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27 de jun. de 2010

À NINA





Ontem,
um dia comum.
POUCO tempo a dormir,
dores DIÁRIAS, demências.
Tudo em MIM tão fatigado,
FUSTIGANTE, fácil.
Não FOSSE um acontecimento novo, e ao mesmo tempo
AMIÚDE constante.
Pela 4ª VEZ, me deitei a assistir
o FILME Nina.
Já TÃO conhecida história, tão CANSADO o enredo.
E, eu não ESTOU aqui para criar definições,
FUNDAMENTAR opiniões, e/ou criar teses
à respeito DE comportamentos alheios.
Não.
Isso aqui, nem PARA ser lido era,
nem PARA ser entendido.
Apenas é PARTE de uma necessidade feroz
que ME consome a espinha.
Não sou HOMEM de falar pouco, mas assim,
o tentarei.


Engraçado como SOMOS esse tanto de ser,
uma coisa, ESSA, incomensurável,
tão ridículos NA pobreza lúcida da falta
e DO ter,
e ainda SIM,
ricos na soma daquilo QUE nos compõe.
As VEZES um personagem consegue dar conta
de uma REALIDADE, que nem a REAL instância
seria CAPAZ de condensar.


UM eu que chora,
e ri COPIOSAMENTE;
Um eu QUE fere,
mas é FERIDO por si;
EU que mata,
maltrata a PRÓPRIA pele;
eu rascante.


É tanto ser, que até me ESQUEÇO
de tentar não me ENTENDER ali.
É. Não só NINA, mas o gato, a casa, a falta de calma,
o CEGO, o ego, as DROGAS, a deixa, tudo ali me
continha, não em AÇÃO, mas reflexo.
Não era a PRIMEIRA vez que o filme me assistia,
mas era SIM, o primeiro momento em que me pus
a CAUTERIZAR resquícios de dores que deixei prá trás.
Foi preciso uma MENTIRA filmográfica, a me contar
a VERDADE sobre mim.
E, não por ISSO eu me entendo melhor, isso somente me
SERVIU a concatenar uma PRÁTICA óbvia do que se passou.


O frio, AGORA não é mais frio que eu;
O quente não ME sente o calor da mente;
A lente não me CEGA mais;
FOI preciso um tão conhecido gesto, para me
AQUIETAR então?
[retórica]


Por mero ACASO, ou descaso, que seja;
não SEJA em mim a falta
de COMPREENSÃO.






Um breve tilintar de PALAVRAS sobre o filme: Nina
Direção: Heitor Dhalia
Ano: 2004
Título Nacional.

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