::.Leve.::

[Esse que SOU]

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[EU sou o que você não pode VER]

26 de ago. de 2010

NÃO ERA PRÁ SER ASSIM!

Não. Não era prá ser assim.
Onde estão as luzes d’uma ribalta colorida e BELA? Onde estão elas, as luas que do céu me guiariam? Algo deve ESTAR errado, ou eu me fiz em erro.
Perdendo alguns anos de vida na VALIDEZ inválida de existir no agora, mesmo tendo como tempo, só o PORVIR.
Ir é a minha genuína ação, e estou parando, pouco. Estrada, estrondos na avenida... TANTA ida, tanto desencontro e eu, no relento. Ventando pouco nas bandas de cá, chovendo lágrimas nos fins de semana. E minhas manhãs, não se secam mais com o sol. Saiu!
Eu sei que não era prá ser assim...
Mas, onde estão meus espelhos? O reflexo tolo que vejo no eu, não sou.
Sinto falta de mais alma em mim, de gastar sapatos nas ruas vendo vidas cor carmim.
Tinto os dedos prá esquecer o rio que calei de ontem, mas ainda sim, esse vinho me escorre pelos lábios, pelos olhos, pela coisa inteira de ser.
Só não posso mais DESPIR em mim as vestes, nem palavras. Eu não rego mais as plantas, eu não presto mais. Atenção em mim é OUTRO desajeito.
Confesso as cartas que rasguei, ABANDONADO.
CONTESTO as regras que criei, bitolado.
REVERTO os freios do carro, e sou aceleração inerte, bebo mais...
Resto em resíduos cômicos. Me intoxico DESSA comédia e rio sobriamente de mim. Eu não VERTO mais alegrias em festejos.
ERGO as mãos como em súplica e digo-me:
- Não era PRÁ ser assim, mas sou assim, esse, enfim.





[Sou apenas ESSE que não é do seu jeito de querer]

2 comentários:

diotima disse...

É bom saber que suas palavras podem me alimentar de uma fome que foge a normalidade do ser. Fico grata, nesta parcela do tempo sem medida...

[Moço'] disse...

Esse tempo que se PERDEU na querência, me convive... me converte em solidão.

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::