PRÁ não ser injusto
em meu GOZO,
pouco o DIVIDO
AO sabor alheio.
::.Leve.::
[Esse que SOU]
31 de mar. de 2010
SEM CHARME
Não HÁ charme nenhum
em SER só,
nem ALARDE algum
em CHORAR.
EU sei dos meus aquéns
na VIDA,
e tenho PERDIDO tempo
no silenciar DAS noites.
em SER só,
nem ALARDE algum
em CHORAR.
EU sei dos meus aquéns
na VIDA,
e tenho PERDIDO tempo
no silenciar DAS noites.
ÉRAMOS TANTOS
Não SABÍAMOS onde chegar,
nem COMO haveríamos
de PARAR,
mas ÍAMOS fortes,
fáceis e FEROZES,
num JOGO louco de querer
e conquistar.
UMA febre rouca
de SE espantar.
Amando, GOZANDO,
gastando da VIDA
as POUCAS horas
indo além.
ÉRAMOS dois, dúzias e
TANTO mais,
sem TEMPO,
sem medo ou salvação.
ERA o meu,
perto DO seu,
coração.
nem COMO haveríamos
de PARAR,
mas ÍAMOS fortes,
fáceis e FEROZES,
num JOGO louco de querer
e conquistar.
UMA febre rouca
de SE espantar.
Amando, GOZANDO,
gastando da VIDA
as POUCAS horas
indo além.
ÉRAMOS dois, dúzias e
TANTO mais,
sem TEMPO,
sem medo ou salvação.
ERA o meu,
perto DO seu,
coração.
CICATRIZES Nº 2
Não QUEIRA curar as pequenas
FERIDAS do peito.
ELAS não cicatrizam
EM tempo algum.
FAÇA por si,
mais UMA tentativa
DE não mais se
FERIR.
FERIDAS do peito.
ELAS não cicatrizam
EM tempo algum.
FAÇA por si,
mais UMA tentativa
DE não mais se
FERIR.
NÃO
[Não, eu NÃO me atrevo ao SILÊNCIO...]
Eu SOU denso demais
para BANCAR o simplório
COITADO que se acusa
NA dor de calar a voz,
QUANDO o peito
RESISTE em se manter
parado.
PREFIRO o ardor da voz
que a DELÍCIA erma
da BOCA fechada.
Eu QUERO gorjeios
e GALANTEIOS nos ouvidos.
Eu SOU denso demais
para BANCAR o simplório
COITADO que se acusa
NA dor de calar a voz,
QUANDO o peito
RESISTE em se manter
parado.
PREFIRO o ardor da voz
que a DELÍCIA erma
da BOCA fechada.
Eu QUERO gorjeios
e GALANTEIOS nos ouvidos.
30 de mar. de 2010
DESATOS OS NÓS
Ando COM pouco a dizer,
porque OS sonhos estão
fervilhando SOB às
CALÇAS e comendas que tenho.
Tudo se ESVAI,
como gozo derramado,
e NEM sei o que dizer
quando ACORDO em madrugadas
MOLHADO,
manchado do MEU próprio
desejo.
E desato os NÓS da roupa,
sem MEDO.
porque OS sonhos estão
fervilhando SOB às
CALÇAS e comendas que tenho.
Tudo se ESVAI,
como gozo derramado,
e NEM sei o que dizer
quando ACORDO em madrugadas
MOLHADO,
manchado do MEU próprio
desejo.
E desato os NÓS da roupa,
sem MEDO.
CALA-ME
Quando TUDO o que eu te
disser PARECER loucura,
me CALE com os olhos,
aos INVÉS de com
lágrimas.
disser PARECER loucura,
me CALE com os olhos,
aos INVÉS de com
lágrimas.
29 de mar. de 2010
ESCREVO
Não ESCREVO palavras alguma
PARA comover,
ou FAZER doer
o PEITO de alguém,
AO contrário,
FIRO-me com o que penso
e FAÇO.
Se TARDO a contornar
as DORES
é PORQUE acho que faltam-me
NOTAS na condução
das MINHAS melodias.
Nada ESCREVO para ser lido,
mas PARA me despir dos
PENSAMENTOS intransigentes
que ME assolam.
PARA comover,
ou FAZER doer
o PEITO de alguém,
AO contrário,
FIRO-me com o que penso
e FAÇO.
Se TARDO a contornar
as DORES
é PORQUE acho que faltam-me
NOTAS na condução
das MINHAS melodias.
Nada ESCREVO para ser lido,
mas PARA me despir dos
PENSAMENTOS intransigentes
que ME assolam.
ATO-ME
ATO-me
em ESTADO letárgico de
SAUDADE.
Ato-ME
em HORAS de veraneio
em MEIO ao ar revolto
do MAR, azedo.
Ato-me
em CONSOANTES sem sons,
silenciosas, SABEDORAS
de SI.
Ato-me
em TONS de cinza
quando o VERÃO requer
o preto.
Ato-me
NO tarde amanhecer
do DOMINGO que perdi
o SONO.
em ESTADO letárgico de
SAUDADE.
Ato-ME
em HORAS de veraneio
em MEIO ao ar revolto
do MAR, azedo.
Ato-me
em CONSOANTES sem sons,
silenciosas, SABEDORAS
de SI.
Ato-me
em TONS de cinza
quando o VERÃO requer
o preto.
Ato-me
NO tarde amanhecer
do DOMINGO que perdi
o SONO.
AGUERRIDO
Em minhas MÃOS trago bombas
de GÁS lacrimogêneo,
LÁGRIMAS e lambanças.
São LAMENTOS torpes
de UM tempo rude,
em GUERRA,
eu aguerrido de OUTRORAS,
num PORVIR sem reservas,
sem FUTUROS,
e essa CAUSA
que me FAZ sentir,
sem TER como ir.
de GÁS lacrimogêneo,
LÁGRIMAS e lambanças.
São LAMENTOS torpes
de UM tempo rude,
em GUERRA,
eu aguerrido de OUTRORAS,
num PORVIR sem reservas,
sem FUTUROS,
e essa CAUSA
que me FAZ sentir,
sem TER como ir.
27 de mar. de 2010
DOMINGOS E DEVANEIOS
Não PASSOU de saudade
a DOR que me acolheu
em DEVANEIOS
e DISTRAÇÕES de
fins de SEMANA.
Os DOMINGOS têm sido
VAZIOS, sem as devidas
CORES de carnaval na
SOLEIRA de casa.
a DOR que me acolheu
em DEVANEIOS
e DISTRAÇÕES de
fins de SEMANA.
Os DOMINGOS têm sido
VAZIOS, sem as devidas
CORES de carnaval na
SOLEIRA de casa.
EMUDECI
Emudeci,
quando a tua mão ESTEVE ausente,
teu SORRISO descontente,
e meus OLHOS invejosos do teu
CORPO.
EMUDECI,
quando a NOITE ficou quente,
o TEU cheiro era a semente
de TODO o meu penar.
quando a tua mão ESTEVE ausente,
teu SORRISO descontente,
e meus OLHOS invejosos do teu
CORPO.
EMUDECI,
quando a NOITE ficou quente,
o TEU cheiro era a semente
de TODO o meu penar.
25 de mar. de 2010
TALVEZ, ASSIM
Talvez eu AINDA ame, um dia.
Mas, isso já nem me interessa.
Tô pasmado com a querência,
o desejo,
o desfecho do gozo.
Mas, isso já nem me interessa.
Tô pasmado com a querência,
o desejo,
o desfecho do gozo.
É HORA
Essa é a HORA de chegar na minha
GLÓRIA silenciosa
de PODER dormir e acordar
sem TRANSES,
sem CHOROS e velas a me
espelhar a ESCURIDÃO de
casa.
GLÓRIA silenciosa
de PODER dormir e acordar
sem TRANSES,
sem CHOROS e velas a me
espelhar a ESCURIDÃO de
casa.
MAIS QUE NADA
Antes de MAIS nada,
GOSTARIA eu,
de DIZER
que NADA versado
NA clareza translúcida
DESSE português ruim
SERIA capaz de fazer notar
ao MUNDO,
a importância DA
minha INDIFERENÇA.
GOSTARIA eu,
de DIZER
que NADA versado
NA clareza translúcida
DESSE português ruim
SERIA capaz de fazer notar
ao MUNDO,
a importância DA
minha INDIFERENÇA.
A SAUDADE NÃO CAIU MUITO BEM
Não.
A SAUDADE não fez muito bem.
A CIDADE com suas canções
simbióticas
me ASSUSTAM,
o TEMPO parado me percorre
a ESPINHA,
e MEU jeito se confunde,
menino.
Não,
a saudade NÃO caiu
muito BEM,
e EU sonâmbulo,
sedimentado SEM peito,
ARDI,
de LEMBRANÇAS.
A SAUDADE não fez muito bem.
A CIDADE com suas canções
simbióticas
me ASSUSTAM,
o TEMPO parado me percorre
a ESPINHA,
e MEU jeito se confunde,
menino.
Não,
a saudade NÃO caiu
muito BEM,
e EU sonâmbulo,
sedimentado SEM peito,
ARDI,
de LEMBRANÇAS.
PARANDO
Quanto a MIM,
sei que não FOI fácil
parar.
Cansado,
e DORIDO,
eu me aquieto na
NOITE que se passa,
e DURMO,
na esperança DE não
PRECISAR mais seguir.
sei que não FOI fácil
parar.
Cansado,
e DORIDO,
eu me aquieto na
NOITE que se passa,
e DURMO,
na esperança DE não
PRECISAR mais seguir.
24 de mar. de 2010
DITADURA DOS OLHOS
Não,
POR favor, não mande flores.
Não me ACORDE na hora
exata.
Não me QUEIRA intenso nesse
FRIO de verão,
em PLENA águas de março.
Não me FAÇA rir por qualquer
coisa,
não me QUEIRA à toa em suas
NOITES,
nem me ACORDE dos sonhos
nas TARDES que desconheço.
Eu preciso de MAIS ateção,
eu SEI,
de olhar um TANTO mais
para meus BOCADOS, de medos,
de MAUS olhados,
ARDO, sim.
Eu ardo QUANDO tu passas,
mas não TE quero me seduzindo,
e ENTOA tua canção em
silêncio, DE agora em diante,
TE peço.
Tua VOZ cancionada em meus
OUVIDOS,
é a pura VERSÃO de uma
ditadura dos OLHOS,
e nem POSSO mudar de direção
quando TU não passas
por AQUI.
POR favor, não mande flores.
Não me ACORDE na hora
exata.
Não me QUEIRA intenso nesse
FRIO de verão,
em PLENA águas de março.
Não me FAÇA rir por qualquer
coisa,
não me QUEIRA à toa em suas
NOITES,
nem me ACORDE dos sonhos
nas TARDES que desconheço.
Eu preciso de MAIS ateção,
eu SEI,
de olhar um TANTO mais
para meus BOCADOS, de medos,
de MAUS olhados,
ARDO, sim.
Eu ardo QUANDO tu passas,
mas não TE quero me seduzindo,
e ENTOA tua canção em
silêncio, DE agora em diante,
TE peço.
Tua VOZ cancionada em meus
OUVIDOS,
é a pura VERSÃO de uma
ditadura dos OLHOS,
e nem POSSO mudar de direção
quando TU não passas
por AQUI.
23 de mar. de 2010
CONTRAMÃO
VAZIO.
Há um vazio RESSOANDO
cansado,
no LADO direito da
cama.
um vazio ARFANTE de
vontades,
carne QUE clama companhia
sem ARTE alguma.
UMA parte desconhecida
que ARDE,
invade OS desencontros,
e REPARTE
o que já NEM tememos mais,
a SOLIDÃO.
São TORREÕES d'uma saudade,
e QUEM sabe um dia
preenchemos ESSAS tardes
sozinhas,
de um POUCO de contramão.
Há um vazio RESSOANDO
cansado,
no LADO direito da
cama.
um vazio ARFANTE de
vontades,
carne QUE clama companhia
sem ARTE alguma.
UMA parte desconhecida
que ARDE,
invade OS desencontros,
e REPARTE
o que já NEM tememos mais,
a SOLIDÃO.
São TORREÕES d'uma saudade,
e QUEM sabe um dia
preenchemos ESSAS tardes
sozinhas,
de um POUCO de contramão.
O QUE PRECISO É...
O que eu SINTO,
as VEZES me escapa
às MÃOS.
E AS vezes exala feito
canção DE carnaval.
O que QUERO me alimenta,
mas o QUE preciso
é inanição.
as VEZES me escapa
às MÃOS.
E AS vezes exala feito
canção DE carnaval.
O que QUERO me alimenta,
mas o QUE preciso
é inanição.
ESTAÇÃO
Não SÃO das flores
que ARGUMENTO primaveras,
nem DO sol
que admito o verão.
As minhas ESTAÇÕES são
ditadas EM conformidade
ao MEU coração,
que EMBORA arredio,
se ALIMENTA das muitas
canções ESCUTADAS
em silêncio e SOLIDÃO.
que ARGUMENTO primaveras,
nem DO sol
que admito o verão.
As minhas ESTAÇÕES são
ditadas EM conformidade
ao MEU coração,
que EMBORA arredio,
se ALIMENTA das muitas
canções ESCUTADAS
em silêncio e SOLIDÃO.
SENDO
Posso NUTRIR
poucos sentimentos
O que NÃO quer dizer
que OS alimento pouco.
Sou em EXCESSO
ao que ME é concedido.
poucos sentimentos
O que NÃO quer dizer
que OS alimento pouco.
Sou em EXCESSO
ao que ME é concedido.
A VERDADE
Se me DISSERES que da distância
TIRAS aprendizado,
EU digo que tiro
solidão.
Se NEGAS que choras
de saudade,
EU choro até
de EMOÇÃO.
Se DIZ-me que sonhas
para ALCANÇAR futuros,
eu DIGO que meus sonhos
são SEM razão.
SE preferes a verdade
como ARMA,
eu DEVO disdizer-te
QUE a tenho,
como SENSAÇÃO.
TIRAS aprendizado,
EU digo que tiro
solidão.
Se NEGAS que choras
de saudade,
EU choro até
de EMOÇÃO.
Se DIZ-me que sonhas
para ALCANÇAR futuros,
eu DIGO que meus sonhos
são SEM razão.
SE preferes a verdade
como ARMA,
eu DEVO disdizer-te
QUE a tenho,
como SENSAÇÃO.
ANTES E DEPOIS
Antes QUE eu me arrependa
POR ter chegado
tão LONGE,
eu me ARREPENDI de ter
demorado TANTO
a SAIR do lugar.
COISA estranha essa
de se PERDER
no próprio CAMINHO.
POR ter chegado
tão LONGE,
eu me ARREPENDI de ter
demorado TANTO
a SAIR do lugar.
COISA estranha essa
de se PERDER
no próprio CAMINHO.
18 de mar. de 2010
NÃO ME CUSTA
Não ME custa ser eu,
esse UM que te dá amor
sem SOBRSSALTOS.
Esse,
o AMOR de canto dos
OLHOS.
Amor DE sensação
sem LUCIDEZ,
de OLHAR fotogênico
e desmedido.
Não me CUSTA ser eu,
o ARAUTO que te anuncia
em ânsia, à CHEGADA
abrasada ao PEITO meu.
Esse LEITO que te recebe,
e CEDE da própria cama
o SABOR do descanso,
que SÓ em teu corpo
eu TENHO.
esse UM que te dá amor
sem SOBRSSALTOS.
Esse,
o AMOR de canto dos
OLHOS.
Amor DE sensação
sem LUCIDEZ,
de OLHAR fotogênico
e desmedido.
Não me CUSTA ser eu,
o ARAUTO que te anuncia
em ânsia, à CHEGADA
abrasada ao PEITO meu.
Esse LEITO que te recebe,
e CEDE da própria cama
o SABOR do descanso,
que SÓ em teu corpo
eu TENHO.
HORA PARCA
ESSA hora parca
que NÃO quer passar,
esse TEMPO todo
a me DELETAR
(a idéia),
essa COISA toda
a me CONFORMAR
(a espinha reta),
sem QUERER e sem
parar.
Sem ENTENDER, e a
me COMPENSAR (as falhas,
sem FALSA modéstia).
que NÃO quer passar,
esse TEMPO todo
a me DELETAR
(a idéia),
essa COISA toda
a me CONFORMAR
(a espinha reta),
sem QUERER e sem
parar.
Sem ENTENDER, e a
me COMPENSAR (as falhas,
sem FALSA modéstia).
SEGUINDO
Não TENTO mais seguir
em VÃOS.
Meus CAMINHOS tortos,
revoltos CONTRA
a solidão
me ACALMAM,
revelam UM longo rito
em tempos DE perdição.
em VÃOS.
Meus CAMINHOS tortos,
revoltos CONTRA
a solidão
me ACALMAM,
revelam UM longo rito
em tempos DE perdição.
TRAJETOS
Em tempo DE mudar a
trajetória DOS olhos,
eu VI você.
Intrigante, em SILÊNCIO,
e provocando um CARNAVAL
imenso em MEU coração.
Agora, NO alcance
das MÃOS,
tua BOCA mais parece um curare
que me ENTORPECE,
em MAIOR deleite
que PRÓPRIO alvorecer
sobre a TUA pele.
trajetória DOS olhos,
eu VI você.
Intrigante, em SILÊNCIO,
e provocando um CARNAVAL
imenso em MEU coração.
Agora, NO alcance
das MÃOS,
tua BOCA mais parece um curare
que me ENTORPECE,
em MAIOR deleite
que PRÓPRIO alvorecer
sobre a TUA pele.
15 de mar. de 2010
LÁGRIMAS SECAS
Minhas LÁGRIMAS
quando SECAS,
não é que deixam DE
existir.
Elas APENAS se acalma
no BALANÇO
do devir.
quando SECAS,
não é que deixam DE
existir.
Elas APENAS se acalma
no BALANÇO
do devir.
EX-QUADROS
Na PAREDE, o nosso retrato,
um FATO.
No relógio, o PONTEIRO
das HORAS ao acaso
se PERDE.
No CARRO, o medo de tarde,
reparte SOBRE mim
o seu CUSTO.
No quarto, SOZINHO,
DESCUBRO sobre a mesa
um relicário,
faltando a MINHA aliança,
ainda no DEDO.
As FOTOS rasgadas
nos REVELAM como ex, que somos.
Ex-QUADROS,
vidas UNAS, duplicadas
sem ALARDE, num rio
de água CORRENTE dos olhos.
um FATO.
No relógio, o PONTEIRO
das HORAS ao acaso
se PERDE.
No CARRO, o medo de tarde,
reparte SOBRE mim
o seu CUSTO.
No quarto, SOZINHO,
DESCUBRO sobre a mesa
um relicário,
faltando a MINHA aliança,
ainda no DEDO.
As FOTOS rasgadas
nos REVELAM como ex, que somos.
Ex-QUADROS,
vidas UNAS, duplicadas
sem ALARDE, num rio
de água CORRENTE dos olhos.
13 de mar. de 2010
MAIS...
Muito mais QUE distâncias
eu AMEALHEI silêncios
POR todas as partes dos
MEUS olhos.
Enquanto CHOVE,
eu contabilizo os ÁTIMOS
dos SEGUNDOS que o tempo
reverbera.
eu AMEALHEI silêncios
POR todas as partes dos
MEUS olhos.
Enquanto CHOVE,
eu contabilizo os ÁTIMOS
dos SEGUNDOS que o tempo
reverbera.
NO CAOS DAS RUAS
MESMO no caos das ruas
que TRANSITO,
eu CONSIGO manter-me
intacto ao SABOR arredio
das HORAS.
que TRANSITO,
eu CONSIGO manter-me
intacto ao SABOR arredio
das HORAS.
12 de mar. de 2010
AS MÃOS
Nem sempre
o que tenho nas mãos
são carícias.
As vezes PÉROLAS,
as VEZES pormenores,
AFASIA.
Mas, sempre tenho algo
nas MÃOS,
nunca VAZIAS.
o que tenho nas mãos
são carícias.
As vezes PÉROLAS,
as VEZES pormenores,
AFASIA.
Mas, sempre tenho algo
nas MÃOS,
nunca VAZIAS.
CRER
E de TANTO imaginar as verdades
que EU não sei contar,
me AFASTO dos medos
que não TENHO,
e nem SEI mais andar.
Enfim, CALO-me,
ato o FUTURO em caixas menores
e REFAÇO meus detalhes,
AGORA esmaecidos pelo papel
AMASSADO de ontem.
que EU não sei contar,
me AFASTO dos medos
que não TENHO,
e nem SEI mais andar.
Enfim, CALO-me,
ato o FUTURO em caixas menores
e REFAÇO meus detalhes,
AGORA esmaecidos pelo papel
AMASSADO de ontem.
SE PODES VER
Se PODES me ver,
de FATO podes entender o
peso que É saber-se de longe,
ao LONGE,
e somente,
NO longe dos teus olhos.
O perto PRÁ mim,
agora se CONFUNDE com o
PASSADO, porque o presente,
sempre SE perde na próxima
ESTAÇÃO.
de FATO podes entender o
peso que É saber-se de longe,
ao LONGE,
e somente,
NO longe dos teus olhos.
O perto PRÁ mim,
agora se CONFUNDE com o
PASSADO, porque o presente,
sempre SE perde na próxima
ESTAÇÃO.
AGORA
TUDO o que tenho nas
mãos,
são o BRANCO das folhas
nos DIAS e uma idéia.
Agora, eu GESTO um outrora
FUTURO.
mãos,
são o BRANCO das folhas
nos DIAS e uma idéia.
Agora, eu GESTO um outrora
FUTURO.
MEUS CADÁVERES
Estavam ALI os meus sonhos.
PROSTRADOS, postergados
num AMANHÃ que desconheci.
HOJE, ainda vasculho os meus
cadáveres
em BUSCA de vê-los
novamente.
PROSTRADOS, postergados
num AMANHÃ que desconheci.
HOJE, ainda vasculho os meus
cadáveres
em BUSCA de vê-los
novamente.
EM RASCUNHO
NA desculpa da tua
ausência,
eu REDESENHO teu rosto
nas PAREDES
dessas HORAS que me
aprisionam.
E, só eu SEI o peso
que é manter-te
na REDOMA dos olhos,
apenas EM rascunho.
ausência,
eu REDESENHO teu rosto
nas PAREDES
dessas HORAS que me
aprisionam.
E, só eu SEI o peso
que é manter-te
na REDOMA dos olhos,
apenas EM rascunho.
SABER-SE
Mais SIMPLES que
a sabedoria do SILÊNCIO
é SABER-se só,
ainda que NA côrte feita,
PELOS que te querem
pelas COSTAS.
a sabedoria do SILÊNCIO
é SABER-se só,
ainda que NA côrte feita,
PELOS que te querem
pelas COSTAS.
10 de mar. de 2010
TUA HISTÓRIA
Não me OLHE como se eu fosse
apenas UM traço de toda a tua
HISTÓRIA.
Os seus capítulos são
APENAS contados em
MENTIRAS, logo,
eu SOU um delas,
dedicadas aos meus próprios
OUVIDOS.
apenas UM traço de toda a tua
HISTÓRIA.
Os seus capítulos são
APENAS contados em
MENTIRAS, logo,
eu SOU um delas,
dedicadas aos meus próprios
OUVIDOS.
SE FALTAM
Quando as minhas palavras faltam,
não por SUA própria inexistência,
mas POR intenção
é que MEU peito fala em ver
você mais de PERTO.
não por SUA própria inexistência,
mas POR intenção
é que MEU peito fala em ver
você mais de PERTO.
8 de mar. de 2010
TUDO ESTRANHO
Das saudades que sinto,
os teus CAFÉS e companhia
são do que mais sofro
nas manhãs frias
e noites quentes
que têm me acompanhado.
Como é estranho viver
sem abrir a tua geladeira
e os teus segredos.
os teus CAFÉS e companhia
são do que mais sofro
nas manhãs frias
e noites quentes
que têm me acompanhado.
Como é estranho viver
sem abrir a tua geladeira
e os teus segredos.
QUERO MAIS NÃO
Mas, onde FORAM parar
meus desajustes?
Que JÁ chego a desconfiar
de LOUCURAS,
POR tanto me orientar
nas CERTEZAS
que nem QUERO mais
meus desajustes?
Que JÁ chego a desconfiar
de LOUCURAS,
POR tanto me orientar
nas CERTEZAS
que nem QUERO mais
7 de mar. de 2010
DOS DIAS ASSIM
DO que restou em mim,
AINDA posso sentir o
silêncio e a SAUDADE,
soberbos a me
CONFUNDIR as intenções.
AINDA posso sentir o
silêncio e a SAUDADE,
soberbos a me
CONFUNDIR as intenções.
DA DOR
A CORRENTEZA do sorriso
se APÓIA no desterro
da DOR.
EM mim, doem mais
os dias de SOL
em SILÊNCIO,
que os DIAS de chuva
em PATUSCADA.
se APÓIA no desterro
da DOR.
EM mim, doem mais
os dias de SOL
em SILÊNCIO,
que os DIAS de chuva
em PATUSCADA.
SEM ATENÇÃO
No ENTANTO,
nada novo aqui tem me
surpreendido.
Os mesmos JOGOS,
jogadas,
MUITOS olhos e pouca
visão.
NADA desconhecido me
desperta MAIS a atenção.
nada novo aqui tem me
surpreendido.
Os mesmos JOGOS,
jogadas,
MUITOS olhos e pouca
visão.
NADA desconhecido me
desperta MAIS a atenção.
TE SIGO
Não temas a distância,
pois do silêncio
entre nossos olhos,
existe a batida do coração,
que te segue.
pois do silêncio
entre nossos olhos,
existe a batida do coração,
que te segue.
2 de mar. de 2010
HORAS CERTAS
Quando o SOFRIMENTO passa
e se TORNA outra coisa,
a GENTE descobre o elo
certo das HORAS
que ainda VIRÃO.
e se TORNA outra coisa,
a GENTE descobre o elo
certo das HORAS
que ainda VIRÃO.
CANTOS DA BOCA
NOS cantos dos olhos,
a POEIRA acumula seus medos
e PORÇÕES de preguiça.
Nos CANTOS da boca,
a HORA não passa,
e CALAMO-nos em nós
sem desatar.
a POEIRA acumula seus medos
e PORÇÕES de preguiça.
Nos CANTOS da boca,
a HORA não passa,
e CALAMO-nos em nós
sem desatar.
ETÉREO
Sentado NO quarto
eu ALTERO em devaneios
as CORES das paredes
QUE invento,
um DIVISOR de águas,
redentor sedento.
E quando RECOBRO a
lucidez,
enfim, me ALCANÇO
na tumultuada fonte
DESGASTADA de amanhã.
Eu TENHO medos e maneiras
de SER.
Eu SOU etéreo,
e não MENOS
mundano.
eu ALTERO em devaneios
as CORES das paredes
QUE invento,
um DIVISOR de águas,
redentor sedento.
E quando RECOBRO a
lucidez,
enfim, me ALCANÇO
na tumultuada fonte
DESGASTADA de amanhã.
Eu TENHO medos e maneiras
de SER.
Eu SOU etéreo,
e não MENOS
mundano.
SEM
No COMEÇO éramos intensos,
perdizes NOS céus encantados.
Mas, NO fim,
nos confundimos COM a falta
de VISÃO e o ermo
FRIO da boca solitária.
SOMOS agora,
o NÓ sem desatar da vida,
uma falta de SENTIDO.
perdizes NOS céus encantados.
Mas, NO fim,
nos confundimos COM a falta
de VISÃO e o ermo
FRIO da boca solitária.
SOMOS agora,
o NÓ sem desatar da vida,
uma falta de SENTIDO.
ENTREATO DO BEIJO
Mas, é tão BOM perder-se
no ENTREATO do beijo
e deixar-se SUGAR sem medo,
que a VIDA até parece
um SONHO.
no ENTREATO do beijo
e deixar-se SUGAR sem medo,
que a VIDA até parece
um SONHO.
BOCAS
Das BOCAS que conheci,
APENAS uma não me sai
da CABEÇA,
ESSA que nunca beijei,
mas JÁ suspeito o gosto
intangível de ALEGRIA
que me seduziu.
APENAS uma não me sai
da CABEÇA,
ESSA que nunca beijei,
mas JÁ suspeito o gosto
intangível de ALEGRIA
que me seduziu.
O MOÇO
O MOÇO anda perdido
nos achados D'UMA cidade
de FARÓIS e figuras
sonoras, ESTRANHAS,
entranhamente dentro,
do ONDE que já desconheço.
nos achados D'UMA cidade
de FARÓIS e figuras
sonoras, ESTRANHAS,
entranhamente dentro,
do ONDE que já desconheço.
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Passe Lá
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AdmiradíssimaHá 7 anos
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Furacão PatríciaHá 9 anos
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2/1/2004 08:45:39 AMHá 15 anos
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