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[Esse que SOU]

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[EU sou o que você não pode VER]

11 de jun. de 2010

SOMBRA SONORA

Descubro o ódio, quando fecho os olhos, e sei que das mãos de quem me acariciam, saem também as bombas que implodem em mim, a falta se segurança

Em reviver os bons momentos que virão, um dia, agora só o talvez me cabe.

Faço os meus diagnósticos todos, sem cor alguma.

Abro mão do beijo,

Me queimo no gelo seco que me acalma o Scott não tomado em setembro.

Já não me lembro mais onde os meus dedos foram esquecidos, nem faço mais questão.

Abandono total o meu desgosto, e gosto dessa dor, corada em meu lábio.

Aprimoro o vazio cadenciado da música que já não escuto,

Eu estou surdo amiúde, para os seus gritos

Bato em portas que nunca se abrirão.

Abrigo do FRIO, e congelo.

Os pneus do carro estão furados,

E essa chuva que não passa,

Me impede de viver mais.

Estou parado.

Caído,

Calado,

Em descaso com o teu abraço.

A saudade dói,

Esvai o meu sangue como corredeiras

Sem destino.

Eu sou o homem sem mar,

Velejo nessas águas de chuva que não me molham,

E do retrovisor eu te vejo nos sons de um passado

Que não entendo tanto.

Você passou e eu não sabia.

Mereço esse desfecho sem traço

De futuro a dois.

Adoeço.

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