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19 de set. de 2009

DESUMANIDADES

Não há consolo pros que choram de desumanidade.
Ei-lo aqui o homem que se perdeu nos desgastes das próprias solidões, e renega a pele, agora enlameada com o odor tépido do passado.
Era tanto ser alguém, que agora já não tem valor ser quem sou, e nada mais sou.
Dorme peito, que o resto da vida é tempo demais prá se arrepender de ser humano, e deixa-te no engasgo dos silêncios, que um dia, a vida saberá dar o fim necessário ao teu desajeito, às tuas inconstâncias e perturbações incontáveis dos sonhos.
Deixa para o dia de amanhã a dor de te suportar ainda vivo, dorme peito, que no leito da tua morte, a sorte de tantos será lançada, como alegria cristã, como cálice de vinho ensanguentado de noites passadas sem que haja chance de ser melhor.
Não chore por si, não chore por hora, não chores nunca.
Dorme peito, que agora, a noite faz ressurgir seus medos, que já não serão mais como antes, e as horas que correm prá trás te trarão o sabor efêmero de um dia ter sido gente, que agora nem é mais, nem será tanto.

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