::.Leve.::

[Esse que SOU]

Minha foto
[EU sou o que você não pode VER]

27 de mai. de 2011

EU, O PERDIDO

Era quase sempre a tarde que ele saía.
Perdia de si as CHAVES
e fazia chover na esquina.
De rimas TOLAS e perdizes
caiu na vida como quem CAI na avenida
em domingo de CARNAL aval
num fevereiro iluminado de TRIOS
e elétricos sons.
Sabia, sim que era doloroso deixar de ser
o patrimônio da RELAÇÃO
o pequeno troféu da ESTANTE.
Seu sorriso era o atestado certo de que
outrém FAZIA-se feliz com boca alheia.
E suas lágrimas, sempre fingidoras
por ANOS esconderam a decadência do amor
que já nasce FALIDO,
esse amor desmedido de QUERER ser para sempre.
Na tentativa de SOBREVIVER aos trancos
e barrancos,
FUGIU.
Figurou nas RUAS como quem busca
ardis nas pregas das palavras nunca ditas,
furtou ABRAÇOS alucinados de transeuntes
desavisados,
desabitou a si e ao mundo.
Sem saber que ele, o PERDIDO,
era eu de ontem,
me VI hoje,
meio VELHO
e tão jovem
MEIO fraco e tão viril,
meio MANCO e tão sereno no olhar.
SEM saber que eu sou ele, parido das vãs
filosofias
me APRENDO agora
falando
me ATENDO afora
calando
me APARO em arestas de outrora.

Nenhum comentário:

::.Nem POR razão.::

::.VEM.::