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13 de ago. de 2010

POEMA SUJO

Há que se DIZER adeus
ainda na COXILHA desse palco.
Dizer-me: Deus,
porque DESISTISTE de existir,
aqui?
Há que se PENSAR em saudade,
e ter EM si a própria alma
morta, na TORTURA do querer.
Há que SOFRER em vão,
prá então SABER-se sim,
infeliz.
HÁ que conter as lágrimas
em TROCOS,
moedas de PAPEL sem dono.
Há que REFAZER os verbos,
reduzir os VERSOS,
e trazer sonetos, pro quarto.
Há que se PERDER
em VEIOS, esquinas
e POEMAS,
na sujeira LIVRE do dizer,
na SUJEITA ação
do VIVER.
Há que SER gente, sendo menos
ainda,
sendo ENTE, não querido.
Há que se DESDOBRAR em mentes
e insanidades,
e não MENTIR.
Há que DIZER a verdade,
e dela não PRECISAR fugir.
Há AINDA que crescer
na LENTE,
do aumento, do sustento
da ALEGRIA.




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