::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

30 de abr. de 2011

MAIO

Amor é coisa de colher saudade e saborear suas vestes.

DE CASA

Hoje eu saí de CASA
saí de MIM
surgi no caos da ESCURIDÃO
sorri sozinho
SUBI escadas, enfim senti.

29 de abr. de 2011

ERA UMA VEZ O AMOR

Era uma vez o amor.
Talhado a FERRO e fogo no corredor dos quereres
e se TINGIU de vermelho para fugir
do fogo.
Besta que era o amor,
pois se do fogo nascem os amantes.
Era uma VEZ um bobo
que na CARNE do outro se esfregava
entregava seu cheiro como em matinês se entregam
alegrias tolas às crianças que correm
e caem e choram de GOSTAR tanto.
Ser feliz sempre foi uma coisa infante.
Era uma vez, os DOIS.
Era domigo e já era de tarde, dessas que ardem a pele
de CALOR e frio.
Estavam eles,
lúcidos e decididos, coisa paradoxal e perfeita,
entretidos apenas pelo gosto que da BOCA do outro
sorvia.
O que se via era vida nascendo ali.
E a família estava completa:
Eu, Você e o Amor,
a gente, agora um só narrando o tempo que deixou de passar
em nossa frente.





Blá Blá Blá

Blá Blá Blá

Dizem que eu falo muito?
Eu falo muito?
Não, não, eu não falo muito não.
É que eu odeio atalhar as coisas, torná-las sombriamente simples e sem criatividade.
Eu nasci prá adorar me perder em conversas fiadas, dessas de nunca mais se acabar.
Por isso me fiz Psicólogo, não para falar,
mas para pelo menos agora, 26 anos depois de tanta falácia,
eu pudesse deixar o mundo "trovejar" seus dizeres,
deixar essa gente toda gritar e chorar e contar suas mentiras e façanhas.

Já não me importo mais em ser tachado de linguarudo.
Nunca gostei de segredos, por isso, no exercício de viver tentei sempre manter-se claro.
Digo mesmo e digo tudo, sem vergonha
sem assombros.
Nunca fui um bom garoto, mas de todo o mau também não fui.
Acho que na dosagem perfeita entre o bem, o mal e o que é certo prá mim,
vivi em medidas certeiras.

Há quem diga que não suporta ficar perto em mim,
porque é um monólogo sem graça me entender e supor realidade,
se no meu mundo o cinema é mudo e eu que o comento,
se as músicas são todas silenciosas, porque são minhas poesias
que se aglomeram em Dós e Lá maior.
Mas, e daí?
Isso é fruto da minha convicção de que a vida só é vida
se for VESTIDA de quereres, e eu quis o tempo todo.

E quem não gosta...
Bosta prá vocês, eu já cansei de tentar e tentar fazer a gente toda do mundo
me gostar.
E quem me GOSTA?
Pode apostar que gosto.





28 de abr. de 2011

A VIDA COMO ELA É

A vida VISTA desse lado
parece tão SIMPLES,
quase nem DÓI,
insípida
sem SENTIR.
A vida do LADO de cá
é FORTE,
as vezes fria,
mas nos DEIXA sempre
com dores nos braços
de TANTO carregar problemas
e PROMESSAS.
Nos olhos,
um ACORDO
e na BOCA os beijos todos
deixados no BATENTE.

AO AMOR SENTIDO

Abordo das minhas intenções
fujo.
Ou melhor, ESCONDO-me de mim,
me despeço
me ACOLHO na distâncaia
denomino-me, FIM.

A certeza de PARIR o amor
é fazer nascer das mãos
a música,
único mistério dos meus
APELOS.

Parto-me
paro os carros na contramão,
contra mim.

CARTAS

Nas CARTAS,
deixo apenas o destino inscrito,
seus passos.
Que dos RELATOS,
apenas faço CERTAS as juras
de amor e menção de SONHOS,
meus RASTROS.

27 de abr. de 2011

O AMOR SOFRE

O amor SOFRE de mim
das minhas ALUSÕES carmim,
meus AFINCOS.
O AMOR que me acerta em cheio
sofre dos MEUS encontros,
dos DESCONTOS que peço,
dos contos que CALEI.
O amor sofre de mim
e das MINHAS esperas.

SEM RASTROS

Enquanto APRESSO o passo e desapareço na imensidão das horas
a FLAUTA cala o som e alma se desespera.
A fera que HABITA em meus instintos acelera o hábito
de QUERER afeto.
Desfaço as FRASES e fujo.
Figuro PASMO do lado de cá do asfalto,
sem rastros.

25 de abr. de 2011

ORAÇÃO

Não QUERO mais ver olhos sangrarem
nem ALMA pedir cama
ou CORPO, alento.
Cansei das DORES
das dormência e maus odores.
Não quero ARMAS
nem mortes.
Que a SORTE da gente seja
PROTEGER o outro
e no OUTRO viver.





AMAR É... Parte 1

AMAS
é perder-se na imensidão da FALTA
e sentir-se acompanhado
mesmo na SOLIDÃO latente.
Quem AMA não sente que ama,
mas emana ao MUNDO o calor
desconhecido das paixões.

VOCÊ E EU

Você me ESFREGA
me estraga
ME consola e
me ALIMENTA.
Entra e não quer mais sair,
VEM de dentro
e sai por fora de mim.
VOCÊ me afeta
me ACERTA e apressa
o gozo, enfim.
Você CARREGA
todos os MEUS medos
e os JOGA bem longe de mim.

24 de abr. de 2011

ONTEM

Eu TENHO medo de amar demais
e SOFRER no excesso dos abraços.
MEDO de acordar e perder
os mínimos TRAÇOS de memória que
me RESTAM.
Medo das HORAS que não passam,
mas nos ENVELHECEM,
medo do novo.
Quando é CEDO
eu quero tanto que ANOITEÇA
e nas noites, meu medo
é VIVER a espreita da tua
CHEGADA,
por isso eu SAIO
busco desconhecer de novo
o TEU caminho e me escapo.
ME farto de tanto te achar
e mesmo assim te ESQUEÇO,
longe
por ENTRE os desastres
no ANTES de agora,
ontem.

QUERERES

Eu quero DORMIR para sempre
e por ISSO mesmo
não dormir NUNCA mais.
Quero PÔR fogo na casa
e na BRASA entender que demorei
tanto prá fazer o essencial disso.
Quero um DIA ensolarado
e de INSOLAÇÃO padecer no
agosto que VEM.
Quero amar
o AMOR
e por ISSO mesmo
nunca me deixar enredar
por ELE.




FEAR OF THE DARK

E de repente a LUZ se acende
e rende todos que EMERGEM da escuridão.
No medo e NA doçura
a FUGA é sempre a melhor
opção.

23 de abr. de 2011

PARTE

1/4 de MIM se assusta com a tua ausência
e TODO o resto te procura
entre as ROUPAS suadas
nas ENTRADAS e saídas de casa
nas CAUSAS
entre os QUADROS.





22 de abr. de 2011

POR CERTO

Ao menos na dor
a GENTE reconhece as certezas que não temos
e no SILÊNCIO
há sempre o som daquilo que
não se SOUBE verter em verbos.

PERIGAS VER

Na TRISTEZA amarelecida dos seus olhos
eu VI um passado
de FARTAS mentiras e sorrisos
escandalizados em SETEMBRO.
Perigas VER em futuro próximo
um PRESENTE contido
uns BRINCOS atirados ao chão,
ALIANÇAS ameaçadas de despejo,
os BEIJOS afastados.
Já não EXISTEM escafandristas prá
te esquadrinhar a VIDA
nem as ÁGUAS previstas em
INVERNOS.
Então invento
a TUA chegada
a minha PRESENÇA
o ESCAPE.





21 de abr. de 2011

AFAGO

Arrasto minhas CORRENTES
por entre os dedos largos deixados ao léu
e nada DISSO contempla a vida como antes,
mesmo que ANTES nada fosse igual.
Deixo a DAMA de sal em seu castelo e saio a carregar
suores no calor GÉLIDO da distância em Abril.
O rio congelado do LADO de lá do mundo
me ABRIGA em grotas de nunca mais me encontrar.
Nas CASAMATAS descobertas entre o meu silêncio
e a TUA dor residem fartos desejos
e SORRISOS trancafiados sem saber porquê.
Nos GESTOS um abalo sísmico,
nos RESTOS de prazer a nossa herança,
nos LENÇOS apenas lágrimas secas de ontem,
nos VERBOS a doçura acalentada em desespero.
Um erro.

FLUXO

Seguem.
Assim como seguem águas, o dia segue e perde a sua cor na noite.
As ESTAÇÕES seguem, e o que era calor e luz torna-se frio e bruma, ainda
que leve.
As pessoas SEGUEM
e chegam aos seus destinos,
perdem-se nos CAMINHOS
choram em DESALINHO
sofrem, e seguem.
O cio deixa-se ir ao ENCONTRO do gozo
o vil CORRE ao encontro do torpe
o ninho ESPERA que cheguem novos pássaros
cantantes.
No fluxo INEXATO da promessa
essa é a minha CARTA de desconexas regras:

- Ir. Chegar é apenas mero detalhe.

MODO On

No percurso de ser gente
as vezes é tão DÍFICIL não ser personagem.

NA PALAVRA ANTIGA

Aconteceu,
era INDEFINDO em mim
tudo o que se PASSAVA
toda a forma de VIDA que
me enxergava,
mas EU via,
eu SABIA que era
isso, o DÚBIO.
Tudo podia SER igual e
diferente,
RENTE com minhas reclamações.
Tava CLARO,
pesado demais aos meus
OMBROS,
e eu ERA somente um pedaço,
faltoso que ERA com as minhas
lamentações.
Tudo era FRIO,
mas era QUENTE,
e o gelo que emanava do meu
CORPO maldizia a minha
VIVÊNCIA.
Era torpe,
cintilantemente FOSCO
eu era VISTO.
Do lado de CÁ é mais interessante,
(Eu mentia a MIM mesmo),
e quem PASSAVA queria ter a certeza,
e nunca TERIA.
Seria impossível ESTAR ao meu
LADO,
se de frente
EXISTIA o meu muro,
mas VOCÊ entrou.
Me fez teu,
me FEZ em pedaços,
me fez EM pó.
Agora que estás FELIZ
vá,
e DESONRE a tua palavra
FALSA em meu OUVIDO.
Cante que TE quero ouvir
os silvos FALSOS da
tua imoralidade SADIA
pros QUE querem somente
a carne VAZIA.





Texto extraído de antigos emails.





20 de abr. de 2011

ARRISCAR-SE

Riscos.
É tudo um risco imenso.
Estar em casa, no conforto das suas verdades e vontades
e ainda sim conviver com o MEDO e o assombro
da solidão, no RISCO da confissão de dor.
Sair e perder as CHAVES, sofrer de chuvas
infindas,
arriscar-se entre os CARROS, correr.
No CAOS da palavra, falar e ferir
fugir no SILÊNCIO e correr o risco do esquecimento,
deixar ecoar o VIÇO, então.
Mas, sem saber
correr o RISCO de fazer o outro sentir-te
em gozo.





RECLAMAÇÕES

Ouço tantas RECLAMAÇÕES das minhas tristezas,
que as VEZES chego a imaginar que Caio Fernando (o Abreu)
de alguma FORMA se apossou de mim.
É tanta crítica porque SUMI,
porque caí em DEVERAS desgraças de sofrer,
em DEVERES de nunca acabar na vida,
coisas de MORRER ainda que na trilha.
Há alguns dias eu RELI uma de suas crônicas que falavam bem da espera
de SETEMBRO, das nuances de uma vida mera e sem problemas,
dessas COISAS que a gente nunca teve,
mas acredita.
É como se Deus, deixasse sua onipresença,
e mesmo na sua inexistência haveria de existir uma presença
reconfortante.
E eu não acredito nessas coisas tão simples e salvas.

Certo dia, eu acordei já cansado, desmemoriado das DORES que me abateram
ontem, e fui viver o que no meu RELÓGIO era rotina.
Atraso na aula, ATRASO no trabalho, atraso nos sonhos.
Estava tudo pronto prá medir a DOR no travesseiro,
mas como de SÚBITO
eu cri que haveriam melhoras,
e dormi.
Ao acordar, a farsa da vida já me tinha levado a ausência
dos DEUSES, e mesmo assim eu continuava em descrer
daquilo que não me APARENTAVA sabores.

RECLAMAÇÕES

Ouço tantas RECLAMAÇÕES das minhas tristezas,
que as VEZES chego a imaginar que Caio Fernando (o Abreu)
de alguma FORMA se apossou de mim.
É tanta crítica porque SUMI,
porque caí em DEVERAS desgraças de sofrer,
em DEVERES de nunca acabar na vida,
coisas de MORRER ainda que na trilha.
Há alguns dias eu RELI uma de suas crônicas que falavam bem da espera
de SETEMBRO, das nuances de uma vida mera e sem problemas,
dessas COISAS que a gente nunca teve,
mas acredita.
É como se Deus, deixasse sua onipresença,
e mesmo na sua inexistência haveria de existir uma presença
reconfortante.
E eu não acredito nessas coisas tão simples e salvas.

Certo dia, eu acordei já cansado, desmemoriado das DORES que me abateram
ontem, e fui viver o que no meu RELÓGIO era rotina.
Atraso na aula, ATRASO no trabalho, atraso nos sonhos.
Estava tudo pronto prá medir a DOR no travesseiro,
mas como de SÚBITO
eu cri que haveriam melhoras,
e dormi.
Ao acordar, a farsa da vida já me tinha levado a ausência
dos DEUSES, e mesmo assim eu continuava em descrer
daquilo que não me APARENTAVA sabores.
Ouço tantas RECLAMAÇÕES das minhas tristezas,
que as VEZES chego a imaginar que Caio Fernando (o Abreu)
de alguma FORMA se apossou de mim.
É tanta crítica porque SUMI,
porque caí em DEVERAS desgraças de sofrer,
em DEVERES de nunca acabar na vida,
coisas de MORRER ainda que na trilha.
Há alguns dias eu RELI uma de suas crônicas que falavam bem da espera
de SETEMBRO, das nuances de uma vida mera e sem problemas,
dessas COISAS que a gente nunca teve,
mas acredita.
É como se Deus, deixasse sua onipresença,
e mesmo na sua inexistência haveria de existir uma presença
reconfortante.
E eu não acredito nessas coisas tão simples e salvas.

Certo dia, eu acordei já cansado, desmemoriado das DORES que me abateram
ontem, e fui viver o que no meu RELÓGIO era rotina.
Atraso na aula, ATRASO no trabalho, atraso nos sonhos.
Estava tudo pronto prá medir a DOR no travesseiro,
mas como de SÚBITO
eu cri que haveriam melhoras,
e dormi.
Ao acordar, a farsa da vida já me tinha levado a ausência
dos DEUSES, e mesmo assim eu continuava em descrer
daquilo que não me APARENTAVA sabores.

QUIXOTESCO

E eu
com meu ar QUIXOTESCO
vivendo e lutando
em vão
aos moinhos de vento
e VONTADES.
Em RISTE na arte da
SOBERBA,
em risco na COISA da
desonra.

19 de abr. de 2011

CANSAÇO

Cansado de compor melodias tortas,
verter sangue em SORRISOS escassos,
no mesmo LAÇO que prende
arder em PASSOS.
CANSADO de correr entre os teus dentes
e da MINHA carne tu tirar os teus
BOCADOS de arte,
no LEITO que dormes,
ainda cospes em meu PECADO.
Cansado de SUPOR verdades,
na parte mais DOLOROSA do dia
ardes.

SEGUEM

Seguem nos caminhos árduos,
a LÁGRIMA.
A vasta e intrigante arte de sofrer
e SER gente, num só limiar,
a LUZ da água turva que escorre,
foge ao chão.

OFF

Digo em OFF todas as coisas caladas
no silêncio tumultuante de uma sala
de TRANSEUNTES.
É uma gente longe de mim,
LONGAMENTE frágil,
fácil aos OLHOS e a distância.
A leveza da saudade
coincidia com a figura que pairava
CÁLIDA no chão,
meticulosa ainda que ENDURECIDA
pela dor.
Era a minha carne cuidadosamente
estancada em ASFALTO e calor.
Já não HAVIAM sentidos em dizer,
em PREVER versões de agora.
Era HORA de querer menos
e VIVER, apenas
e simplesmente.

18 de abr. de 2011

A VIDA

A vida
as vezes, injusta...
as vezes, curta demais
Nesse intermédio,
a gente cura as feridas
e corre p'ros braços queridos.
De lá ou de cá.
É só o que há.

POR DIZER

Acho que vale um POST:


Um louco,
POUCO sereno, pouco CALADO, farto de ficar só.
Lamentando o FARDO
e ainda SIM, solitário.
Os resultados ESPERADOS
foram sempre de DOR,
e na COR de dias azuis
o resto da VIDA era somente
o FRIO, um fio de lágrima
nos OLHOS
ÓPIO de sentir-se pó.

17 de abr. de 2011

DOR

E quando eu me SENTIR sozinho,
por certo as horas se ENCARREGARÃO de doer
nos ossos,
os medos se FORTALECERÃO no escuro
e o MURO será o limite.
E quando eu ME sentir fragilizado,
os DADOS não me perderão em jogos
de AZAR e amor,
nem os VERSOS serão de sorrir
e ficar.
E quando TUDO parecer menos,
enfim, eu TEREI do mesmo tamanho
a sempre e inestimável dor.

SEM LUZ

Há pessoas que PASSAM sem ser percebidas,
DETIDAS na carência de existir,
vivem como fossem uma PAUSA,
um SILÊNCIO,
vivem na ausência de SI mesmas,
ainda que presentes no espelho
no REFLEXO sem luz dos próprios olhos.
São PESSOAS sem termos de querência,
que BUSCAM na despretensão o consolo,
e CHORAM.
Pessoas sem o PESO adequado na vida
sem o PREÇO acordado na ida,
sem o GESTO certo na chegada,
sem nada nas MÃOS
sem arte nos DEDOS.
Gente sem remendo,
sem REMÉDIO
onde o tédio é o revolto artifício.
Prá essa gente, o arriscado ADEUS,
a essa GENTE o intermitente
PERDER.

LENTE

Mas,
na lente
que pressente o agora,
eu nunca vi
tamanha euforia
e inglória certeza.

16 de abr. de 2011

MUDEI

Mudei.
De CASA
de caso secreto,
as vezes SEVERO demais com a vida.
Mudei de ESTADO, estado físico
estágios de SENTIR, e segui.
Mudei PALAVRAS
gestos
VERDADES
mudei de verdade.
Mudei as VESTES,
as vezes sem ELAS estive vertendo vozes
no OUVIDO, ouvindo vozes.
Mudei estratégias
ESTIGMAS
estradas
ESTANQUES.
Mudei tanto, que cheguei a mudar
de CAUSAS, mesmo sem consequências.
De TANTO mudar, emudeci.
E agora?
Afora as mudanças, onde hei de
me ENCONTRAR?

14 de abr. de 2011

PROMESSA

Te PROMETO
ser FELIZ, mesmo que sem a tua presença,
POIS sem ela ainda terei o
teu ABRIGO.
TE prometo
sorrisos, mesmo que SEM o teu semblante,
o meu SERÁ espelho.
Te prometo
HORAS de amanhã em nós, mesmo que sem tempo,
porque o TEMPO é meu amigo.
Te prometo
SILÊNCIO, saudade e tormentas
quando HOUVER chuva
para que NÓS na janela
possamos VER de perto as culpas
CAINDO por terra
em FORMA de lágrimas.
Te PROMETO alma.





Dam-Di

AMAR É...

Doce como SOLIDÃO
desde SEMPRE como ter e ser
mais um na contramão.
Amar
é DAR de si o que não se tem
e nem POR isso perder partes,
PORQUE amar é enxergar na vida
a consoante de DEIXAR seguir os rios,
correr os RISCOS
e sorrir, mesmo na DOR.
Em meio aos MEDOS
amar é MEDIR distâncias,
apenas em proximidade.




13 de abr. de 2011

NO ENQUANTO

Enquanto no ENCANTO do seu sorriso
eu me aqueço,
DESÇO os olhos e sinto a tua
PELE
à espera de que ela me REVELE
o belo,
o ESPERTO carinho querido,
seus RITOS de querer
e ficar.
Vícios de SEM roupas
LOUCAS palavras nos ouvidos
teus ABRIGOS em meu
peito, minhas MÃOS,
sua música DOCE,
nossas deserções e FUGAS de nunca
mais VOLTAR a esse mundo.
Lá no fundo
ERA de ser só a gente aqui.






Dam-Di

A VOZ

Se eu CALASSE a voz dentro em mim,
CERTAMENTE morreria um pouco.
É essa voz
que é a VOZ do querer,
do IR, seguir em frente.
No silêncio eu PÁRO,
inexisto, INEXATO.




AO AMOR

Fruto do DESEJO,
o pecado.
No LADO direito do peito
um BEIJO.
No resto do tempo
SEU jeito, comigo guardado.

12 de abr. de 2011

ÁRDUO

Árduo.
Um sol que QUEIMA longe
e lança seus RAIOS ao acaso.
SOL de solidão
de SERENATA,
música LENTA
rente aos ouvidos
como ritos de PASSAGEM,
partida.

9 de abr. de 2011

TUA VOZ

E se eu disser que a tua VOZ me assoma boas lembranças
que TEU cheiro me acolhe em querer e ir te possuir
em ABRAÇOS
que no CASO da tua boca, a louca sensação de amor
me ACERTA e me apressa em viver-te em mim?
Sim.

MÁXIMAS

FRASES caladas
luzes OCULTAS
lágrimas.
As MÁXIMAS de ser tão humano
me PERMITEM ser também
sensível,
irresistivelmente TRISTE
e ALEGRE
e na febre de sentir AMOR
também da dor sentir
o GOSTO,
amargo.

8 de abr. de 2011

DIFERENTE

Sou diferente DESDE que começou,
lembra?
Mais inteiro
LIVRE
vasto.
SOU mais intenso desde que
apareceste,
DESTE lado pareço mais
ardente,
SENTE?

SEM PERIGOS

Tomado de ASSALTO num abraço
lento,
invento FRASES bobas
BEBO da tua saliva
saúdo os TEUS pés descalços.
Sem DORMIR,
duvido das horas
AUSENTO-me da distância,
me achego.
Chega, vem...




Dam-Di.

7 de abr. de 2011

CALADO

Assisto CALADO o teu silêncio

a tua AUSÊNCIA,

o meu SOFRIMENTO.

Lamento muito essa distância

esse desentendimento sem

SENTIR,

chorando.

MELODIA

Essa MELODIA
que meio-dia vem me atormentar.
Uma ALEGRIA
fantasia de te achar
em RISOS e rezas de sonhar.
Mãe das HORAS
mãe dos tempos
é mãe dos ALENTOS
vem no vento me
ACALENTAR.
Essa RUA, curva
essa PELE nua que machuca-me,
enfim.
Sim.





Dam-Di

EUFORIA

Proponho um TRATO:

Me alcance com OLHOS
que te abraço com
BOCAS.
Enlouqueces-me com MÃOS
que te ACENDO em ristes.


Nos acasos da alegria,
a tua BOCA é minha simples
euforia.




Dam-Di

6 de abr. de 2011

TER-TE

Te desejo,
te almejo em som e sintonia
REVEJO fotos
fantasio tua chegada,
me ACONCHEGO em teu cheiro.

O abraço sonhado
o CARINHO roubado
o LADO bom do acaso,
um laço.

Olhos RASOS
rostos sorrindo
indo ao ENCONTRO,
prontos.

Já teria valido a PENA
a sentença de te querer
MESMO sem ter-te.
Mas, tenho.



Dam-Dia

QUERO, QUERO

No risco do BEIJO
a entrega
na AUSÊNCIA da palavra
a ALMA.
Tudo de ASSALTO no passo
de chegar perto.
Quero!

4 de abr. de 2011

ARREBOL

Luzes
LANCES de querer
LAICOS sorrisos.
Limiar de SENTIDOS
lâmpadas CALANDO sons,
e o seu sim
no OUVIDO.
O arrebol me AFETA
atesta a tua chegada
prova a minha CERTEZA,
desça de onde TIVERES
e verses em mim
a TUA beleza.
És um sol
uma NOTA em si bemol,
dessas de se CANTAR
só em teu nome,
CAROL.





Para minha cunhada e amiga, Carol...

CONSIGO

Exceto a tua AUSÊNCIA
a vida segue o curso desejado
acerta NOS temporais
e me COMPLETA no remir
de coisas NÃO acontecidas.
EXCETO a tua ausência,
eu CONSIGO esperar.





Dam-Di.

3 de abr. de 2011

DE NOVO, NOVO

Cores
CALMA
sabores.
Era assim que eu queria TER sua pele
num JOGO de viver as horas
como em SONHO, sem tempo
sem medo de ACABAR.
CARAS
bocas
calores.
Meu corpo se deixou tragar pelo
desejo
e no MEIO dos seus beijos
eu NASCI de novo,
NOVO.





Dan-Di.

CONTATO

Sem sentir FRIO me entreguei.
Deixei de LADO os medos
e BEIJEI.
Era simples GOSTAR daquilo
daquele ABRAÇO
dos LAÇOS de mãos e bocas,
uma TROCA de querer.
Na DESPEDIDA me calei
achei certo não DIZER,
mas SER feliz é coisa que
não se PODE querer menos.





Dam-Di

O MOTE DO POETA

O poeta que CONDUZ a dor em arte
ARDE em sentir saudade
e MERECER uma mínima parte
do AMOR querido.
Astros são penas
dessas de SE cumprir em anos,
mártir.
O mote do POETA
é a sorte PERDIDA
o norte CHUVOSO
a morte.

2 de abr. de 2011

INFELIZ

As vezes
pensar é uma ARMA estranha contra si mesmo.
Penso:
Logo desisto.
Resisto sempre aos pecados
aos PESADOS horrores de estar só,
mas pressinto.
Vai acontecer!!!

Optei por uma certeza,
mas era a DÚVIDA que me movia.
Duvidei da dor
e CAÍ.


As ilusões pareciam tão melhores
quando NÃO doíam a alma.

INDO

Coisas, causas comuns.
A consequência é LETARGIA.

COISAS


Coisas CAUSAM dor
demência
causam DIETAS.
COISAS compram coisas
nos faz PERDER a hora
e caem.
Coisas saem do LUGAR
limitam VERDADES
coisas saem de si.
Coisas VÃO
vem
voltam e dizem coisas.
Coisas são PESSOAS
são presentes
são FUTURAS
são prementes.
Coisas COBRAM espaço
querem REGAÇO
e são vãs.
Coisas não esperam o
DIA de amanhã.

TANTOS

Sei lá quantos me TORNEI.
Sabe-se lá quando vou me TORNAR.
Por hora, estou.

RESTOS RESTAM AQUI

Raios
RIOS
ruas
tudo RASGA em mim a alma.
Tudo se demora
AFLORA em carne
e acalma a ida.

RASOS
rezas
rosas,
mas ESPINHOS me afetam
regam ÁGUA nos olhos
e olham.

RESTOS
restas
rumam
tudo ao mundo AFORA
e agora, João?
Tudo é dor e desilusão.

PASSOS

Enquanto
FELICIDADE era apenas um prenúncio,
o mundo
se PERDIA em dor
e dormência.
Enquanto
previam futuros brilhantes,
o amor CAMBALEAVA triste
nas vestes sofridas de ONTEM.
Enfim, passou.




1 de abr. de 2011

ABRIL

Abriu
ABRIRAM-se portas e pesadas e saudades
abriu-se os olhos
e VIU no longe
aquilo que um dia PERTO
há de estar.
Abriram-se meus VERSOS
e versei sobre causar espanto
e PARCERIA.
ABRIU o ego
e REGUEI flores como casas
de AGONIA.
Sorri
ABRI clareiras em meu estar
e VIVI.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::