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16 de jan. de 2011

EU, POR MIM

Curioso é que,
em PLENO fim de noite
Virgínia Woolf vem me atormentar a cabeça
com seus LAMENTOS,
com o FATO de não encarar a vida
de frente, e na lente de sua
ARTE entender que não seria capaz,
nem eu.
E em suas HORAS, a vontade de morrer
era PREMENTE,
e em mim,
MORRER seria, justamente
uma CERTEZA farta de um final feliz.
Mas, não sei...
Me dar essa certeza
seria fundamentar outra mentira.
Eu não tive começos FELIZES
meios memoráveis,
tampouco um THE END nos créditos
das CARTAS abandonadas na gaveta
da alma.
Não é uma questão de ACABAR com tudo,
mas permanecer ETERNAMENTE perdido no vazio
que deixei em cada PALAVRA escrita,
em cada PIADA dita aos ouvidos amigos,
ou em CADA vingança desmedida contra meus
inimigos.
Sinto e preciso sentir esse vão na pele,
como um corte
e DESFAZER as malas todos os dias que
me passa PELA cabeça partir.
Cair em mim sempre FOI um ato de intolerância
com minha AUTO comiseração,
e, por isso a LUCIDEZ que me afeta todos os
dias é, sem dúvidas,
o MAIOR sinal de loucura que eu poderia expor.
É isso...
Eu sou louco, mas de TANTO louco ser
é que pareço NORMAL, porque normal sempre foi
limitar o excesso apenas ao RISO ou ao pranto.
E eu o fiz.
Ri, íntimamente chorei.
Selei com a vida um PACTO secreto de não sofrer, sofrendo
de não QUERER, almejando
de MORRER, vivendo.
É a outra GRANDE verdade... eu morri desde o dia que
nasci,
pois era ESSE meu maior trunfo,
viver na MORTE,
ao contrário dos outros que na VIDA morrem.
Será que deveria me preocupar?
Não.
É contraproducente eu pensar em preocupações,
quando o que me ASSOLA é o descompasso.
Deixa acontecer,
deixa MORRER o resto de tudo,
que enquanto isso,
eu VIVO como pena de morte.

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