paraíso
é qualquer LUGAR
que eu possa me perder
de vez em quando.

TE SINTO

TE sinto em saudade
como NUM desses cortes
que não CURAM
e a GENTE se apega
a DOR.
É como FRIO que corta
e acaricia
uma DOR latente que alicia
alumia os OLHOS
e massacra a alma.
Na LEMBRANÇA te guardo
na BOCA te aconselho
nas HORAS acerto o desespero de tua ida.

18 de jun. de 2011

MAIS CEDO

Enquanto LÁ fora
nossas mãos se davam num
ABRAÇO intenso,
aqui dentro
MEU corpo saudava seu sorriso
num CALOR imenso.

AQUI JAZ

POESIA rara se faz no lamento incerto
do que é certo ao coração.
PROBLEMA de quem acha que sabe
tudo
é PERDER nessa sabedoria
achando que ENCONTROU o caminho.
Aqui JAZ aquele que para saber tudo
precisou esquecer BOA parte da
sabedoria que TINHA,
e na ignorância PÔDE, enfim
lançar-se sem redomas,
sem REMENDOS nem versos.

17 de jun. de 2011

DEGREDO

Tem uma música que eu guardo
SEMPRE no silêncio.
Uma música de CHUVA nos olhos
música de mágoa.
A essa música dei o nome
de DEGREDO.





PRESENÇA

Tudo que SEI
se confunde com minhas dúvidas.
As RUBRAS palavras ditas no ouvido
eu LIDO bem,
deixo-as BURLAR minhas mágoas
moro-as em MIM.
É um UNIVERSO que sei
longe
e MEÇO a tua presença em cartas,
CORDÉIS e contos cantados.
Se não te PEÇO que voltes
é só porque o REGRESSO
é retroceder
REVER uma vida que segue.
SE tu VOLTAS, a gente se perde
na IDA.

16 de jun. de 2011

POR ASSIM DIZER

A arte é REDENTORA
da morte
MENTIRAS
e mazelas.

SOU EU

SOU só um refrão
REFLEXO do vão.
Uma música em FALSO
um passo destemido
um IDO.

15 de jun. de 2011

POR VEZES

As vezes a VONTADE que tenho
é beber o mundo
esvaziar o CHÃO
tornar-me cheio de mudanças e MUNDANAS
alegrias.
Outrora,
a HORA de partida me atrasa
e eu quero DEGLUTIR a pressa
aprisionar os MEDOS
medir os PASSOS
passear em teus ABRAÇOS.
Mas, não é possível me APROXIMAR,
porque eu SIGO
eu subo COLINAS
saio do SÉRIO
fujo da SECA, nesse meu sertão sentido.
As VEZES visito a vida
noutras vezes, a ESPIO
longe
LINDA
lamentavelmente BOA.

14 de jun. de 2011

DESENTENDO

Não sei SE só
e tão SOMENTE
eu tenho ficado VELHO rápido demais
ou, se o COMPONENTE desacerto
tem acelerado as coisas.
TENHO a sensação que
perder o CONTROLE
é o máximo de SUBVERSÃO
que ASSOMO em meus não-limites,
enquanto que ONTEM
a minha arte RESIDIA
na fuga,
no DESENCONTRO.
Eu já desentendo TUDO isso.

13 de jun. de 2011

ANALOGIAS

É muita coragem de SER
o que se é
na carnificina autofágica
de viver sem o tesão necessário.
Somos todos um bando
de desenbestados na vida,
sem nem entender
a falta de significados
do acordar diário.
A vida tem rimado muito
com desmantelo.

12 de jun. de 2011

QUESTÃO DE TER

TENHO saudade dos planos
que DESFIZ
das contas que
REFIZ
SAUDADE dos beijos.

Eu tenho CARTAS na manga
tantas PLANTAS e nenhuma flor.

Eu tenho VERSOS indiscretos
verbos INCORRETOS
tenho sérios ENREDOS.

Tenho MEDO
tenho PREÇOS,
mas esqueço que TENHO-os.

11 de jun. de 2011

LIVRE

Livre e SINCERO
leve
pouco LÚCIDO
nada ETÉREO.
é um LIVRO aberto esse
de viver os DIAS
duvidando das HORAS
domesticando o silêncio
destinado.
Ao LADO do abraço
eu DESGOSTO da distância
e APROVO a diferença,
lenta
DESSAS que a gente vê quando
já é tarde
está dentro.

DO AMOR

E que se diga sempre COM calor:


Amo você bem quente,
bem longe.
Te amo nos arredores
dos OLHOS
e na distância do teu CHEIRO.

DIA DOS NAMORADOS

Eu teria POUCO a dizer
se não FOSSE essa luta interna
entre merecer e MORTIFICAR-se pelas certezas
que carreguei.
São nos LAÇOS desfeitos
de ontem,
que eu CONDENEI o meu amanhã
à IRREMEDIÁVEL felicidade
que me persegue
e TECE olhares e sorrisos
suados.

10 de jun. de 2011

DEIXO-ME IR

No VEIO raro desse acaso que nos une
o LUME dos seus olhos
me ACESSA os pensamentos,
que LENTOS me alteram as rotas
e QUEREM me acompanhar.
Deixo-me IR em braços que
desconheço,
cresço.

9 de jun. de 2011

ME DESPINDO


Ser CANALHA nunca foi um truque ou disfarce.
Sempre foi a VERDADE crua.
Beijar as BOCAS e guardar mentiras entre os dentes
sonhar AMORES e viver em busca de aventuras.
A duras penas verti o que era canalhice
em RAZÃO,
tornei-me PRÁTICO
fatidicamente HUMANO
inconsequentemente VERDADEIRO.
Fui perdendo o tom
o TINO
me tingindo de clareza
e a obscuridade daquilo que era dito
ao pé do OUVIDO, calou-se.
E, enfim tornei-me CEGO,
na certeza que o certo
é sempre INDIGESTO para os que gostam
da DESORDEM.

In PERFEITO

Imperfeito,
introjetado no LAÇO aberto,
um NÓ de amarras fortes.
INSUSPEITO,
no leito que CHORA
re-decora as lágrimas com
sorrisos e LAMENTOS bobos,
um louco.
Insatisfeito,
revendo as CONTAS nunca pagas
no peito
rola na CAMA sozinho
um NINHO absoluto de
dor.

Na cor que a CHUVA lá fora mostra
a ALMA indolor se perde
em inúmeras mentiras de PORVIR
e viver bem.
Se BEM que a verdade crepita
nas BOCAS como em troca
se DEIXA o copo pro deleite.

8 de jun. de 2011

VIDA

E eu espalhando VIDA em litros de luz
e ilusões
DEIXANDO a ermo os riscos de uma cor
comum
e COBRINDO com giz o sol no chão
rasgado de SAUDADES.
A minha carne se converte em
colisão quando a TUA pele se agita
em minhas MÃOS.

TUDO

Tudo em mim é SAUDADE
se em você é despedida.

TUDO em mim é parada
se em VOCÊ há partida.

Tudo em MIM é desordem
se EM você é avenida.

Tudo em mim é PARTE
SE em você eu sou medida.

CIO

Olhando teu RECORTE nu
na CAMA
me PERCO em te querer
e te PROVER d'uma alegria
que me HABITA nas noites de frio.
No CIO
a gente se ESQUECE de se saber
da vida
e SAI em disparada energia
a CONSUMIR os cheiros
as HORAS
as bocas TODAS vermelhas
em ETERNA elegia.
Ah, seu eu PUDESSE
conter esse meu APELO...

A vida seria tão menos AZUL que agora.

Embora eu queira o teu tom moreno
em mim,
eu deixo ENFIM a minha noite
morrer nos lençóis BRANCOS que nos
encobrem as DESVENTURAS
cruas de CARNE e carne somadas
formando um RIO
de gostos,
GASTANDO-nos
só no AFAGO dos dentes.

CORAÇÃO DOIDO

Quando meu CORAÇÃO quer
não pensa
não RESERVA paciência
tenta tudo o que quiser
e se DEBATE
e no front em COMBATE
arde
se deleita na própria dor.

7 de jun. de 2011

DESORIENTO

Tua casa
teus AFETOS
teus inteiros.
Em mim METADES,
em mim tu ardes.
Te desoriento.

6 de jun. de 2011

TAREFA

É uma TAREFA difícil ser o cara chato.
Mas, me recompenso sendo único.
A igualdade me incomoda.

5 de jun. de 2011

AUTO RETRATO

Eu SOU em parte
sexo
Um pouco de amor
e de sombras que me
assombram as VEZES.
Eu sou de experiências e buscas
olhares, à CORES
e sou diversão.
No mais de MIM
eu me deixo MARCAR pelo
ESPELHO.

PRÁ NÃO VOLTAR





Não me ESPERE
que distância FERE feito
dor
RÓI
destrói o nó,
nos deixa SÓ.

MAL DE MIM

Estou de mal de mim.
Co-existindo com minhas FANTASIAS
e reiterando meus ALENTOS.
Não acredito mais num PEITO que me engana
não CORTO mais os dedos em pactos comigo
não CORRO dos medos
nem BRIGO nas alegrias.
Estamos silenciando aos POUCOS os nossos
PAPOS
caindo na escuridão da DISTÂNCIA
em nossa cama,
estamos a SÓS, dividindo saudade
e saindo de NÓS,
finalmente conscientes.

4 de jun. de 2011

TIVE MEDO

Tive medo das HORAS de desconfiança
no relógio
medo dos NEGÓCIOS darem errado,
MEDO dos pecados.
Tive medo das ANGÚSTIAS
medo das balbúrdias
dos DESENCONTROS e desemaparos.
TIVE medo dos assaltos
medo das ESPERAS
das feras que habitam em mim.

No fim de TUDO eu tive medo da vida,
que finda no SONO e recomeça
na queda.

3 de jun. de 2011

TRANSA

Risos noturnos
ROSTOS enrubecidos,
ritos de amor e CONFISSÃO.
A gente se entendendo em corpos nús,
e a noite ESCONDENDO os meus medos.
Tua pele se abrindo
pro meu ABRAÇO,
teu ABRIGO me recebendo
infinito,
teu ACASO.
Meus LAÇOS te contorcendo em vestes,
na tua FESTA de soluços e arrepios
num GOZO imenso
em meu MAR de alegria
já não penso.

NUMA NOITE DESSAS

Foi numa NOITE fria
que tua pele quente
se rendeu à minha.

NUMA noite densa
que tua CALMA se perdeu
em minha aura tensa.

FOI numa noite dessas
que tua boca
me beijou às pressas.

Numa noite longe
que me TORNEI
seu homem.





Ao meu amor...

RECEITA DO DIA

Você quer FELICIDADE?
Então compre sorrisos,
venda saudades
e alugue um peito vazio.
O resto é só diversão.

DESENCANA

Ouça:

Já não dá prá esperar você chegar
nem ficar CALMINHO sonhando um amanhã que não chega.
Chega!

Chega mais PERTO
desencana
caia na minha CAMA
diz que me AMA (minta)
diz que QUER (tenha fé)
que o agora é nosso futuro.

1 de jun. de 2011

NÃO

Não caibo nos TEUS versos,
mas me ACOMODO em teu silêncio regresso,
teu GESTO.
Não SEI das tuas fugas,
mas JURO que te aceito, incerto
perto-LONGE
onde queiras CHEGAR.
Não somo em TUAS faltas,
altas noites
VINHOS alados,
fados cantados em mim, menor.
Não AMO,
mas atesto o afeto.

METADES

TALVEZ
sejamos um em busca do outro
que não SOMOS
nem temos.
PLANOS tortos
de dois pela METADE,
sabe?

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::