Era quase sempre a tarde que ele saía.
Perdia de si as CHAVES
e fazia chover na esquina.
De rimas TOLAS e perdizes
caiu na vida como quem CAI na avenida
em domingo de CARNAL aval
num fevereiro iluminado de TRIOS
e elétricos sons.
Sabia, sim que era doloroso deixar de ser
o patrimônio da RELAÇÃO
o pequeno troféu da ESTANTE.
Seu sorriso era o atestado certo de que
outrém FAZIA-se feliz com boca alheia.
E suas lágrimas, sempre fingidoras
por ANOS esconderam a decadência do amor
que já nasce FALIDO,
esse amor desmedido de QUERER ser para sempre.
Na tentativa de SOBREVIVER aos trancos
e barrancos,
FUGIU.
Figurou nas RUAS como quem busca
ardis nas pregas das palavras nunca ditas,
furtou ABRAÇOS alucinados de transeuntes
desavisados,
desabitou a si e ao mundo.
Sem saber que ele, o PERDIDO,
era eu de ontem,
me VI hoje,
meio VELHO
e tão jovem
MEIO fraco e tão viril,
meio MANCO e tão sereno no olhar.
SEM saber que eu sou ele, parido das vãs
filosofias
me APRENDO agora
falando
me ATENDO afora
calando
me APARO em arestas de outrora.
::.Leve.::
[Esse que SOU]
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Passe Lá
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AdmiradíssimaHá 7 anos
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Furacão PatríciaHá 9 anos
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2/1/2004 08:45:39 AMHá 15 anos
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